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O FILHO DA SOLIDÃO
O FILHO DA SOLIDÃO

 

Declinava-se a década de 60, o empresário Afonso de Oliveira, vendera a sua empresa na cidade de Barretos, em São Paulo, na intenção de se tornar pecuarista em Goiás, e assim foi o empresário em busca de um lugar mais tranquilo, onde poderia investir na criação de gado. Como já conhecia uma região rica para esse negocio, ele comprou uma fazenda no município de jatai – Goiás. E assim veio com a sua família para o sertão goiano.

Angelina esposa de seu Afonso, sempre tivera problema na saúde, por este motivo ela pôde gerar só um filho, e o herdeiro era um grande orgulho da família oliveira, Afonso era animado em passar para o filho tudo que ele aprendeu na vida, ensinando o garoto a ser responsável em tudo na vida, assim ele ensinou ao rapaz tudo que um peão precisa aprender, ensinou todos os segredos da vida de pecuarista. O jovem Eugênio de oliveira amava aventuras, começou a domar tropas, aos 14 anos, seu sonho era ser um peão montador de renome, e este domava animais para os fazendeiros vizinhos, assim ficou famoso na região.

O fazendeiro Afonso e seu vizinho João Carlos Vilela, foram os organizadores do primeiro leilão de gado no povoado de aparecida do rio doce, o evento contou com a presença vários fazendeiros da região. E foi um sucesso, no entanto, o evento causou ciúmes em alguns fazendeiros próximos, os quais intentavam prejudicar os dois fazendeiros amigos.
Alguns meses depois os fazendeiro inimigos idealizaram furtos de reses nas fazendas de seu Afonso e João Carlos, os invejosos pagaram uns peões de boiadeiros para furtarem as rezes, os quais viajavam sempre para Mato Grosso do Sul.

Afonso e Carlos sentiram falta de suas reses, então ambos começaram as buscas, foram verificar as cercas, para ver se havia alguma cerca quebrada, mas em ambas as propriedades não foram encontradas cercas quebradas. Mas por informações de outros vizinhos, o sumiço era fruto de furtos, eles foram aconselhados a investigar os boiadeiros do Mato Grosso do Sul. O caso foi parar aos ouvidos dos delegados de Jatai e Caçu que não deram muita importância, na verdade eles foram comprados para não investigar o caso.

O delegado de Jatai era amigo dos paulistas que eram inimigos de Afonso e João Carlos, então João queria fazer justiças com as próprias mãos, porém foi aconselhado por Afonso, a desistir da ideia, apesar do nervosismo, Afonso deixou em branco o caso acreditando na justiça divina.
Alguns meses depois, João e Afonso souberam que os mentores dos furtos, haviam sofrido uma grande perca de gados, devido uma epidemia que vitimou muitas reses dos mesmos, assim Afonso e João viram o grande zelo da justiça divina que não falha.

O jovem Eugenio consentiu casar com sua ex-colega de classe, que era o seu amor de infância, então ele pediu ao pai que o levasse até Barretos, para que ele pudesse reencontrar o seu grande amor.

Petrônio irmão de Angelina estava de passagem por Goiás, pois ele estava vindo de sua fazenda no município de Rondonópolis Mato Grosso, passou na fazenda do Cunhado para vê-los, Eugenio aproveitou a carona e foi com o tio para Barretos.

Como o planejado assim sucedeu, o jovem matou a saudade dos parentes e amigos que não viam á muitos anos, no entanto sua vontade era de ver a sua amiga de classe que ele havia amado na infância.

A jovem Magda estava com 18 anos, já não se lembrava de Eugenio, mas este a fez reconhece-lo, então ficou tão feliz que esqueceu que estava noiva, não resistiu a emoção de reconhecer o seu amor de infância, ambos se beijaram.

Aqueles dos pombinhos que namorava só de longe, às vezes ás escondidas davam uns beijinhos no rosto, no entanto eles estavam ali coladinhos beijando- sendo vitima de um sentimento ingênuo e inflamável.

O empresário Romualdo Pacheco, ao descobrir o caso, se indignou muito com a filha, e fez saber ao seu futuro genro o ocorrido, então ambos ameaçaram o jovem pecuarista.

Com isso nasceu um sentimento rebelde nos corações inocente daqueles pombinhos, e a paixão os cegou loucamente, de maneira que não ouviam ameaças e nem viam o perigo que corriam, as ameaças eram frágeis diante de amor cego mudo e surdo.

As ameaças e o namoro acabaram, porque eles ficaram noivos secretamente e fugiram para Goiás, não houve qualquer meio de perseguição porque o pai da jovem protestou que ele saiu de casa, nunca mais seria perdoada, e que a morte a poderia levar, para abater o ódio que estava em seu coração.

Certa tarde de domingo, Afonso e esposa estavam pescando na represa que ficava de frente á sede da fazenda, quando de repente eles olharam em direção á sede, desembarcava o casal fugitivo, eles estava sem entender o motivo da volta rápido do jovem á fazenda, e pediram explicações aos jovens.

Afonso e esposa ficaram preocupados com o fato, pois poderiam ser acusados de crimes de raptos. Então ele consentiu levar a jovem de voltar á São Paulo. Porém, os dois pombinhos já selados pela a paixão e amor verdadeiro, diziam que não poderiam viver longe um do outro. Afonso atendeu ao pedido do filho e deixou-os em paz.

Mas Afonso queria resolver a situação, foi até a cidade, para ligar para os pais da jovem, quem atendeu ao telefone foi a mãe da jovem, Afonso explicou a situação dos jovens a mãe da moça, a mesma concordou com Afonso, ambos concordaram a apoiar a união do jovem casal.

A mãe da jovem pediu ao Afonso que rogasse a Deus em favor dos jovens, e que nada de mal acontecesse com a sua filha, pois temia as maldições do marido em relação á filha.

Magda tornou-se mãe aos 18 anos, nasceu um lindo garoto, e Afonso o chamou de Júlio Cesar Oliveira, por este motivo a família organizou um grande churrasco, onde amigos estiveram presentes prestigiando o nascimento do neto de Afonso.

Os dias foram passando e Afonso tornou-se muito prospero na região, adquiriu mais terras e gados, tornando o maior produtor de bovinos da região, e muitos estava de olhos na fazenda do mesmo.
A prosperidade fez de Afonso um fazendeiro de sucessos, e Eugenio conversou com o pai sobre a possível compra de fazenda próximas ao pantanal e o pai fez questão de comprar a fazenda para o filho e este propôs viajar para ver a terra que seria sua futura fazenda.

A tragédia

Magda queria ir com o marido, porém, eles não aceitaram pelo o fato de ela estar gravida de oito meses, mas ela insistiu em ir com o marido, não tiveram outro meio a não ser consentir. Era um grande risco para uma mulher gravida de oito meses enfrentar uma longa viagem.

Eugenio partiu com a esposa, deixando Júlio César com seus avós, tiveram uma boa viagem até Cuiabá E dirigiram até á fazenda a ser comprado, no município de Poconé. O casal amou a fazenda, uma fazenda completa, terra de bons pastos, e muita madeira dois rio nascia na mesma excelente fazenda.

Eugenio combinou com o proprietário sobre os meios de pagamentos, e a documentação da mesma, ele tinha de subir á Cuiabá, para pegar parte do dinheiro e entregar ao vendedor, pois em Poconé ainda não havia agencia do banco o qual era cliente.

O motorista de Afonso aconselhou Eugenio a passar a noite em Poconé. Por causa do mau tempo, pois via que seria perigoso viajar debaixo de chuva á noite. Mas Eugenio queria chegar a Cuiabá.

Mas infelizmente á 20 km de Cuiabá, como a pista estava escorregadiça o motorista de Afonso perdeu a direção do corcel o qual veio a capotar ferindo mortalmente o motorista e Eugenio que segundo a polícia rodoviária, os dois já estavam mortos, mas a passageira foi levada com vida ainda para um hospital. Onde segundo informaram, os médicos submeteram a Magda á uma cirurgia para salvar a criança. Segundo registraram os médicos, a mãe faleceu alguns minutos depois da cirurgia, enquanto á criança foi levada para a UTI.

Na tarde do dia seguinte a polícia conseguiu entrar em contato com a família, foi uma surpresa desagradável para a família, foi muito dolorido para Afonso e esposa, com grande dor no coração Afonso viajou para buscar os corpos, foi numa viatura da empresa funerária.

Dona Angelina estava traumatizada, ficou com os empregados na sua casa em Aparecida do Rio Doce. E a mesma mandou ligar para São Paulo avisando os pais de Magda, estes tomaram voo de São Paulo á Cuiabá para buscar o corpo de Magda, o pai da falecida não se importou com o ocorrido, pois ainda guardava magoas da filha.

No IML de Cuiabá, alguns tios da falecida começaram a discutir com Afonso responsabilizando-o pela a tragédia, porém, a mãe de Magda os apaziguou.

Afonso e a mãe de Magda queriam saber o que havia sucedido com a mesma, pois estava gravida de oito meses, alguns funcionários do hospital alegaram que a criança na escapou, mas os avós da criança queriam uma explicação, pois não acreditavam nas versões dos funcionários do hospital.
Foram até á polícia para registrar o ocorrido, e o delegado foi com eles até ao hospital para falar com o diretor do hospital, e o mesmo alegou que não sabia do caso, porque não se encontrava na cidade no momento que as vitimas foram socorridas, o diretor convocou todos os médicos e enfermeiras para prestarem esclarecimentos ao delegado.

A família tinha de retornar para casa com os corpos, Afonso depois conversar com o delegado sobre o caso, o qual prometeu investigar o possível desaparecimento do bebê, teve de retornar com o corpo do filho e seu motorista, enquanto o corpo de Magda foi levado á São Paulo pela a família.

A dor e a revolta tomou conta da família de Magda, por causa da tragédia ocorrida, culpando o Afonso por isso. Mas a própria mãe de Magda havia concordado com Afonso sobre a união do casal falecido. No entanto alguns dias depois eles ligaram para Afonso dizendo que iriam levar o Júlio Cesar para São Paulo, porém Afonso não aceitou porque o garoto já estava acostumado com eles na fazenda.

Um mês depois da tragédia, Angelina foi internada em Jatai, sob ameaças de derrame cerebral. Depois teve de ir á capital fazer tratamentos, enquanto Afonso e o neto ficaram na fazenda, depois sua esposa retornou de Goiânia e ficou na sua casa em Aparecida de Rio Doce. Afonso levou o neto para ficar com a avó na cidade, eles tinha uma empregada que morava na casa cuidando de Angelina.
Passado um ano que o casal estava conversando sobre a história mal contada dos funcionários do hospital, estavam falando da descrença da policia na investigação do caso, por este motivo o coração de ambos ainda estava aflitos, eles queriam saber toda a verdade, o advogado que advogava a causa não tinha sucesso em suas empreitadas. Por causa disso o quadro de saúde de Angelina começou a se agravar. E Afonso teve de ir para Goiânia levar a esposa para fazer tratamentos médicos.

Infelizmente ela sofreu um derrame agudo o qual foi mortal, Angelina faleceu em plena clinica medica. Com isso partiu o coração de Afonso, já havia perdido o filha, a nora, e um neto, agora estava frente a frente com mais um velório, sua amada esposa estava deixando essa vida, partindo para a eternidade deixando o esposo e o neto Júlio Cesar.
Vieram os parentes de Angelina que residiam em São Paulo, a consolar o viúvo, ficaram uns dias com o mesmo e depois retornaram á São Paulo. Foi muito penoso para Afonso sofrer as percas, mas a vida continuava e ele tinha de segui-la.

Afonso tentou de todas as maneiras a descobrir o caso da criança que estava no ventre de sua nora, porém ninguém mais quis dar sinal algum, até que ele desistiu, da buscar, passado alguns dias, Afonso vendeu a casa da cidade, e passou a viver somente em sua propriedade rural.
Júlio Cesar com seus cinco anos, e era muito inteligente, era muito levado, e todos os funcionários da fazenda eram fã do mesmo, ele era invocado em pescar na represa, quando chegava às tardes ele queria pescar. Amava montar no seu manga larga que ganhara de seu avô, e este sempre ensinava os segredos da vida para o neto, que aprendiam as coisas muito rápido.

O garoto herdeiro sempre ouvia com atenção os ensinamentos do avô, os conselhos sábios que o seu avô lhe dava eram gravados na mente do garoto, já tinha consciência do que era certo e errado, pois seu avô era seu mestre em tudo.

Afonso já ciente que os seus dias também já estava esgotando, ele deixou os empregado cuidando da fazenda e foi com o neto para Goiânia com intenção de lavras alguns documentos da herança do neto, o seu advogado registrou toda a documentação da herança, onde o Afonso passou tudo que possuía para o nome do neto, e guardou uma maleta com barras de ouro na caixa econômica federal, e instruiu o seu advogado como proceder ao neto quando o mesmo completasse seus 18 anos.
O destino estava selado sobre a família de Afonso, ninguém entendia por que essa família solidaria e fraterna estariam passando sofrendo tantas tragédias desnecessárias, pois este grande pecuarista, por forças do destino, quando a sina deixou somente avô e neto na estrada da vida, ele viu-se obrigado a vender partes das propriedades, para tratar dos problemas da saúde, porque o odiado câncer perverso estava aos poucos corroendo sua matéria interna.

Muitos amigos e parentes de Afonso o aconselhavam a vender as propriedades e voltar para Barretos, porém o coração do pecuarista não desligava mais dos sertões goianos. Afonso dizia aos parentes e amigos que Deus havia determinado esse massacroso destino ele aceitar passar, ele não iria fugir, mas seguiria a vontade de Deus. No entanto Deus sempre queria o melhor para o senhor Afonso, porque Afonso era um homem bom solidário, porém estava sendo vitima de muitas invejas e olho grande, uma maldição gerada pela a ganancia de quem sempre estava de olhos nos seus pertences.

Afonso começou a dispensar empregados, porque não tinha mais condições de pagar os mesmos. O rebanho dava muitas despesas e dividas, ele não queria mexer nos bens guardados na caixa, porque era para garantir o futuro do neto, sua mente já estava gasta devido aos muitos problemas cotidianos, porém, ele não se entregava, mas, sempre lutava com forças de vontade. Sua certeza era que ao menos o neto passaria por cima da tormenta que assolou sua família. Com passar dos dias, parentes e amigos já não se importava mais com Afonso e seu neto, como este ficara bastante enfermo, um fazendeiro que se dizia amigo do mesmo, propôs ajuda-lo.

João Carlos não queria que este se envolvesse com os negócios de seu amigo Afonso, pois ele mesmo estava á disposição de seu amigo. Mas Hidelbrando insistiu em ajudar o Afonso, assim ele ficou cuidando das terras de Afonso. Nos primeiros meses Hidelbrando mostrou confiança, trabalhou honestamente, ajudando Afonso, então os seus amigos pensava que as terras do mesmo estavam em boas mãos, tanto que Joao Carlos arrendou a fazenda e mudou para a sua outra fazenda.

Alguns meses depois Afonso veio a falecer, deixando o garoto Júlio César com Hidelbrando, o garoto chorou muito a morte de seu avô, os interesseiros se alegraram com o ocorrido, e estes mais que depressa procuraram livrar-se do herdeiro. Hidelbrando pediu ao seu cunhado que levasse Cesar para a sua fazenda no Pará, com fim de apoderar-se da herança, então Cesar foi levado para o Pará. Alguns dias depois João Carlos soube da morte de seu amigo, e foi até a fazenda com intenção de cuidar dos negocio da herança e levar o Cesar para sua fazenda, para cuidar do mesmo. Ele não encontrou o herdeiro e quis saber do paradeiro do mesmo, Hidelbrando mentiu que ligou para os parente de Afonso em Barretos, que os parentes levaram o menino, e negociou com ele a propriedade, e afirmou que havia comprado dos parentes de Afonso as terras do mesmo.

Joao Carlos não acreditou na historia e quis provas, então Hidelbrando mostrou-lhe um documento falso da suposta compra, Carlos leu o documento e teve por satisfeito, assim retornou para sua fazenda.
Cesar foi levado ao Pará, onde ficou na fazenda do cunhado de Hidelbrando, a fazenda ficava próxima á serra pelada, região cobiçada, onde havia garimpos, Cesar, porém era tipo escravo, com seus nove anos já trabalhava duro sem ganhar um sequer tostão. Cesar se sentia muito só, e trabalhava em troca de comida, mas como era esperto começou a escrever as páginas do seu próprio destino, nas horas de folgas juntava-se com os garimpeiros para ver se conseguia algumas pepitas de ouro, fez muitas amizades com os filhos dos garimpeiros, depois de alguns dias, ele fugiu da fazenda, indo morar com uma família ás margens do rio Tocantins.

A família que acolheu Cesar se penalizou muito com os relatos do garoto, ele contou tudo o que seu avô havia revelado cerca de seus pais, mas ele não revelou todos os detalhes, e ninguém soube que ele era herdeiro de muitos bens em Goiás. Cesar cada dia estava mais aventureiro, tinha o espirito do pai Eugenio, ele amava banhar-se com os colegas no rio Tocantins, ele gostava de se aventurar com os garotos índios, passava grande parte do tempo na selva caçando. Cesar já com seu dozes anos, era um garoto famoso, muito admirado por todos da região, era muito bondoso, humilde e inteligente, certa feita em uma de suas caças com seus colegas, eles estava escavando um covil de cateto(caititu) com muito custo ele conseguiram localizar e matar um dos animais, animados eles insistira em cavar mais, não se esperava quando depararam com pequenas pedrinha douradas, então limpando uma das mesmas, descobriram que era pepitas de ouro, então mais que depressa uns deles correram e anunciaram aos seus pais, os quais mais que depressa foram até ao local onde escavaram e encontraram mais pepitas, então o grupo de garimpeiros foram até á aldeia para negociar com o cacique a exploração da jazida, pois estava nas propriedades do cacique. O aventureiro filho da solidão herdou do pai, os mesmos instintos e talentos, ele era muito belo fisicamente, então uma índia de dezesseis anos se apaixonou por ele, ele só tinha doze anos, era tímido nesse sentido, mas ele venceu a timidez e correspondeu ao amor da índia, assim começou o romance ás escondidas, ambos temiam serem castigados pelo o cacique.

A bela selvagem atacou o jovem quando estes se banhavam no rio, ele saiu correndo, pois não queria cometer tal ato, mas com o passar dos dias a perseguição foi interrompida porque Cesar não segurou a barra, o ato tornou-se um vicio diário, os jovens selvagens desconfiaram da rotina e seguiram os dois, e flagrou a cena, então um dos jovens denunciou o romance dos dois pombinhos ao cacique, que furioso intentou matar o Cesar, toda a aldeia ajuntou-se para matar o rapaz. Ciente dos perigos que Cesar estava correndo, o garimpeiro que cuidava do mesmo, o embarcou numa balsa que subia em direção á Goiás, Raimundo Nonato deu uma trouxinha de pepitas de ouro, para Cesar cobrir despesas de viagens. Os selvagens vasculharam toda a região a procura do rapaz, porém, não o encontrou, então expulsaram a família de Nonato, de suas terras. Pelo o fato de ter deixado escapar o moço.

A vida solitária de Cesar

Cesar estava mais solitário ainda, mas ele não temia a solidão, pois sabia que o mundo todo era seu, e que enfrentava qualquer barreira que o destino a colocasse em sua frente, ele desembarcou na cidade de Araguatins onde comprou algumas roupas um par de botas de cano longo.
O aventureiro filho da solidão sabia que o seu avô havia deixado uns pertences para ele, e estava indo em busca de seus pertences, e sempre trabalhando em fazendas por onde passava, com intenção de conseguir grana para prosseguir o destino. Finalmente depois de cinco anos tentando a vida em fazendas ao norte de Goiás, este propôs ficar em Porto Nacional, queria um emprego fixo num boa fazenda, pois já não tinha mais as pepitas e o dinheiro criava asas não parava nas mãos do mesmo, não tinha nada que garantisse a sua sobrevivência.

Nova Perseguição

Por sorte Júlio Cesar foi contratado por um fazendeiro por nome de Venâncio, o qual levou o jovem para sua fazenda, e ofertou o que era de melhor para o mesmo, Cesar ficou mais satisfeito com a gentileza de seu novo patrão. A senhora Amália estava no campo colocando sal para o gado, quando retornou para a sede, deparou-se com o marido conversando com Cesar, esta se surpreendeu porque Cesar era muito bonito, cabelos longos, olhos azulados, só que ele estava muito magro, devido às necessidades passadas em suas viagens correndo atrás do destino. E o seu patrão o apresentou á esposa, Amália era uma coroa de 36 anos era muito linda. O jovem foi apresentado aos funcionários da fazenda, que deram boas vindas ao mesmo, e ao cair da noite, o jantar todos queria saber a origem do rapaz, e este contou alguns detalhes de sua historia, e todos se emocionaram com a sina do jovem.

Por causa da boa alimentação e os exercícios que ele fazia no mato, Cesar estava com o físico recuperado, aumentando assim a sua beleza.
Certo dia Venâncio foi até á cidade, então Amália convidou Cesar para rastrear o gado, e este nunca imaginava que a chefe estava com más intenções, ambos foram conversando, e a jovem clara ficou observando os dois ate sumir de vistas, pois havia escutado sua patroa conversando a só diante do espelho a qual dizia que aquele dia era o dia do grande sacrifício onde ela iria imolar a sua vitima, clara era apaixonada pelo o jovem.
Por entre as criaturas verdes que dançavam ao tocar do vento, lá estava os dois cavaleiros quebrando o silencio da mata com suas gargalhadas, Cesar era uma ovelha inocente que caminhava sem saber rumo ao matadouro, então eles pararam defronte a uma represa e ele escuta um convite da patroa;

- Vamos banhar já que estamos a sós?
- Não senhora eu não estou afim, estou a trabalho, não tenho tempo para banhar agora.
- Ora não sejas bobo desça e vamos banhar, eu não estou suportando este calor.

O jovem não teve outro remédio a não ser aceitar o convite, mas seu coração se derreteu quando sua patroa despiu-se toda para banhar, este fez questão de sair da agua, porém, a mulher o segurou e avançou sobre o mesmo, pois estava louquíssima de desejos, muito apaixonada pelo o jovem.
- Por favor, senhora pare com isso, eu não vou cometer tal loucura, eu respeito o meu patrão.
- Cale-se e me abrace depressa seu miserável tentador.
O rapaz fez que ia correspondê-la, mas foi apenas uma estratégia de escape, as unhas de Amália fez escorrer sangue nas costas do rapaz que escapou de cheio.
- Volte aqui seu covarde, você parece que não é homem. – gritou a mulher alterada de raiva do peão. Que pegando suas roupas e montou no cavalo e foi se vestir no mato, e voltou-se para a sede. Deixando-a em mau estado.
O caseiro estranhou a chegada de Cesar, desacompanhado da patroa, porém Cesar era prudente cortou o mau pela a raiz. Queria manter distancia da mesma, Cesar foi para a casa dos peões e deitou em sua rede aborrecido pelo o fato, e Jair o tratorista olhou para o mesmo e sorriu;
- E ai o que rolou lá no mato Cesar?
- Do que você está falando, rolou o que moço?
- Eu te aconselho a manter longe da patroa, não se pode confiar nela, ela é uma coroa muita cobiçada e solta. O bicho é perigoso. Eu sou louco para ser cantado por ela, mas ela não me da moral.
- bem feito, é melhor suceder assim para que ninguém te veja com a boca cheia de formigas.
- A isso não me assusta não.
- Pois me assusta, ela é uma louca.
Depois estavam todos na sede da fazenda, então chegou a patroa com cara de quem campeou muito;
- Poxa Cesar onde estava? Eu disse para você me esperar próximo á represa, mas nem sinal Seu eu vi lá, me deixou sozinha e veio para a sede, vê se presta mais atenção no seu serviço rapaz.
- Eu fiz exatamente como combinamos o erro não foi meu, eu não a vi onde combinamos então pensei que já tivesse voltado, e eu vim embora.
- Era só o que faltava mesmo, tem de ser mais esperto peão.
Após o lanche Cesar foi separar os bezerros para o outro pasto, ele estava sozinho no curral, quando chegou a fera para tirar satisfação;
- Você me paga seu molenga. Por que você fugiu e me deixou sozinha, se da próxima vez você correr de novo eu vou te acusar de assédios vou entrega-lo ao Venâncio.
- Olha vê se me erra, eu não sou o que a senhora pensa que sou não se quiser fazer tal loucura arrume outro eu estou fora. É melhor a senhora ter mais um pouco de consideração com seu marido e respeita-lo.
- ora ora, quem é você peãozinho para me dar lição de moral? Aqui você tem o direito de ficar só calado, e pare de me chamar de senhora fui clara?
Após o bate boca com Cesar a fera retirou-se para a casa, e uma hora depois chegou o patrão, que chamou o Cesar para descarregar a camioneta.
Amália havia se maquiado e ficara lindíssima e o marido a elogiou:
- Nossa pra que isso tudo vai algum casamento? (risos)
- Não, é só uma lembrança de quando eu era mais jovem, você não gostou?
- Claro meu amor, você está maravilhosa como sempre.
- até que enfim recebi um elogio seu aqui na fazenda.
- Que isso amor eu sempre a elogiei aqui (risos)

Depois de trocarem beijos e abraços o casal desceu do primeiro andar do casarão para o jantar. Reuniram-se todos na sala de jantar onde saborearam uma deliciosa comida, depois foram para a varanda onde caíram na farra, e o patrão todo cheio de graças começou a atentar clara.
- Pessoal eu não vejo a hora de preparar o churrasco do casamento de Cesar com Clara. (risos)
- Ah patrão quem diria isso. Clara não se casaria com um feio que nem eu nunca. (risos)

Clara olhou para Cesar e deu um sorriso amarelo e respondeu a brincadeira do patrão:
- Que isso seu Venâncio eu não estou pensando em casamento tão cedo.
- Estou brincando Clara, mais é verdade o que eu disse.
A patroa não gostou da brincadeira do marido.
- A Clara daria certo, é com o meu sobrinho Augusto, os dois já são grande amigos, mas pode ser noivos.
- Que isso patroa amizade é amizade, nada mais, além disso. Eu não estou preocupada com casamentos por enquanto, e quando chegar o momento eu mesma farei isso.
- Nossa, que mau humor, Clara, eu só estava brincando.
Dizendo estas palavras á Clara nascia no coração da fera um sentimento ódio porque sabia que Clara estava apaixonado por Cesar, ela não aceitaria esse negocio.
Depois de muitas conversas o sono fez silenciar o pessoal, e cada um foi para o seu quarto. E Clara deitou-se na cama enquanto os seus olhos cobiçaram alguns fracos raios lunares que penetravam pelas as partiduras da janela, e os seus pensamentos fazia germinar em seu coração um sentimento inocente, cheio de esperança de um ser amada pelo o jovem Cesar. Naqueles movimentos incansáveis de pensamentos e sentimentos que enfureciam os neurônios da alma da jovem, e saiu algo tão profundo do coração de Clara, e agitou sua mente e adentrou-se nos olhos de mel da mesma fazendo-os reluzir de felicidade, resultando assim num sorriso esperançoso de entregar o coração ao sacrifício de um amor verdadeiro.

Antes mesmo de a alva chegar, no galinheiro, o índio bateu as suas asas e pôs-se a cantar anunciando que a alva estava para trazer o dia, e alguns minutos depois os peões já estava na varanda tomando café para mais um dia de batalha. Clara estava preparando o feijão para cozinhar, e ligou o radio na radio nacional e escutava musica, enquanto a patroa estava de longe a observando, depois se aproximou da mesma.
- O que aconteceu com a senhora dona Clara, qual é o motivo dessa felicidade toda?
- Ora estou feliz como sempre, estou de bem com a vida, todas as manhãs eu sou assim, temos de acordar felizes estou certa?
- Não eu não penso assim, penso que você deve levantar todas as manhãs e cuidar de suas obrigações, me faça o favor de me servir o lanche.
- É o que estou fazendo estou trabalhando não está vendo.
- Clara faça o favor de fechar o bico.
Clara se estranhou o comportamento da chefa, é que a mesma estava com ciúmes de Clara com o filho da solidão.
Dona Rosana madrinha de Clara aconselhou a jovem e ter mais cuidado com a patroa, pois esta era muito severa. Rosana sabia que Clara não tinha para onde ir caso fosse despedida. Ela era uma órfã que Rosana adotou. Porém era muito linda a jovem.
Rosana morava com o esposo e seu filho único, numa casa um pouco afastada da sede, Clara, porém, morava na sede com os patrões e uma senhora cozinheira.
Num domingo após o almoço, Clara foi com Rosana para a sua casa, a fim de passar o resto da tarde com ela, e a jovem foi apreciar as frutas do quintal, havia muitas arvores frutíferas no mesmo.
Depois de passar o dia com a madrinha, já o dia se declinava então ela tomou caminho em direção á sede.
Cesar estava indo até a casa de seu Orosimbo e dona Rosana, e encontrou se com Clara que seguia direção á sede e ela se alegrou ao ver o rapaz.
- Oi Clara o que faz aqui sozinha?
- Estou retornando para a sede, vou apressar para que essa chuva não me apanhe.
- Eu estava indo visitar seu Orosimbo, mas para você não se molhar eu te dou carona, dê-me as mãos e suba aqui vou te levar até a sede.
Cesar ajudou a jovem subir no animal, e Clara estava com um pouco de vergonha e Cesar a tranquilizou;
- Não precisa de receio Clara, pode segurar em mim
Clara sorriu e concordou em segurar em Cesar então eles foram puxando conversar, não adiantou nada os passos ligeiros do animal, pois a chuva os surpreendeu no caminho então foi só farras.
Minutos depois chegaram à sede os dois todos molhados, Cesar apeou do animal e desceu a jovem, continuou segurando no corpo da mesma, então os olhares se mobilizaram se um no outro expressando mensagens que são inspiradas em oculto por dois corações que bate forte, infectados pelo o vírus da paixão, mas foi quebrado o encanto dos olhares, porque do alto da janela do casarão os observava a patroa, que fez sinal chamando a jovem. Certo dia em que o seu Venâncio foi á cidade de Brejinho de Nazaré para olhar uns gados, para uma possível compra, levou consigo o vaqueiro principal deixando Cesar no lugar do mesmo, então a patroa tentou seduzir o rapaz pela a segunda vez. Ela incentiva o tratorista cantar a jovem Clara, com intenção de provocar inimizades entre os dois jovens, porém o Jair era apaixonado pela a patroa e não quis pratica tal ato de agarrar a jovem, pois era muito amigo de Cesar.

Numa noite em que o sono havia fugido dos olhos de Cesar, este se assentou próximo ao seu quarto, pensativo na vida, de repente chega Amália com uma garrafa de vinho, ela havia colocado estimulante no vinho, e Cesar se assustou com a presença da patroa na casa dos peões, àquelas horas da noite.
- Mas o que a senhora faz aqui há essas horas? Que estranho!
- Não há nada de estranho por aqui, eu perdi o sono e vi a luz acessa e vi você e vim para conversarmos um pouco, tome aqui beba um pouco de vinho Cesar.
- Eu não beber agora não patroa, não estou afim.
- Mas o que há com você Cesar, pegue logo beba e relaxe.
- Olha não é uma boa ideia a Senhora estar aqui há essas horas me oferecendo vinho, eu não quero problemas não.
- Pare de me chamar de senhora, e deixar de ser bobo rapaz vamos beber o problema aqui é você que fica dificultando as coisas.
Cesar pegou o copo de vinho e foi para a porteira e se assentou no lugar onde ficam os latões de leite, (pois vendiam leite para cooperativa) então ambos começaram a conversar, Cesar ficou topado por causa o estimulante que havia no vinho, ele se relaxou ficou indefeso e a fera aproveitou da situação do rapaz e abusou do mesmo, então satisfeita e bêbeda voltou para o casarão. Orosimbo e Rosana chegaram ao casarão por volta das 4,15 e encontrou o rapaz adormecido no giral dos galões de leite, então o caseiro despertou o rapaz que se assustou com o lugar onde havia dormido e foi logo para o aposento vestiu-se e foi para o curral, estava confuso sem entender o que havia sucedido, permaneceu em silencio.

O dia estava bem claro quando eles terminaram de tirar o leite, Cesar foi tratar das demais criações, e depois foi para a casa lanchar. E mantinha em silencio, estava envergonhado. Este lanchou e foi para o pasto.
No cair da tarde depois de haver recolhidos os bezerros das leiteiras, Cesar viu que a Clara estava debaixo de uma mangueira, e ele se dirigiu para lá para conversar com ela.
- Oi Cesar, mas o que há com você, que desde cedo está assim calado, parece preocupado o que foi?
- Quero que mantem segredos, ninguém pode saber das loucuras de Amália, ela está pegando no meu pé, está me cantando, mas eu não dou as mínimas para, eu respeito muito meu patrão.
- O que você vai fazer?
- Não vou fazer nada, a não ser cair fora dela, e se for preciso irei embora. Mas sabe eu estou gostando muito de você, você me fascina muito.
Clara ao ouvir tal declaração sentiu-se um ardor invadir seu corpo, o coração foi obrigado a jorrar mais forte o sangue nas artérias da jovem, isso fez gerar um brilho intenso nos olhos da mesma, e um sorriso esperançoso apareceu nos seus lábios.
- Você gosta de mim como amiga não é? (risos)
- É muito mais que amizade, estou falando serio, eu estou apaixonado por você.
Cesar segurou as mãos da jovem que parecia tremulas, e nesse momento de pura adrenalina sentimental, os olhares se cruzaram dominados pelo o silencio, foram fechados por os lábios se uniram no roça, roça leve e suave ali estavam os dois pombinhos se beijando.
Aquela romântica cena foi quebrada porque Amália estava observando-os e chamou a moça.
- Você não desconfia não dona Clara, é ai que você está cuidando de suas obrigações? Você está vacilando demais ultimamente. Não está fazendo o seu serviço na hora certa. Devo tomar umas providencias, vê se presta mais atenção ao seus serviços.
- Acontece que esse é o meu horário de folga, a senhora não sabe?
- Não quero saber de papos volte agora mesmo para o seu serviço. Era só o que faltava.
Clara saiu às pressas nervosa enquanto a patroa foi chamar a atenção do rapaz:
- E você seu engraçadinho não tem o que fazer não? Vai cuidar do seu trabalho peão.
- Escute aqui minha senhora o meu patrão é o seu Venâncio você não tem o direito de me dar ordens algumas, e vê se me esqueça, e deixe minha namorada em paz, e fique sabendo que essa sua chantagens estão chegando ao fim, você é uma mulher casada, deveria ter mais respeito com o seu marido, eu nunca vou te dar moral, eu posso contar toda verdade ao meu patrão.
Cesar disse essas palavras dando as costa para a fera e saiu apressado nervoso do local, deixando a tagarela sozinha. Amália se desmanchou de ódios depois de ter ouvido aquelas palavras do filho da solidão, ela voltou para a casa muito encolerizada por causa da frase que ouviu, “deixe minha namorada em paz”, ela chegou a casa e encontrou Clara com o radio ligado ouvindo musica;
- Você já está com essa porcaria ligado de novo menina? Eu não quero que ligue esse radio sem precisão mais, fui clara?
A jovem olhava para a fera de gesto de desprezo, mas permaneceu calada pois se conformava com a fraqueza da patroa. Na manhã seguinte quando Cesar ainda estava no curral, chegou o patrão sua esposa foi recepciona-lo, e este fez saber que a sua filha Natalícia ia entrar de férias e queria passar as férias na fazenda, Amália porem não gostou da ideia.
- Poxa Venâncio, ela poderia tirar férias no litoral, no rio de janeiro por exemplo, ela sempre teve vontade de conhecer o rio, tenho certeza que ela vai amar a viagem.
- Mas ela quer vir tirar férias é aqui com a gente, deixa ela vir não é todo dia que nós a vemos.
Amália mulher sedutora, traíra perversa não queria que a filha conhecesse o Cesar, pois sabia que a filha cantaria o rapaz.
Cesar vivia muito abatido ultimamente, o seu patrão era muito bom para ele, Cesar sentia pena do patrão, pois este não sabia que sua mulher estava dando em cima do jovem. Seu patrão queria saber o que estava acontecendo com o mesmo.
- Cesar eu notei que você está diferente meio preocupado, você não era assim, o que está acontecendo com você rapaz?
- Não é nada demais chefe, é que eu estou pensando em ir embora, meu destino é viajar, sinto que o mundo me espera.
- Mas que bobeira é essa moço? Aqui a casa é sua, sempre te tratei bem, você não falta de nada aqui, a também soube que você está namorando a Clara, não desperdice essa chance de casar com uma boa mulher trabalhadeira, e até bonita, podem casar e viver aqui mesmo eu vou te ajudar em tudo.
- Eu agradeço pela a sua bondade patrão mas sinto que o mundo me chama, aqui não é meu lugar, e quanto a Clara, talvez não seja eu homem da vida dela.
A conversa entre patrão e empregado durou varias horas. Então Cesar foi recolher os bezerros, e seu chefe seguiu para o casarão. Na manhã seguinte após os serviços rotineiros na sede, Cesar foi rastrear o gado no campo, o pessoal estranhou o fato de ele não ter lanchado, é que ele estava muito aborrecido por causa de Amália. Amália foi certo dia para a cidade fazer algumas compras, então ela fez propostas para a filha passar as férias no Rio de janeiro. A jovem amou a ideia porém queria ir era para a fazenda, porém sua mãe dizia que não era uma boa ideia perder a oportunidade de conhecer o Rio
Natalícia achou estranho a insistência da mãe em querer que a mesma fosse para o Rio. No dia seguinte a mãe da voltou para a fazenda, o motorista de Venâncio foi busca-la.
Aconteceu porém, que no dia 20 de dezembro Natalícia fez uma grande surpresa aos seus pais, ela chegou à fazenda com uma caravana de amigos foi uma alegria imensa para o pai e os demais da fazenda, enquanto que para a mãe foi um decepção, pois não queria a filha conhecesse o Cesar.
Venâncio apresentou o Cesar para a filha e todas as garotas elogiaram o rapaz, ela se encantou com o rapaz.
Momentos depois a herdeira foi conversar com a mãe.
- Nossa mãe que empregado bonitos nós temos, porque a senhora não me falou dele antes?
- Quem faria isso, ele é um empregadinho, se fosse um rapaz importante até que teria te apresentado antes, não valia a pena comentar para você alguém sem cultura.
- Credo mãe pra que todo esse preconceito, ele é legal, eu gostei dele e o pai o admira muito.
- Vamos mudar de assuntos, me fale de coisas que valem a pena filha, o que você me diz do Léo, ele gosta de você?
- dispenso esse assunto, com licenças mãe.
Natalícia saiu para encontrar com a turma, que estava. No pomar, ela estranhou a atitude da mãe em relação ao rapaz.
Clara estava ajudando Cesar preparar a carne de churrasco, e a patroa de olho nos dois, ela estava com muito ódio de Clara, mas Nata foi juntos dos dois bater papos, eles entraram na conversa enquanto preparava a carne.
No momento do come come, foi só farras, e ao chegar a noite não foi diferente, a alegria foi geral, estava todos na varanda, e Cesar deixou os cabelos soltos, estava com um violão na mão e começou a cantar, todos se emocionaram, ao ouvir o filho da solidão cantar. Ao menos três das jovens estavam com o coração ferido de paixão, desejavam namorar o filho da solidão, eles ficaram até altas horas, então os peões foram tirar uma breve soneca para depois ir para o curral.
Clareava aquela manhã gostosa de sábado os três vaqueiro acabaram de tirar o leite, e Cesar foi levar leite para casa e deparou com Clara preparando o feijão para cozinhar, e Cesar se alegrou.
- Nossa como você está bonita hoje, sonhou comigo? (risos)
- É já amanheceu com gracinhas não senhor Cesar?
- Não é graça você esta maravilhosa hoje, é serio?
- não estou boa com você não pois está dando moral pra nata que está pegando no seu pé.
- Que isso princesa jamais faria uma coisa dessa
Esse assunto foi interrompido por que chegou a fera, que com raiva expulsou Cesar da cozinha.
- Mas que pouca vergonha é essa de vocês, é aqui que você está tirando leite seu Cesar? Era só o que faltava
Cesar não esperou mais para ouvir a fera berrar, chamando a atenção de Clara, ele saiu ás pressas pois estava com raiva da patroa.
Nata acordou e foi desceu a escada e ouviu a sua mãe dando bronca em Clara.
- Mas o que é isso mãe, que mau humor é este? Acordando o pessoal
- Vê se não me faça pergunta Nata, porque acordou uma hora dessa volte a dormir.
Nata subiu a escada e voltou ao quarto estava sem entender sua mãe, uma de suas amigas havia acordado, mas voltaram a dormir.
Dona Rosana havia ao casinha das galinhas poedeiras para apanhar ovos para fazer uns bolinhos fritos, quando retornou viu que Clara estava magoada, e ela quis saber da afilhada o motivo daquela aflição toda, e Clara fez saber a sua madrinha o que havia acontecido, e esta a confortava.
O relógio acusava 8 horas quando Venâncio porque tomou muito vinhos que impediu o mesmo de levantar cedo. Ele se levantou lavou o rosto e se dirigiu até a cozinha para lanchar, os rapazes visitantes já estava lanchando.
Após o lanche o Venâncio convidou o grupo para um cavalgada no campo e Cesar foi com eles. Porém sempre calado depois de divertirem muito voltaram para o almoço.
Na parte da tarde Nata convidou o grupo para mais um cavalgada, ela queria conquistar o filho da solidão, então eles foram para a represa e Cesar não quis banhar, mas ficou por perto. E Nata com sua roupa de praia foi até ao rapaz para conversar.
- Por que você não vem banhar, vamos a agua está uma delicia-
- Nata fique a vontade, pode se divertir eu vou ficar por perto
- Ah Cesar vamos, por acaso você é de açúcar? (risos)
- está bem você venceu lá vou eu.
- É isso ai vamos logo
Quando o filha da solidão se despiu ficando só de calção, as meninas ficaram boquiabertas por ver o corpo atlético do rapaz, uma delas saiu da agua e foi até ao rapaz para elogia-lo.
- Nossa que belo corpo você tem, você é modelo?
- tudo bem pode debochar eu estou acostumado!
Nata logo roubou a conversar.
- poxa ninguém está abusando de você não Cesar é serio por que você não tenta a carreira de modelo.
- quem sou eu para ser modelo, acho melhor agente ir para agua
Então foram para a agua, nem mesmo na agua Cesar escapou da historia de ser modelo, pois as jovens afirmaram que ele tinha chances de se tornar em modelo.
Após a diversão na represa eles voltaram para a sede, porém Nata fez questão de ficar para traz com o Cesar, eles desceram dos animais e foram andando a pé conversando.
- Por que você riu de minha ideia, sobre você ser modelo?
- Você com esse papo de novo ?(risos)
- Poxa eu estou falando de oportunidade, ou falei alguma coisa mau?
- Desculpe, bom eu não sei como isso funciona, mal sei ler e escrever.
- Não complique as coisas Cesar, eu faço questão de te ajudar em tudo
- E porque todo esse interesse em me ajudar?
- Não sei eu só sei que você merece vencer na vida, ou vai ficar o resto da vida trabalhando no campo?
- Eu vou, nasci no campo e não vivo sem o campo, sei que ainda vou ser dono de uma grande fazenda
- Com certeza você terá, só depende de você querer
- Como assim, o que você está querendo me dizer?
Nata segurou as mãos do rapaz e olhou dentro dos olhos do mesmo.
- Mas você é inocente mesmo, ainda não percebeu, acorde rapaz
- Você pode me falar sem códigos, não estou entendendo nada.
Nata roubou um beijo de Cesar que o deixou mais confuso ainda
- Porque você fez isso por que me beijou?
- Você é o culpado, você roubou meus sentimentos e me deixou apaixonada,
- Ei devagar, nós nos conhecemos foi ontem, as coisas não funciona assim não.
- Cesar se realmente você quer ser um grande fazendeiro, é me pedir em casamento.
Cesar olhou espantado para Nata.
- É impossível uma coisa dessas
- Impossível por que, não gostou da proposta?
- Qual é o homem que dispensaria uma proposta dessas?
- Você está dispensando, as oportunidades boas são difíceis de serem reprisadas.
- Olha eu estou namorando a Clara, não vou magoa-la nunca. Eu não consigo amar outra mulher
- Nossa posso saber o motivo?
- Clara está com a chave do meu coração e diz não saber onde está
- Que piada boa (risadas)
- É serio não é casa de graça, mas de amor, eu estou apaixonado por ela
- A Clara não pode oferecer o que estou te oferecendo, posso te amar mais que ela te ama tudo que o meu pai tem é meu e será nosso, será que você vai jogar fora a chance de me fazer feliz e ser dono de tudo isso?
- Desculpe Nata não tem mais jeito o amor já enraizou
- Deixe de conversa fiada moço pense bem no eu te disse você tem até sexta-feira para me dar a resposta. Ou perderá para sempre a chance que lhe dou
Ambos ficaram conversando próximo da sede e a mãe da jovem fez sinal para eles irem para a sede, e Clara viu os dois na porteira conversando, e ficou nervosa, pois Cesar era o seu primeiro amor, já a fera deu uma bronca na filha por estar falando a sós com o Cesar.
Quando eles retornaram para a sede, começou o interrogatório por parte das amigas de Nata.
- E ai Nata conte o que rolou?
- Não rolou nada, estávamos apenas conversando, o bobo ama a Clara.
- Credo Nata, mas que desperdício, se eu fosse você eu o roubaria dela.
- Gente é melhor mudarmos de assuntos
- ok eu concordo vamos falar de outras coisas Nata.
Na segunda-feira seguinte o grupo de amigos se despediu da Nata e do pessoal da fazenda, e se regressaram para a cidade, Nata permaneceu na fazenda, para a tristeza da mãe da mesma e angustia de Clara, e ela sentiu mudança no comportamento de Clara e quis saber o motivo.
- Clara por que você está com a cara fechada ultimamente?
Clara permaneceu calada. E Nata insistiu:
- Clara não precisa ficar com ciúmes de mim com o Cesar, nós não temos nada haver um com o outro, ficamos sendo amigos, na verdade eu andei cantando ele, mas ele confessou que é louco por você.
Nessas alturas, Clara moveu os lábios num sorriso amarelo, e Nata continuou:
- Ficou feliz não é Clara, é sério ele ama você, vá em frente.
- Mas há uma barreira entre eu e o Cesar, Nata.
- Como assim barreira?
- Se eu te contar Nata, você me não acreditaria em mim, antes me odiaria.
- O que você está esperando me conte logo quero saber desse segredo, o que está havendo?
- Bom Nata se eu te contar quero que mantenha segredos para você mesma descubra, e ver que não estou mentindo. Pelo o amor de Deus não faça nenhum comentário.
- Poxa quer me deixar louca, fale logo menina!
- A sua mãe, a sua mãe não quer que eu namore o Cesar.
- Ora porque não, o que ela tem haver com isso?
- Ela, ela.
- Poxa desembucha o que tem minha mãe?
- Ela está apaixonada pelo o Cesar.
Nesse momento o coração de Nata quase para de pulsar, em seguida volta a pulsar fortemente.
- O quê? Que conversar é essa Clara você ficou louca? Você tem prova disso?
Nata saiu nervosa do quarto de Clara, e esta começou refletir sobre o que sua revelação poderia causa na família, então ela desceu para a cozinha ajudar sua madrinha que estava preocupada com ela.
- O que foi filha que você está assim tão preocupada, o que foi que você andou falando á Nata?
- Nada demais tia, estávamos falando sobre o Cesar.
- E você o ama muito não é filha?
- Sim tia eu não consigo tirar o Cesar de meus pensamentos
Ambas ficaram conversando na cozinha, então chegou Nata, pegou a xícara de café e saiu calada, mais tarde depois que Nata serviu a merenda ele foi ao pomar pegar frutas, e Nata chegou após ela.
- Clara você me deixou muito aborrecida, você está caluniando e fazendo acusações falsas á minha mãe, e isso não é justo, já imaginou que isso pode resultar numa tragédia?
- Nata eu quero que preste atenção no comportamento de sua mãe, e verás se estou fazendo acusações falsas contra ela.
- Eu vou investigar, para ver se é verdade o que você está me dizendo.
Cesar depois de terminar o seu serviço, foi até a garagem dos tratores e conversava com Jair. Entoa chegou Nata, estava toda maquiada para falar com ele. Os peões se surpreendera com a beleza de Nata.
- Nossa como você está linda, pra quê isso tudo aqui na fazenda?
- Obrigada Cesar, quero que venha comigo, e sem perguntas!
Ambos foram para próximo da porteira, e ela o arrastou para junto de si e roubou-lhe um beijo, e Cesar a afastou, assustado.
- Ei, ei devagar ai moça, alguém pode nos ver.
- há deixe de conversa e me beije logo.
- Não, não posso fazer isso, pare agora.
- Claro que pode, eu pedi permissão da Clara para me despedir de você.
- Mas você já vai viajar uma hora dessa?
- Claro se você me abraçar e me beijar eu vou fazer uma longa viagem.
- ficou louca pare com isso!
- É você que põe louca Cesar
- Ai, ai, o que deu em você pirou de vez?
Cesar olhou para todos os lados e não resistiu a tentação e a beijou, e Amália não resistiu ver a cena foi chamar a filha, e esta foi para casa.
- Nata você não tem vergonha na cara não? Eu disse para ficar longe daquele peão, cria moral menina!
Nata cruzou os braços e fitou os olhos na mãe e maneava a cabeça, enquanto a fera foi falar com o marido sobre o ocorrido, mas este não deu moral ao caso, continuou lendo livros na biblioteca.
Momentos mais tarde, Clara e Cesar estavam a sós na varanda, e ele aborrecido por haver beijado a Nata, então ele quis dar satisfação a ela.
- Clara eu quero te di..
- Cale-se e me beije
- Mas você não está magoada comigo?
- Claro que não eu fui a mentora da cena para salvar nosso namoro. Foi que a Nata tivesse provas da perseguição que estamos sofrendo
Cesar entendeu o esquema e ambos sorriam e beijaram sem receio. E Nata os observando em secreto.
Certo dia Venâncio teve de viajar, e Nata aproveitou a ocasião para pôr sua contra a parede.
- Mãe precisamos conversar
- O que há? Se for papos furados estou fora.
- Mãe eu não posso acreditar que a senhora sendo uma mulher casada, está apaixonada pelo o nosso empregado.
Amália deu um tapa no rosto da filha, com aquela cara de pau reprendeu a filha.
- Mas que tipo de brincadeira é essa menina, me respeite mais um pouco.
- Porque a senhora me bateu?
- Bati para você aprender me respeitar e nunca mais levantar esse tipo de acusação mim nunca mais.
- Mãe fale a verdade temos muitas testemunhas desse fato.
- Menina você me respeite e cale essa baca agora, senão as v coisas vão ficarem pior para você. Você já está dando muitos trabalhos aqui, trate de arrumar suas coisas e voltar para a cidade amanhã mesmo.
- Agora já sei por que a senhora não queria que eu viesse para a fazenda,
Amália já ia agredir a filha quando chegou dona Rosana e a segurou nos braços e a reprendeu.
- Por favor, Amália pare com isso.
- Quer fazer o favor de me soltar Rosana, quem te chamou aqui vá cuidar do seu serviço mulher.
- Acalme-se Amália, não complique as coisas a Nata não é mais aquela garotinha que você podia bater.
- Quem é a senhora para se meter na minha vida, vá cuidar de suas obrigações, você é quem está complicando as coisa aqui.
- Amália todos nós estamos cientes de seu mau comportamento aqui na fazenda.
- feche a sua matraca e vá cuidar de seus serviços.
Nata imediatamente arrumou sua malas e pediu ao Jair para leva-la á cidade, esta despediu dos demais e nem olhou para a sua mãe, que já estava com o coração gelado por causa do ocorrido.
Quando Venâncio retornou da viagem ele passou em sua casa em Porto Nacional, e se assustou em ver a filha na casa.
- Mas já voltou filha, por que veio tão cedo? Por que não ficou com sua mãe mais uns dias?
- Briguei com ela pai
- Mas como, por que, o que houve?
- Se eu te falar o senhor não vai acreditar
- Pode falar eu acreditarei
- Pai promete que não vai brigar com ela?
- sim prometo agora fale o que houve?
- Espero que não cometa loucuras, mas apenas a repreenda, minha mãe está apaixonada por Cesar.
- o quê? Mas que palhaçada é essa sua filha, que piada de mau gosto é essa?
- Palhaçada é dela e não minha, foi por isso que ela não queria que eu fosse para a fazenda.
- É impossível isso, Amália não teria coragem de cometer tal loucura.
Venâncio ficou muito furioso, começou fazer ameaças, porém a filha o apaziguou, e este se manteve controle.
- Poxa filha, eu tenho o Cesar como o meu filho, se for verdade o que ouvi de você não sei o que fazer.
- Pai converse com minha mãe numa boa, demita o Cesar, sei que ele não tem culpa de nada, mas ele não vai querer ficar mais na fazenda, depois tudo o que aconteceu.
Venâncio despediu-se da filha e foi para a fazenda, ao chegar sua esposa foi abrir a porteira, subiu na camioneta, acabou de chega á sede com o esposo, ambos foram de mãos dadas para o casarão.
Depois da merenda, Venâncio chamou o Cesar até á sua biblioteca, e a fera começou a ficar preocupada, enquanto os dois conversavam na biblioteca.
- Cesar alguns dias atrás você disse que queria ir embora que o mundo te esperava, a partir de hoje estás liberado para ir para onde você quiser. Eu vou te pagar todos os seus direitos, já poderá ir amanhã mesmo, vou te passar um cheque agora mesmo.
- Se é assim que o senhor quer, estou se mandando, vou levar a Clara comigo.
- Quanto á ela eu não quero nem saber o problema é seu, posso pagar os direitos dela também, se ela quiser ir embora que vá.
Depois do acerto de contas trabalhista, Cesar foi até ao pomar onde Clara estava. Ele a abraçou e notificou o caso a ela. E esta pôs se a chorar, a tristeza fez gerar uma agonia profundo no coração da jovem, pois ficou sabendo que o seu amor iria parti deixando-a na solidão.
- Clara meu amor não chore, estou saindo da fazenda mas não da sua vida, eu prometo voltar para levá-la comigo.
- Você vai me abandonar Cesar?
- Não, não jamais faria isso, eu amo você e nunca te deixarei.
- Mas você vai embora, e não sei o que será de mim, sem você Cesar.
- Olha meu amor, eu vou conseguir um lugar para nós dois, assim que tiver tudo pronto eu voltarei para te buscar.
- Você promete que não vai me deixar Cesar?
- Já te disse que não vou te abandonar nunca, eu voltarei meu amor. Acredite em mim, farei de tudo para sermos felizes, e nada vai nos deter.
Então ambos se beijaram com vontade e paixão, prometendo vencer todas as barreiras que tentavam impedir a felicidade dos mesmos, um sentimento profundo aprisionou o coração dos pombinhos que abraçados chorava.
Na madrugada do dia seguinte, antes de irem para o curral, o patrão chamou Cesar para tomar café, pois havia dado ordens ao Jair que levasse Cesar até a cidade. Cesar despediu dos funcionários e de sua amada que preparou o café. Em seguida tomou rumo á cidade. E no trajeto Jair puxou conversar com o mesmo:
- O que foi que aconteceu que o patrão de mandar ir embora de uma hora para outra? Achei estranha essa decisão dele.
- Meu amigo ele já sabe dos escândalos da Amália, por isso fui despedido, mas achei pouco isso.
- E quanto á morena, você a deixou?
- Ela não é morena é Clara (risos)
- É isso ai Cesar sorria, pois o mau humor prejudica a mente.
- Bom eu não a abandonei, disse a ela que preciso de um tempo para conseguir um lugar para eu e ela possamos viver juntos, assim que eu conseguir arrumar tudo eu irei buscá-la.
- Deus vai te ajudar Cesar, você vai vencer e tudo vai dar certo para você.
- Eu tenho fé que sim, vou conseguir.
Os amigos foram batendo papos até chegar á cidade, Jair levou Cesar ao banco para descontar o cheque, e em seguida o levou á rodoviária. Depois foi até á casa de Venâncio levar umas coisas que Venâncio mandou para a filha. E quando Jair ia saindo chegou Nata e o cumprimenta.
- Oi Jair como vão às coisas na fazenda?
- estão todos em paz, só que, o Cesar foi despedido e eu acabei de deixá-lo na rodoviária.
Ao ouvir isso, Nata quebrou a conversa pegou sua moto e foi para encontrar-se com Cesar e este já se ia embarcando quando ouviu alguém o chamar, e ele olhou para ver quem o chamava e viu Nata que ia em direção ao mesmo.
- Mas o que você faz aqui Nata. Quem te disse que eu estava aqui?
- O Jair me avisou então eu vim o mais depressa possível me despedir de você. Para onde você está indo moço?
- Pra onde o vento me levar vou seguir meu coração (risos)
- Não é caso de graça Cesar, poxa vida como sair assim sem mesmo me dizer adeus?
- Estou seguindo o meu destino e não tenho lugar certo para te dizer
- Mas e a Clara você a deixou?
- Não a deixei, eu a amo, mas preciso ir, assim que eu tiver encontrado um lugar certo para mim, eu irei buscá-la, e quero te dizer que você é muito especial, uma mulher maravilhosa.
- Obrigada você também é fantástico.
- O destino poderia nos marcados antes de eu conhecer a Clara.
- Que pena! Bom já que você vai poderia repetir aqueles beijos de despedida?
- Nata estamos brincando com fogo, mas tudo bem.
Enquanto os dois estavam se beijando o motorista acelerou o ônibus, e Cesar teve que embarcar, e da janela do ônibus eles despediam.
- Tchau Nata, já que não posso dizer adeus (risos)
- Tchau Cesar boa viagem, boa sorte, vou senti saudade.
- Ok quando você vir a Clara diga a ela que eu a amo!
- Certo bom eu farei isso.
Nata ficou olhando com lagrimas a escorrer pelo o rosto, o ônibus levando o filho da solidão, o qual estava indo sem para saber para onde, sem destino certo, mas seguia o seu coração, o qual estava partido por haver deixado o seu grande amor para traz. Ela sabia que tinha heranças, e estava indo em busca da mesma.
Quando clareou o dia na fazenda, Amália não viu o Cesar, e ficou pensativa, sobre a ausência do mesmo, então mais tarde perguntou ao
Jair sobre o paradeiro do rapaz, e este contou o que havia sucedido. E em uma noite quando o casal estava deitado na cama, e Amália puxou conversar a certa de Clara que estava muito triste ultimamente sentindo falta de Cesar.
- Porque essa preocupação com a Clara você não era assim? Outra coisa, eu não posso acreditar que uma mulher casada, mãe de família, possa ter a cara de pau de estar apaixonada por outro homem.
- Ei que palhaçada é essa sua, me respeite rapaz ficou louco? De onde você tirou essas acusações falsas contra sua própria esposa?
- Amália não se faça de santinha, não banque a inocente, eu já sei de tudo, eu poderia agir severamente com você, mas essa eu deixo passar, porém, não te perdoaria em outras vezes. A Nata me contou e me pediu não fazer nada de mal, mas esse tipo de crime não tem perdão.
- Mas o que foi que aquela menina andou inventando de minha pessoa?
- Deixa de ser hipócrita mulher, não se faça de tonta, assuma seu crime todos nós já sabemos, por isso mandei Cesar ir embora, para não suceder coisas piores. Sabe eu poderia pedir o divorcio e te mandar de volta ao mundo, mas prometi a minha filha que eu te daria uma chance, e conversaria com numa boa, mas em outras vezes não deixarei nada em branco.
- Olha amor, eu confesso minhas fraquezas, eu te peço perdão, é que eu não consegui me controlar e andei cantando o rapaz, sei que isso é uma loucura, mas me perdoe e vamos esquecer isso, não quero arruinar nossa vida, por favor, perdoe-me por amor de Deus.
- É bom mesmo prometer a honrar nosso casamento, e cumprir a sua fidelidade de esposa, poxa vida, eu nunca e jamais traí você, e nunca imaginava que você fosse capaz de cometer um crime desses. Confesso que eu não te perdoarei se repetir essa sua barbaridade, você tem que sempre quis, nunca sentiu falta de nada, sempre fui amoroso, sempre te dei carinhos. Sempre te amei de verdade, mas você vacilou, querendo destruir nosso casamento.
- Você falou em carinhos? Você quase não me dar atenção na cama, você não é tão carinhoso assim. Eu não estou recebendo carinhos necessários de sua parte.
- Desconfia mulher, você é que tem suas indecências, suas desculpas na cama, tem muitas fantasias e esquece-se do amor, agora joga culpa em mim?
- Vamos mudar de assuntos Venâncio!
- É incrível o aconteceu. Olha, eu quero que vá á cidade e pedir perdão á nossa filha, por ter brigado com ela.
- Está bem, está bem, mas agora vamos dormir.

Novas aventuras
O filho da solidão seguia o destino viajando sem saber para onde ia, sem família, sem amigos, com o coração partido por deixar seu grande amor. Mas tinha certeza que a reencontraria novamente para viverem juntos eternamente. Ele começou relembrar-se dos seus parentes os quais ele conheceu no dia do velório de sua avó, ele tentava relembrar das pessoas que queriam levá-lo á São Paulo, quando, porém, o seu avô não discordou da ideia.

O jovem era órfão de família, só não era órfão de amor, pois tinha Clara que o acompanhava em sua mente por onde quer que fosse. O ônibus estava lotado, todos acompanhados, Cesar, porém, viajava ao lado de outro solitário, que parecia que havia perdido algum parente, pois o seu semblante estava triste, Cesar propôs em coração em conhecer o mar, por isso rasgava as cidades baianas rumo ao litoral, e ele chegou a Feira de Santana, e notou que o seu dinheiro estava acabando, e sentiu de ficar na cidade a fim de conseguir algum emprego, na intenção de arrumar mais dinheiro para custear as viagens.

E este conseguiu serviço de ajudante de pedreiro, não sabia fazer massas mais executava outros afazeres, e assim trabalhou por 20 dias, e viu que não podia pagar mais a pousada, partiu para Salvador, ele queria trabalhar em fazendas onde não teria de pagar hospedagens. Mas infelizmente por não portar documentação foi recolhida na delegacia. A polícia não encontrou nenhum documento que constasse irregularidade ao forasteiro, e este foi liberado, e foi conhecer de perto o mar, e depois de apreciar as águas salgadas, ele tomou direção á cidade Camaçari, viajava sob orientação de terceiros.

Cesar estava a pé, passando por um bairro periférico, quando foi abordado por dois elementos que tentou roubá-lo, mas o filho da solidão reagiu e atingiu de cheios os dois, um desmaiou e o outro saiu correndo mancando, momentos depois a polícia chegou, porém Cesar já tinha evacuado do local. Cesar caminhava rumo á Camaçari, e certa pessoa passou por ele e viu-o andar na calçada da rodovia, e esta mesma pessoa quando retornava já quase entrando na cidade, este deu carona ao peregrino, e o filho da solidão fez saber ao motorista sobre sua trajetória, e o motorista que era dono de um haras, ofereceu trabalho ao jovem, que muito se alegrou com a oferta de emprego, o empresário levou Cesar para o haras, e o apresentou aos funcionários.

No segundo dia de trabalho, todos os funcionários já eram fãs do rapaz que além de ser humilde era honesto e muito bonito Cesar tinha os cabelos longos e estava com a barba crescida. Estava semelhante aos cowboys de faroeste. No fim de semana os funcionários foram para a praia, Cesar ao rever as ondas sorridentes que dançavam ao tocar do vento, Cesar estava assentado na areia e de repente chegou a veterinária do haras para conversar com o mesmo.
- Aposto que não você não é acostumado com o mar não é?
- É a segunda vez que este gigante aquático me fascina.
- Cesar me fale mais sobre você, se não for incomodo, será que eu posso saber?
- Marcela eu quase não gosto de comentar minha vida, pois tenho um passado muito trágico.
- Desculpe-me Cesar-
- Mas tudo bem posso te falar de alguns detalhes, é natural que agente se conheça, se apresente, eu me lembro com mais clareza é dos meus avós, meus pais morreram quando eu era muito, criança, eu fiquei com meus avós, depois minha vó morreu, e fiquei com meu avô, e finalmente ele morreu quando eu tinha mais ou menos sete anos. Eu fui levado ao Pará porque o homem que zelava da fazenda do meu avô, me mandou para lá. Nunca mais vi alguém de minha família.
- Poxa vida que historia você tem, você sofreu muito então, você merece uma nova vida, tá na hora de ter uma família de verdade você não acha?
- Como assim, o que você quer dizer com isso?
- há não sei por onde começar porque você é fechado demais, parece que tem alguém na vida já?
- É mais ou menos isso Marcela.
- Você pode aprofundar mais o assunto, você ama alguém?
- Eu amo sim, eu fui demitido de uma fazenda no Tocantins e não tive como trazê-la comigo, eu a deixei, mas prometi a ela que irei buscá-la,
- Cesar as coisas sempre mudam, você está aqui e ela no Tocantins, acho melhor você partir para outra, está na hora de começar uma nova vida, você pode encontrar um novo amor por aqui.
- Acho melhor agente mudar de assuntos você não acha?
- está bem, desculpe.
Marcela foi se banhar e Cesar ficou na praia pensativo da vida, olhando as ondas que sorriam para ele, então ele se lembrou dos sorrisos doces de sua amada, e os seus olhos encheram-se de lágrimas, e Marcela o observava de longe, e ela pediu ao Sergio que o chamasse para ir banhar com eles, e Cesar com muito custo foi se banhar, eles se divertiram nas águas salgadas do atlântico. Depois foram cada um para suas casas, e Cesar voltou ao haras.
O empresário Charles Vilas-Boas propôs ajudar o rapaz e pediu que Darlene a secretaria do haras, desse aulas para o Cesar, e estes como era muito inteligente aprendia facilmente as matérias. Marcela não gostou da ideia, mas não disse nada.
Certo dia de sábado Marcela convidou o filho da solidão para visitar o seu apartamento em Salvador, ele aceitou o convite ciente da cilada da médica. No trajeto Marcela ligou o som de seu carro, e estava passando uma musica romântica, e de vez enquanto Marcela lançava uns olhares famintos no rapaz que por sua vez, meditava no seu amor. Mas Marcelo puxou conversa com ele. E finalmente eles chegam frente há um belo prédio e Cesar se encantou com a beleza do condomínio.
- Nossa que belo prédio, você mora aqui?
- Sim é aqui que eu moro na solidão desde que me divorciei.
Ambos subiram a escada do estacionamento conversando, e entraram no elevador e Marcela só jogava verde para colher maduro. E Cesar dava uma de durão, e ao adentrar-se ao apartamento o rapaz se encantou com a decoração.
- Nossa, mas que luxo, você é muito vaidosa não é?
- Sou mais nem tanto, fique a vontade vou me banhar.
Cesar ficou na varando comtemplando a cidade, em seguida foi e assentou no sofá imaginando qual seria a intenção da médica.
- Poxa será que não serei fiel á Clara? O que eu estou fazendo aqui?
Enquanto Cesar conversava consigo, apareceu a médica envolta numa toalha.
- Eu demorei Cesar?
- Não demorou, eu sei esperar.
- por que você não banha enquanto eu preparo alguma coisa para comermos?
- Tudo bem eu acho que é um boa ideia.
- Então venha comigo, vou te mostrar o quarto de hospedes.
Cesar seguiu aquela figura tentadora, era um veneno em forma de mulher, o coração de Cesar começou a espancar as suas costelas. Ao mesmo tempo seu coração se afligia por causa de Clara.
- Cesar neste guarda roupas tem algumas roupas que o meu irmão deixou aqui, talvez te sirva, experimente-as depois que você banhar, olhe ali é o banheiro, vai querer que eu mostre também onde fica o chuveiro (risos)
- Voce é bem humorada, tem de ser assim mesmo
- Pelo o fato de vivermos na solidão, não significa que agente tem de ser triste estou certa?
- Se não, você está certíssima.
- Bom então fique a vontade, estarei na cozinha.
- Certo obrigado pela a gentileza madame (risos)
Cesar banhou-se e foi para a sala de bermudão e camiseta cavada, assentou no sofá e começou olhar algumas revistas, quando chegou a veterinária.
- Oi Cesar já se banhou, vem, eu preparei alguma coisa para nós, não sei se você vai gostar.
- Claro que vou gostar esqueceu que eu sou caipira (risos)
- Eu sei que você é caipira, agora não sei se você é caipora também (risadas)
- Mas você não tem jeito não, que bom que você é sempre assim, alegre, divertida, não como você consegue viver só. Você não é uma pessoa triste, mas sim, alegre.
- Tristeza pra que tristeza se a vida foi feita para sorrir.
- É mais você não referiu o principal detalhe.
- E qual é o principal detalhe? (risos)
- Me parece que a vida é feita para amar também.
Nesse momento a médica emudeceu com os olhos ligados nos olhos do filho da solidão. Seu coração acelerou de tanta paixão, mas Cesar disfarçou. E se admirou ao ver a mesa decorada para ambos.
- Nossa mas como você isso tudo tão rápido assim?
- Eu já deixo pronto na geladeira e depois é só aquecer no forno.
- legal então.
Marcela e Cesar entraram no prato, e o visitante elogiou a mesma pela comida.
- Nossa que gostoso, é você mesma que prepara?
- Sim, eu também sou culinária, ei de que você está rindo seu chato?
- O que venha ser culinária? (risos)
- Poxa vida, eu sabia que era caipira mas não em exagero (risadas), é mais ou menos, pessoas especialistas em preparar vários tipos de comida, entendeu agora?
- Eu fiz curso de caipira (risos)
- Ai Cesar você sempre me fez sorrir, bom eu fiz engenharia da alimentação, eu fiz veterinária, eu minha profissão de veterinária, eu formei no ano passado
- É muito bom isso, vejo que você é uma mulher muito esforçada.
- Sim sem esforço não vamos a lugar algum, quem se prepara para o futuro não tem nada a perder.
Após a refeição Marcela pegou os pratos sujos, e Cesar fez questão de ir ajudar lavá-los. Mas Marcela não o permitiu.
- Ei moço pode deixar eu faço isso sozinha.
- É assim, pois bem vou te ajudar sim, eu também sujei oras. (risos)
- está bem faça como queira.
Marcela estava todo sorridente ao lado daquele rapaz gentil e bonito, logos uma onda de calor invadiu o corpo da mesma e esta deixou seus pensamentos vacilar, ela o olha com os olhos famintos, então ele fez questão de ir para a sala. E ambos estavam conversando na sala.
- Você me disse que divorciou, não deram certo?
- Ah Cesar é uma longa historia só sei que eu estou livre para amar novamente, busco um homem de verdade, que me dê valor, que me respeite, que seja fiel, e romântico e carinhoso, ei de que você está rindo de novo, poxa acaso estou contando uma piada?
- Não foi nada não, você diz que a vida é feita para sorrir, estou sorrindo oras.
- Não Cesar anda me diga do que você sorriu?
- Bom você está jogando indiretas não é esperta (risos)
- E o que há de errado nisso?
- Você sabe que eu sou um homem preso, estou preso na lua clara
- Pois fica sabendo que mar e cela pode te libertar da falta de carinhos (risos) estou tentando falar de nós dois e você vem com tal de lua clara não é?
- Mas o mar e a cela está me cantando sabendo que estou preso (risadas)
- que isso você ficou doido, eu estava falando que eu quero encontrar um novo amor pra mim e não te cantando.
- pois fica sabendo que o olhos de mar e cela estão brilhando de paixão, seus olhos me revelam que você está apaixonado por mim.
- Nossa de onde você tirou isso tudo, como você consegui descobrir os segredos do mar e cela (risos) olha talvez você tenha razão, é que eu sinto tão bem ao seu lado, você me alegra muito, até antes de eu conhecer você havia um vazio profundo em mim, mas depois que começamos a nos comunicar algo mudou dentro de mim, não sei explicar, se você fosse noivo ou casado jamais teria trazido você para o meu apartamento. Não custa nada agente tentar descobrir se nascemos um para o outro?
- Poxa vida Marcela estou muito confuso, eu não posso te responder agora.
- Eu não estou brincando falo serio por que você está rindo?
- Não é nada de mais, você sabe seduzir (riso) sabe Marcela eu recebi uma proposta de uma amiga, para casar com ela e ser dono de uma grande fazenda, porém eu recusei porque estou preso.
- É Cesar você gosta de complicar as coisas mesmo. Bom vamos mudar de assuntos vamos dançar um pouco.
- Mas eu danço não sei fazer isso.
- Vem Cesar não tem problemas eu te ensino.
Marcela aumentou um pouco o volume e ambos começaram a dançar ao som de uma musica romântica, instantes depois os olhos de ambos começaram a cobiçar uns aos outros. Ela roubou um beijo do mesmo.
- Cesar você me deixa louca, me beije mais.
- É melhor pararmos aqui mesmo Marcela. Isso é muito cedo para nós dois.
- você vai estragar nossa tarde?
- Quem sabe teremos outro momento?
- Ok seja como queira.
Depois ambos ficaram conversando, e mais tarde Cesar fez que questão de ir voltar, porém ela o convenceu a ir ao dia seguinte.
- Cesar está tarde, e amanhã é domingo, deixe para ir amanhã, eu levo você amanhã cedo. Fique aqui para sairmos, vou te levar para conhecer a cidade.
- Está bem ficarei.
Ambos cobriram a tarde toda na farra, ela nunca havia se sentido tão feliz como estava sentindo com a presença de Cesar. E chegada à noite Marcelo foi com Cesar ao shopping onde curtiram um cinema, o caipira causou admiração em muitas mulheres por onde passava, e a médica estava com muito ciúme dele. Depois de curtirem uma balada e um jantar num restaurante voltaram para o apartamento.
Marcela colocou um filme romântica para os dois assistirem, enquanto saboreava um delicioso vinho. E Marcela começou a lamentar sua carência de um amor. Quando deram por si estavam aos beijos, e não suportando o ardor do fogo da paixão, ambos para o quarto, onde se amaram.
Na manhã seguinte Cesar acordou, ficou muito aborrecido por ter praticado tal coisa, e logo se vestiu suas roupas, e foi para a sala, constrangido por ter traído a Clara, e ficou inquieto pois queria voltar para o haras, e a médica estava puxada no sono.
Quando o relógio acusou 9 horas Marcela sentiu falta de Cesar e foi procurá-lo e o encontrou assentado no sofá. Então ela se arrumou e foi preparar o lanche, estava feliz demais, conversando com Cesar que sorria só da língua para fora, ela se apaixonou pelo o Cesar e disse ao mesmo que não queria perdê-lo nunca. E fez um proposta para ele, ela queria que ele ficasse com ela para sempre. Eu apenas pediu um tempo para pensar. Depois o levou de volta ao haras.
Em um determinado dia sem que ninguém soubesse Cesar pediu contas, porém o patrão não concordou, pois gostava demais dos trabalhos dele, não queria dispensá-lo, mas Cesar insistiu quis ir embora.
- Porque você quer ir, o aconteceu com você? Todos nós gostamos de você, aqui é a sua casa, nunca atrasei seus pagamentos, se você quiser ganhar mais eu te dou aumento, não pode sair sem mais sem menos rapaz me diga por que quer sair assim tão de repente?
- chefe sei você me trataram muito bem, confiaram um trabalho para mim aqui mas eu preciso continuar minha jornada.
- Vai para onde moço, pra que essa loucura de ficar só andando sem rumo. Fique aqui mesmo posso te oferecer o que você quiser.
- Eu te agradeço muito chefe, o senhor é muito gentil, mas eu tenho uma missão a cumprir, preciso partir.
O empresário Charles Vilas-Boas, não teve outro remédio a não ser fazer a vontade do rapaz. Pagou todos os direitos trabalhista ao Cesar, que tomou rumo ao porto, onde se embarcou num pequeno navio e desceu em direção a São Paulo. Este passou por Espirito Santo, Rio mas desembarcou em Santos.
Quando Marcela soube da viagem do mesmo esta não conteve chorou muito, pois estava aprendendo a amar aquele que cativou o seu coração, ela não se conformava com a atitude de Cesar. Porque este não se despediu da mesma, não deu nenhuma satisfação a ela, não deixou recado, comportou com um covarde. Ela perguntou ao chefe para onde Cesar teria ido, mas, ele e ninguém sabia que rumo Cesar havia tomado, então a médica se desesperou.
Aventuras em São Paulo
No entanto Cesar conseguiu emprego numa transportadora do porto e dormia num galpão da empresa. Ficando ali cerca de três meses, e ao ajuntar boa quantidade de dinheiro, ele tomou direção ao interior do estado. Este corria o risco de ser preso, ou assaltado, porém ele só ouvia a voz do destino que o chamava para cumprir sua missão. Viajava sem saber para onde estava indo. Ao que foi para em Campinas onde foi obrigado a trabalhar para conseguir mais dinheiro, e conseguiu emprego numa fazenda de café.
Depois de cinco meses de trabalho na fazenda de café. Este pegou carona com um carreteiro e foi para Araraquara. Onde trabalhou em uma fazenda, na qual conseguiu mais grana para custear suas viagens, e novamente tomou direção a Barretos, onde sabia ter parentes de seus avós. Pois lembrava que seu avô falava demais nessa cidade.
Cesar parou na cidade Bebedouro, para procurar empregos, tinha muitas despesas, e o dinheiro ia minguando em todas as cidadelas que parava para almoçar ou jantar e pagar hospedagens. Nessa cidade ele conseguiu emprego em uma suinocultura, onde o suinocultor propôs em ajudá-lo. Oferecendo o melhor para o rapaz. Cesar apesar de ser peregrino ele era feliz, porque em todos os lugares que chegava era bem recebido, e ele sabia que Deus estava o conduzindo ao lugar certo, era herdeiro de uma grande fortuna porem não revelava a ninguém.
Cesar trabalhou dois meses na suinocultura e pediu contas, o seu chefe insistiu com ele para permanecer no emprego, porém este quis partir, sabendo a próxima cidade era a tão sonhada Barretos, tomou rumo para a mesma. Este foi de carona para economizar dinheiro.
O carreteiro Wilson achou impressionante a historia do filho da solidão:
- Poxa rapaz mas você tem uma historia fascinante, e daria um bom livro por que você não escreve um livro sobre você?
- Para quê eu faria isso? O mundo é um livro e eu sou apenas uma de suas paginas, tudo que o destino escreve acontece na minha vida, só sei que eu vou chegar onde o destino quer que eu chegue, eu não sei por que eu me tornei um peregrino, minha vida é só viajar. Eu tenho um grande tesouro, o qual deixei no Tocantins, minha outra metade.
- Nossa você parece poeta com tantas palavras novas, aposto que você conquista qualquer mulher com esses papos.
- Não exagera moço (risos)
- quer dizer que você tem uma princesa no Tocantins? Que barato!
- Claro, creio que todo homem tem uma mulher especial em sua vida.
- E ai ela é bonita?
- É melhor mudarmos de assuntos
- Meu amigo Cesar eu sei que todo ciumento não gosta de dizer se sua mulher e feia ou bonita, bom, estamos já na capital brasileira do rodeio, e se você quiser passe a noite na casa de minha mãe eu vou para lá agora.
- Se não se importa irei sim!
- Não se preocupe Cesar minha família é gente fina.
Por volta das vinte e três horas, Wilson desembarcou a boiada no clube e sem seguida foi para a casa de sua mãe. E fez saber aos seus, que Cesar era um amigo e que iria passar a noite na casa. Pois não tinha para onde ir. E ele apresentou o rapaz aos seus parentes que estavam acordados, Cesar foi bem recebido por eles. No dia seguinte às seis e meia da manhã, Kamila estava procurando o seu caderno, e foi até ao quarto de seu irmão para ver se estava lá. E esta se deparou com um estranho que dormia profundamente na cama de seu irmão, ela se assustou e olhou na outra cama e viu o seu tio dormindo, foi até a sua vó para saber quem era o estranho:
- Vó quem é o moço que está dormindo na cama do Rodrigo e onde está o Rodrigo?
- É o Cesar amigo de seu tio, o Rodrigo foi dormir na casa de sua tia mas o que você foi fazer lá uma hora dessas?
- Fui procurar o meu caderno né vó.
A curiosidade bateu forte em Kamila, ela queria ver o rapaz acordado. Ela tomou o café e foi para o colégio imaginando o estranho hospede. Ela era uma adolescente muito linda, e lá no colégio fazia comentário a respeito do estranho hospede.
Antes mesmo de liberar os alunos Kamila saiu, pois temia perder o oportunidade de conhecer o hospede ao chegar a casa os dois amigos já estavam na rua, e esta ficou decepcionada.
- Vó onde está o tio Wilson?
- Para que você quer saber? Já sei o motivo de sua curiosidade, o Cesar já se foi com ele. É melhor você esquecer.
- Credo vó, mas a senhora gosta de julgar, quem disse que eu estou interessada no rapaz? Eu nem o conheço direito.
- Eu sei que se interessou por ele, não sei que ideia é essa de ficar espionando os outros.
- Vó eu estava apenas procurando o meu caderno, e não é o que a senhora está pensando, pois eu nem sabia que este rapaz estava aqui em casa.
- Tudo bem se acalme, eles estarão aqui até às duas horas, então você o verá.
- Gostei da noticia vó (risos)
- Eu sabia que você havia se interessado por ele.
Por volta das três da tarde chegou o Wilson e o filho da solidão, e

Kamila foi conversar com o tio, na tentativa de pegar amizade com Cesar, seu tio apresentou o rapaz a ela e ambos ficaram conversando na área da casa, e a garota sempre fazendo perguntas ao rapaz, momentos depois Cesar quis procurar um hotel, pois que não queria ficar incomodando a família, mas Wilson o constrangeu ficar com eles, para sair à noite. Kamila por sua vez, o convidou para sair com ela, ele não tinha a intenção alguma de envolver-se com ela, ele prometeu para si mesmo que não iria trair sua amada mais. Chegando a noite a garota estava toda veneno, se maquiou ficando lindíssima, e seu tio se admirou com ela.
- Nossa pra que isso tudo, vai algum casamento Kamila?
- Ah tio eu sempre me arrumei assim, ou o senhor achar eu vou sair mal arrumada?
- É a primeira vez que se apaixona Kamila?
- Tio deixa de ser bobo, não é o que o senhor tá pensando não. Na verdade eu achei o Cesar muito bonito, mas é amizade.
Momentos depois saíram os três para as quebradas da noite, e numa praça, Wilson quis deixar os dois a sós.
- Bom Cesar eu vou deixar vocês a vontade, e vou dar umas voltas, vê se cuida da moça rapaz.
- Tá não se preocupe ela está em boa companhia.
Cesar foi para uma lanchonete com Kamila, e lá ela se declarou para ele, e este se admirou da ousadia e coragem de Kamila.
- Cesar mau nós conhecemos, mas eu sinto algo muito forte dentro de mim, e não sei como explicar, desde aquela manhã que fui ao quarto procurar meu caderno, eu não sabia que dormia um príncipe encantado lá, eu levei um susto com ele. Ei Cesar do que você está rindo?
- Nada não, continue a historia estou gostando, (risos)
- Bom, naquele quarto dormia um lindo príncipe, então eu lancei os olhos rapidamente naquela figura sobre a cama, e cupido me acertou de cheio. Saí de lá com o coração em chamas.
- Ah então quer dizer que você estava observando o príncipe dormir não é?(risos)
- Não que isso, quando eu o vi, sai depressa.
- Sei, poxa eu estou admirado, você é comunicativa, e tem a cabeça madura, corajosa, sabe conquistar e cativar. Mas tem de ser assim mesmo. Melhor que ser fechada.
O humor e delicadeza de ambos estavam apimentando os sentimentos da garota, Cesar não negou o pedido que os olhos da garota faziam, ele a beijou, e naquele momento os olhos de Kamila brilharam de felicidades. Cesar, porém não tinha interesses de namorar a mesma, Cesar relatou para ela um pouco de sua história, e esta se penalizou dele. E este não sentiu desejo de sair da cidade, porque sentia que estava em suas mãos o mapa do tesouro. Estava na cidade natal de seu avô.
Na manhã seguinte Wilson chamou Cesar para ir ao clube, onde recebeu mais uma tarefa de buscar mais tropas em uma fazenda, para o clube, então eles tomaram estrada. E no esperado fim de semana na pré estreia da festa, a cidade tornou-se berço de peões de vários estados e países. Cesar era veterano em domar tropas, não era um peão montador, mas se inscreveu.
No dia festa quando chegou a vez do peão forasteiro sem destino, quase ninguém o aplaudiu porque nunca havia ouvido falar desse forasteiro, e este montou num touro, e só desceu quando o mesma havia cansado, mas ao descer do animal este caiu de mau jeito, e fraturou o braço direito, os peões o ajudou a se levantar e o levaram para o hospital. Cesar saiu ouvindo a multidão gritando e aplaudindo-o. Kamila ficou desesperada com o acidente, e passou a noite no hospital. No dia seguinte o Wilson chegou com sua mãe ao hospital, levando a mochila de Cesar, Wilson fazia comentários sobre a façanha de Cesar que fez cansar o animal.
- Ora Cesar eu não sabia que montava, porque não me disse que montava?
- Eu disse que a você que eu era domador, mas não montador. (risos)
- Domador e montador são a mesma coisas moço. (risos) o pessoal quer que volte no clube querem te conhecer.
Depois de conversarem com Cesar, Wilson voltou com sua mãe e
Kamila. Deixando Cesar no hospital, momentos depois o médico o despachou, e Cesar deixou um bilhete na portaria para ser entregue para quem fosse visitá-lo, e saiu sem saber para onde estava indo. Quando, porém os mesmos foram visitá-lo porque este não comparecia na casa deles, não o encontraram então pediram informações na portaria, e a atendente entregou o bilhete, eles leram, no qual Cesar lhes agradecia, e contando o motivo de sua ida. E ficaram decepcionados com atitude de Cesar. Kamila se desesperou e chorou com o coração partido.
Cesar comentava para si, a sua atitude de egoísmo, comportamento de covarde, mas ele não queria dar mais trabalhos àquela família, e não queria envolver-se com Kamila, pois além de ela ser menor de idade, ele amava a Clara.
Cesar ficou vagando no outro lado da cidade, e começou a procurar emprego, por sorte um agropecuarista o levou para a sua fazenda, e após Cesar se recuperar, voltou a domar tropas e executar serviços de vaqueiro na fazenda. Cesar usava suas estratégias para impressionar as pessoas contando sobre suas peregrinações. Alfrânio Soares prometeu ajudar o rapaz a ser alguém na sociedade.
- Cesar fique aqui trabalhando, e eu vou pedir ao meu filho que é advogado, te ajudar conseguir seu documentos pessoais, você diz ser filho do destino, mas não poder ser chamado clandestino (risos).
- Eu agradeço por quer me ajudar, na verdade eu preciso muito desses documentos, pois não posso mais viajar sem eles.

- Nós vamos fazer o possível para te ajudar, o que meio difícil é conseguir seu registro de nascimento.
- É eu acho que o meu avô entregou para alguém lá em Goiás, eu me lembro de que ele guardou num banco umas coisas e falava que eram minhas.
- Me fale mais do seu avô Cesar, talvez alguma pista vem à tona.
- Sem problemas, o meu avô chamava Afonso de Oliveira.
- Espere Cesar porque você só se refere ao seu avô e seus pais?
- Bom foi oi meu avô quem criou, quando ele morreu eu tinha mais ou menos sete anos, ele me dizia que meus pais haviam morrido num acidente de carro quando eu tinha três anos.
- Cesar é doloroso falar sobre essas coisas, eu também perdi meus pais quando eu era muito jovem, sei que é difíceis para gente.
- Eu criado pelo o meu avô, depois que morreu, eu levado para uma fazenda no Pará, e de lá para cá nunca mais parei de viajar.
- Bom Cesar depois agente conversa mais, tenho que fazer umas coisas.

Alfrânio ficou pensativo com a historia de Cesar e tentava lembrar-se de Afonso de Oliveira. Em um determinado dia, Alfrânio foi até a fazendo de seu cunhado, e comentou sobre o seu empregado que era neto de Afonso de oliveira. E Petrônio quis conhecer o rapaz para saber sobre o suposto Afonso de Oliveira.

 


O grande encontro

 

Petrônio promoveu um churrasco, em seu sitio, e convidou a família para saborear para o mesmo, na noite do churrasco Alfrânio chegou com a sua comitiva, e Petrônio foi recepcioná-los, este notou que o rapaz era muito familiar , porem por estar em duvidas manteve silencio, propôs entrevistá-lo depois. Cesar estava assentado na mesma mesa que os cunhados estavam, e este se mantinha calado. Após saborear um pouco do churrasco, Petrônio chamou o rapaz em particular para conversar.
- Cesar você sendo empregado de meu cunhado, aqui você já é praticamente membro de nossa família. Eu devo ter conhecido alguém com o nome de Afonso de Oliveira
- O senhor está querendo me dizer que sabe alguma coisa sobre minha família?
- Bom como ainda não tenho certeza estou fazendo perguntas, porque minha irmã era casada com um Afonso de Oliveira, que morava em Goiás.

Ao ouvir tal afirmação o coração de Cesar começou a acelerar, queria saber a verdade, pois queria muito ajuda para se reconstruir, queria deixar de ser peregrino. Eles conversavam quando a esposa de Petrônio mandou chamá-lo. Depois disso Cesar passeava á beira da piscina, quando chegou um grupo de garotas com a filha de seu patrão. E apresentou as suas amigas ao rapaz que pôs- se a cumprimentá-las. E ele reconheceu uma das garotas.
- Que surpresa você aqui Bia,
Helena filha de seu patrão se espantou.
- Mas de onde vocês se conhecem?
- Calma Helena, sou quem devo saber de onde ele me conhece.
- Você é a amiga do Wilson que me apresentou a você lá no rodeio, lembra agora?
- Não acredito! Você é o forasteiro que arrasou aquela noite? Você havia se machucado, depois sumiu do mapa, eu não estava te reconhecendo, você está diferente.

Então Helena mais que depressa fez saber a todos que Cesar era o forasteiro que havia encantado o publico no rodeio, então todos se reverenciaram a o rapaz. Petrônio depois de conversar com sua esposa sobre o ele ouvira de Cesar então ambos reconheceram e não teve duvidas de que Cesar o neto de Angelina sua irmã o mesmo, pois Cesar tinha as mesmas caraterística de seu pai Eugenio. Mas manteve silencio e fez saber ao seu filho Celso que Cesar era seu primo, então ambos armaram uma surpresa ao rapaz. Celso foi até a piscina onde estava Cesar e chamou a atenção dos convidados.
- Atenção pessoal eu quero fazer uma apresentação muito importante, quero apresentar Cesar nosso grande amigo.

Então todos foram para redor dos mesmos, Celso empurrou Cesar para dentro da piscina, então todos caíram na farra, então Helena que não sabia do esquema repreendeu o irmão por ter feito aquilo com o rapaz.
- Idiota que palhaçada é essa que você fez que brincadeira de mau gosto é essa?

Cesar saiu da agua muito furioso, e aproximou de Celso para tirar satisfação:
- Ei cara porque fez isso, você mal me conhece e já vem com esse tipo de brincadeira, você quer briga?

Então Petrônio se aproximou do rapaz para apazígua-lo.
- Calma rapaz não fique nervoso foi só uma brincadeira.
- Calma, por acaso é o senhor que está nessa humilhação toda?
- Cesar eu vou te explicar o significa tudo isso. Atenção pessoal, eu vos apresento Júlio Cesar de oliveira, neto de minha irmã Angelina de Oliveira Barros. Cesar meu sobrinho seja bem vindo ao seio de sua família novamente!

Todos ficaram sem entender admirados com a nova, Então Cesar ficou perplexo ao ouvir tais palavras. E seu tio continuou:
- Cesar meu sobrinho fale alguma coisa, é incrível como o destino te trouxe até nós. Vem trocar de roupas para podermos explicarmos melhor

Cesar foi trocar-se e depois voltou com o primo para a área, onde seus tios estavam então finalmente ele abriu a boca.
- Olha, eu não estou entendendo mais nada, estou muito confuso, se senhor arrumar um lugar para eu dormir seria bom, não estou nada legal, amanhã agente fala mais sobre o assunto.
- Sem problemas sobrinho, como queira, vou mandar arrumar sua cama, Celso leve-o até ao quarto de hospedes.
Celso o levou ao quarto de hospedes e mostrou a cama para o mesmo, e retirou-se do quarto. Cesar apagou a luz e estava deitado com as mãos debaixo da cabeça sobre o travesseiro. Surpreso com aquela revelação e conversava consigo.
- Meu Deus será que estou sonhando ou finalmente encontrei minha parentela? Não pode ser incrível finalmente serei alguém.
Cesar foi vitimado pelo o sono, enquanto seus parente ficaram conversando sobre a nova descoberta. Estavam todos admirados com a revelação, e festejaram ate ás seis da manhã, enquanto o filho da solidão estava dormindo. Todos os convidados que haviam vazado a noite no sitio, foram embora já de manhã. E Alfrânio disse ao cunhado que Cesar poderia ficar o todo com eles, mas que precisaria de Cesar na segunda-feira.
Eram sete da manhã quando o relógio tocou, e Cesar se assustou, e olhou para cama vizinha á sua lá estava seu primo, que tentava dormir, pois havia vazado a noite na farra. Ele abriu os olhos pesados de sono para cumprimentar o rapaz.
- E Cesar bom dia
- Bom dia
- Dormiu bem?
- Acho que não foi bem um sono, mas sim um desmaio (risos)
- É Cesar hoje nós temos um grande dia
- Com certeza, mas vou te dar o troco que eu passei ontem na piscina (risos)
Helena escutou os dois conversando e foi até ao quarto, e seu irmão começou a atentá-la.
- Apaixonou mesmo não é Helena?
- Ah deixa de ser bobo mano eu quero conversar com ele, e ai Cesar dormiu bem?
- Cesar minha irmã só acorda depois das nove, mas você sabe que o apaixonado é ultimo e dormi, e o primeiro a acorda não é? (risos)
- Celso quer fazer o favor de parar com suas gracinhas, que levar uns tapas, não liga para ele não Cesar o Celso é bobo mesmo.
- Deixa ele comigo Helena, vou jogá-lo na piscina.
- É isso ai Cesar não fique sem dar o troco não.
Celso era um rapaz muito divertido, sempre fazia farra do mau feito, ele estava zoando o Cesar que havia banhado na piscina. Estavam todos farreando, quando chega o Petrônio para conversar com eles.
- Bom dia moçada, que papos engraçados são estes?
- Ah pai são historias que a vida conta.
- Sei, então deixa a vida contando suas historias e chama o nosso hospede para tomar café.
- Até não é uma má ideia, pois o Celso preciso dormir está roncando acordado. (risos)
Após o lanche, então começou o interrogatório, Cesar contou com mais detalhes sua vida, contou tudo que o destino escrevia na pagina da vida, e eles se emocionaram com a trajetória de Cesar.
- É incrível Cesar eu pensava que eu não tinha mais nenhum parente da semente de minha irmã.
- Quero saber por vocês não foram me buscar, quando que meu avô morreu?
- É logico que eu fui, fui lá para vender os bens dele e trazer você, mas não encontrei você, tal de Hidelbrando diz que havia comprado a fazenda, antes de seu avô falecer, ele me mostrou um documento da compra, perguntei se ele sabia onde você estava, ele disse que você tinha ido para o Pará com uma família, eu não consegui contato com tal família, então não procurei mais.
- Esse tal de Hidelbrando me mandou para o Pará, porque não gostava de mim, eu também não gostava dele, ele me batia. Bom eu quero saber o que o Senhor sabe sobre meus pais?
- Cesar é uma longa historia, mas você merece saber alguns detalhes, não sei se você se lembra deles.
- Lembro pouco, quando meu pai e não quis me levar, fiquei com meus avós, depois nunca mais os vi, meu avô me contou muitas coisas antes dele morrer.
- Sabia que você tem avós maternos aqui em Barretos?
- Meu avô nunca me falou deles.
- Bem quando o seu pai era adolescente ele gostou de uma colega de classe, mas o seu avô mudou para Goiás, levando Eugenio e minha irmã e ele havia perdido o contato com ela eles ficara muitos anos sem se verem, até que um eu estava vindo de umas terras que eu tinha no Mato Grosso, e passei na fazenda de seu avô, e seu pai quis vir comigo, com a intenção de rever a sua antiga paixão, por ele a reencontrou, começaram a namorar novamente ainda que estava namorando outro rapaz, ele foram impedidos pelo o pai dela, então eles fugiram para Goiás. Eles se casaram em Goiás, depois sua mãe deu a luz a você. Uma vez quando foram viajar para comprar uma fazenda na região do pantanal e ao retornarem ele sofreram um acidente fatal, seu pai e o motorista teve morte instantânea, sua mãe morreu algumas horas depois, ela estava gravida quando faleceu. Não se sabe o que fizeram do feto que estava no ventre de sua mãe, até hoje seus avô espera uma resposta da justiça, ninguém quis explicar o que houve com a criança, a policia não deu resposta, o diretor do hospital afirmava que não sabia do caso, sei que é um enigma sem explicação até hoje. Acreditam que alguém escondeu a criança salva. Provavelmente você tem um irmão ou irmã. Mas não há prova disso.
- É estranho essa historia, faço questão de ir atrás de uma resposta, e vou fazer isso, tio.
- Seus avós pensava que a policia faria não fez Cesar.
Cesar ficou em silencio pensativo sobre a tragédia que marcou sua família, este estava imaginando a falta de consideração de seus parente para com seu avós em Goiás.
- Provavelmente eu tenho um irmão ou irmã?
- Sim Cesar, talvez não temos certeza, pois é um mistério o caso.
- Mas eu vou desvendá-lo, custe o que custar farei isso.
- Acho que é uma missão impossível filho.
- Realmente difícil como foi para me encontrar vocês. Eu sou filho do destino e não há nada que eu não possa descobrir. E quanto aos pais de minha mãe que moram aqui?
- Amanhã quando eu for te levar para a fazenda de Alfrânio, passarei na casa deles para que vocês se conheçam.
- Certo iremos sim.
Antes do almoço Celso e Cesar foram para o interior do sitio, e Cesar amou o mesmo, era um lugar muito bonito, quando eles retornaram para a sede estavam lá as amigas de Helena, e Celso estava afim de uma universitária mas estava medo de chegar pois era tímido nesse sentido. Então Cesar a chamou em particular.
- Bom Lívia estamos aqui a sós, quero que preste atenção.
- pode falar que estou ouvindo gatão (risos)
- É o seguinte Lívia, o Celso está afim de você e pediu que você desse uma chance para ele.
- Ah eu pensei que você fosse me pedir em namoro, você é um sonho de consumo de qualquer mulher.
- Ei não exagera garota, (risos) e ai o que eu digo ao Celso?
- Ela poderia ter chegado a mim e falado isso.
- Mas deve ser o medo de levar um “não” massacrador (risos)
- Pois bem Cesar diga a ele que não estou afim.
No hora do almoço foi outro momento de farras, Celso porem estava decepcionado com a resposta negativa que recebeu de Lívia. Cesar ficou com pena do primo, porém nada podia fazer. e na altura das três da tarde Celso quis ajudar os peões do sitio a recolher o gado leiteiro. Quando estava arriar o cavalo, chegou Lívia por traz para conversa com ele.
- Oi Celso
- Oi Lívia, você me assustou!
- Credo eu sou tão feia assim ao ponto de assustar você?
- Não que isso, é porque eu estava distraído e você chegou de repente.
- Você vai cavalgar?
- Sim vou ajudar recolher o gado leiteiro
- Já arriou o meu, eu vou com você.
Nessas alturas o coração de Celso pulsou forte, então este ficou todo empolgado.
- Serio você quer ir também?
- Logico quero conhecer o sitio
- então está bem vou arriar o seu cavalo.
Enquanto isso debaixo das costelas o coração do rapaz estava em conflito tentando expulsar a timidez de dentro de si. Celso arriou o animal e entregou a moça.
- Bom aqui está o seu cavalo
- Tem certeza que não está faltando algo não?
- Como assim o que, por exemplo?
- Não vá me ajudar montar não moço?
- Ah sim desculpe
Celso ajudou a jovem montar então uma onda de calor invadiu o corpo do mesmo, fazendo-o a mudar de cor.
- O que foi Celso que você amarelou todo?
- Eu amarelei? É engano seu essa é a minha cor natural ora.
- Eu sei (risos)
Ambos foram conversando, e o rapaz sempre olhando para os lados na tentativa de reencontrar com os demais cavaleiro. Num pasto bonito onde o cerrado estava florido, Lívia quis parar.
- Celso espere!
- O que foi?
- Vamos parar um pouco aqui, me desça.
- Como queira.
Quando Lívia se viu no solo, ela empurrou o rapaz que caiu, e logo ela jogou-se contra o mesmo, e este com os olhos maior que a cabeça emudeceu tremulo.
- Agora você me paga Celso, porque você não me pediu em namoro pessoalmente, teve que mandar recado?
- O que, o que?
- Cale-se e me beija logo.
- Lívia os outros pode nos ver. Vamos com calma.
- Não estamos fazendo nada demais esqueça os outros e me beije depressa.
O coração do rapaz estava quase saindo, mas tomou coragem e correspondeu os beijos da Lívia. Ambos beijaram naquele solo que trajava-se de uma grama verde e cheia de vida. A felicidade que estava alojada no coração do rapaz deu sinal de vida, então emocionado voltou para a casa e no trajeto iam conversando.
- Mas você não tem jeito não é Lívia?
- O que foi que fiz de errado?
-Você me passou um susto quando me deu um não como resposta depois me deixa nas nuvens (risadas)
- Eu queria te fazer uma surpresa Celso, eu sempre gostei de você, mas você não falava nada.
Finalmente eles chegara à sede, e todos ficaram sem entender, pois os dois jovens nunca ficavam juntos, mas de repente chagaram eles de mãos dadas causando admiração a todos. E Helena logo começou a elogiá-los.
- Ai que romântico gente, então você entraram em acordo?
- Com certeza cunhada, eu e o Celso assumimos o namoro pra valer agora.
Os pais do rapaz ficaram felizes ao ver o filho com namorada, e o rapaz chamou o Cesar e contou o episodio vivia por ele no pasto.
- Cesar dê-me um beliscão pra eu ver se estou sonhando.
- É pra já você quem manda.
- Ai, ei não exagera moço!
- Viu você está acordadinho da silva. (risadas)
No final daquele domingo, o sitio se esvaziou porque os visitante tiveram que voltar à cidade. Chegando a noite após o jantar houve mais um gostoso bate papos. Cesar tornou ouvir assuntos sobre seu avô, mas ele sabia que os seus parentes não estava se importando ele e seus avós, não fizeram caso da morte de seus avós, então ele foi para o quarto. Instantes depois chegou o Celso comentando sobre sua aventura amorosa.
- Cara foi demais o que aconteceu no pasto hoje, eu nem imaginava que e Lívia seria capaz de fazer o que ela fez. Me jogou no chão, depois me beijou daquele jeito poxa Cesar foi massa demais. Uau! (risadas)
- Aposto que você nem vai dormir hoje não é Celso com essa emoção toda.
- Cesar lá na universidade eu vou detonar aqueles burros que se acham tão importante, eu vou beijara a Lívia no pátio da universidade só pra provar que também posso.
- Ei primo não bem assim, fique mais esperto senão você pode estragar tudo, age normal.
- Está bem Cesar, concordo com você serei sábio.
Na manhã seguinte Petrônio foi levar Cesar até a fazenda do seu cunhado, e em um determinado dia Cesar estava na cidade saboreando um lanche, quando por coincidência surge Kamila, ela o reconheceu e ficou parada olhando para o mesmo.
- Kamila que surpresa, você aqui?
- Sou eu quem faz perguntas, foi muito bonito o papel que você fez com agente, sumiu do hospital e só deixou um bilhete e não deixou pistas, você é muito engraçado, recebe ajuda, hospedagem de boa, depois desaparece sem nos dar uma satisfação.
- Agora vai ficar cobrando isso na minha cara, eu não pedi ajuda de ninguém, seu tio me ofereceu.
- Você todos nós preocupados, poderia ter nos dado satisfação.
- Está bom, confesso que eu errei, mas queria ficar dando trabalhos para vocês não.
- Não vem com desculpas de dando trabalhos que nada, ninguém te cobrou nada lá em casa, você foi covarde, eu estava gostando de você e queria te ajudar, nossa família queria te ajudar, mas sumiu do mapa, você me fez sofrer viu. E de quê você esta rindo, por acaso estou contando alguma piada rapaz?
- Poxa vida Kamila (risos), você é muito corajosa nem parece ter quinze anos, é uma mulher madura e tanto, olha em primeiro lugar fica sabendo que eu sou um homem livre, eu não tenho obrigação de ficar dando explicação para ninguém entende, eu não declarei nada a você, você se apaixonou por que quis.
- Então porque você me beijou seu covarde? Você aproveitou de mim não foi?
- Eu não beijei você com intenção de namorar, você é muito nova para mim.
- você é muito egoísta, eu sei que tem como você vencer o seu egoísmo, e tentar sentir o mesmo que eu sinto por você, com certeza íamos ser feliz.
Kamila assentou mais próximo de Cesar e começou a chorar, ela amava o rapaz e estava sentindo difícil para ela sofrer tamanho desprezo. E Cesar tentava consola-la.
- Kamila, por favor, pare com isso, não chore, vamos conversar como amigos.
- Você é muito engraçado não é? Porque não me deu o fora no começo? Antes me beijou me deixando apaixonada, depois age como covarde e é isso que você é.
- Kamila eu gosto de sair, mais não me envolver com quem quer que seja, pois jurei ser fiel a alguém e não volto atrás.
- Nossa que juramento santo é esse? Vê se caia na real Cesar, abra os olhos e procure viver a realidade da vida, não complique as coisas não seja covarde consigo mesmo.
- Mas onde é que você está querendo chegar garota? O que você está insinuando?
- Esqueça esse tal de juramento, vamos tentar a vida a dois não seja covarde.
- Poxa vida estou encabulado com você, (risos) você é mais astuta que uma mulher madura, Kamila você não está preparada para uma responsabilidade amorosa, você é jovem, ainda tem muito tempo para se divertir, talvez nem saiba o que está falando.
- Você é muito covarde, não tem coragem de encarar a realidade da vida.
- Pare com isso garota acorde, vamos mudar de assuntos.
Os olhos da jovem que eram brilhantes, agora estava avermelhados de ardor, e lagrimas quentes, o seu coração testemunha o massacre de um sentimento inocente que era inquilino cardiológico daquela que havia sido beijada pelo o forasteiro sedutor, daquela que estava disposta a enfrentar qualquer sacrifício para ser feliz. Kamila naquela angustia sentimental, queria algo que talvez pudesse ser a ultima coisa recebida do sequestrador de corações. E esta fixava os olhos no mesmo, esperando receber alguma coisa ante da palavra adeus. E o filho da solidão decifrando as mensagens dos olhos da mesma, e deu a satisfação:
- Sinto muito Kamila por não poder corresponder os seus sentimentos, você é jovem e com certeza vai encontrar alguém que a faça feliz. Bom agora preciso ir.
- Você vai embora mesmo Cesar?
- Sim o destino me manda ir.
- Por favor, Cesar me beije pela a última vez.
- Eu sabia que iria me pedir isso, mas tudo bem!
Cesar a tomou em seus braços, e a beijou e ela o beijava com carência, ela queria ir mais longe, chamou para sair.
- Cesar vamos para lá.
- Para lá onde Kamila?
- Para lá, quero que você seja o primeiro homem da minha vida.
Cesar a afastou assustado com a atitude de Kamila.
- Está louca Kamila? Eu jamais faria isso, nunca estragaria sua vida, você é muito jovem tem um futuro brilhante à sua frente, tem seus estudos, eu não vou cometer tal loucura jamais. Não serei responsável pelo o seu fracasso.
- Ei moço do que você está falando, o que tudo isso tem haver com a gente, não seja covarde.
- Olha pode pensar de mim o que você quiser, porém eu não vou estragar sua juventude, esqueça essas loucuras, pense nos seus estudos, seu futuro.
- Eu não sabia que você era tão covarde assim?
- Posso ser o que você imaginar, mas não realizarei suas fantasias, desculpe tenho de ir agora.
O filho da solidão disse adeus á Kamila, e esta saiu chorando, Cesar ficou com dó da mesma, mas nada podia fazer. Dois dias depois ele pediu ao seu tio para levá-lo aos seus avós maternos. Petrônio apresentou Cesar aos avós do mesmo, eles não estavam acreditando, mas Petrônio contou todos os detalhes e o Cesar também contou alguns detalhes para que os seus avós, tivesse a certeza do reencontro, foi uma surpresa grande para os seus avós, a emoção tomou conta deles, e a noticia espalhou por toda a parentela, que foram ver o rapaz. A sua vó não queria perdê-lo nunca mais. Cesar ficou um dia com seus avós, todos os seus parentes maternos se encantaram com o rapaz, diziam que ele tinha a cara da mãe, foi uma emoção tremenda para a família, a sua vó o abraçava chorando o tempo todo agradecendo a Deus pelo o presente. Cesar quis saber mais detalhes de sua mãe, sobre a morte da mesma, porque queria investigar o ocorrido, depois de confraternizar o reencontro com seus avós, Cesar se despediu dos mesmos, pois tinha que voltar à fazenda. Eles não queriam admitir que um herdeiro nobre fosse trabalhar de peão em fazendas. Mas Cesar insistiu em ir. Deu trabalho para convencer a sua vó o deixar ir.
Cesar em um dia pediu contas, e como sempre o patrão implorou para o mesmo não ir, mas este quis ir embora. Cesar ficou dois dias na casa de sua vó, depois quis partir, ele dizia que tinha de recuperar as terras que pertencia o seu avô, Cesar inventou um serie de historia para convencer sua vó a deixá-lo ir, ele disse aos seus, que iria investigar o caso de sua mãe. Depois de conformada com a viagem do neto. Sua vó deu uma boa quantidade de dinheiro. Abençoou o neto e pediu para não desaparecer Cesar despediu de seus parentes, seus primos os quais o despediram emocionados, prometeu a sua vó que voltaria com mais surpresas. Foi grande a tristeza dos parentes de Cesar por motivo da partida deste.
Petrônio levou Cesar até a rodoviária, e seus primos estavam entristecidos, não querendo que Cesar os deixasse, mas o destino estava á espera do mesmo. O filho da solidão estava indo em direção ao Mato Grosso do Sul, sua intenção era ir para Campo Grande. Enquanto o seu comprava a sua passagem para São Jose do Rio Preto, este foi ao banheiro e deparou com uma maleta na pia do banheiro, este abriu a mesma por curiosidade, havia vários papeis, e um envelope que continha varia notas de 50 reais. Cesar pegou o envelope e evacuou do local. Poucos minutos depois o ônibus que ia para São Jose estacionou, e o motorista começou a recolher os recibos das passagens, então ele despediu de seus parentes, Helena o abraçou com olhos molhados, não queria que ele fosse. Mas o destino o instigava. Então o filho da solidão embarcou e seus parentes o observava pela a janela do ônibus. Helena jogou um beijo e o Cesar o recebeu com um sorriso melancólico. Assim partiu o filho da solidão, grande parte de seu dinheiro era posto no cano da bota. Pois Cesar era estratégico. No interior do ônibus havia poucas pessoas. Como não tinha vizinho de poltrona, este aproveitou para contar o dinheiro do envelope, que era a quantia de 2.500 reais. Este ficou muito feliz, apesar de estar ciente que errou ao pegar tal envelope, então este colocou o dinheiro no cano da bota, na carteira e na mochila do peregrino havia muito dinheiro, pois ganhara do seu trabalho, sua vó deu lhe boa grana, e seu tio Petrônio também contribuiu para custear as viagens do mesmo.
O jeito caipira do rapaz fez a fiscalização suspeitar do mesmo, este foi recolhido no posto da PM na rodoviária, onde foi interrogado, e ele contou sua historia ao delegado, que queria saber a origem do dinheiro que havia na mochila, e Cesar deu as explicações, o agente liberou o rapaz, um promotor que justiça que havia presenciado o fato, ofereceu ajuda ao rapaz, pediu ao Cesar que fosse com ele até ao fórum da cidade, que ele iria passar um documento para o mesmo. E Cesar animou-se e foi com ele, então o promotor mandou digitar uma declaração constando que o rapaz não possuía nenhum documento por tratar de ser órfão. Ele pediu ao juiz que era seu cunhado, que assinasse a declaração, então o juiz assinou a declaração e carimbou. E devolveu ao seu cunhado que entregou a mesma ao Cesar, afirmando que ele poderia viajar mais seguro. Cesar ficou feliz e agradeceu a Deus. Por essa ajuda.
O promotor levou Cesar de volta á rodoviária, eles iam conversando, e Cesar queria recompensá-lo pela ajuda.
- O senhor me prestou uma grande ajuda, devo recompensá-lo, pegue esse dinheiro.
- Não que isso, fique com ele sei que você vai precisar, não estou cobrando nada de você, eu ajudo as pessoas sem cobrar delas.
- Mas pegue ao menos para pagar o combustível, por favor, pegue, eu tenho o suficiente para minhas viagens.
- Está bem, não precisava, mas você insiste, que Deus lhe pague, vou te dar um presente, pegue este livrinho ele vai te auxiliar em suas viagens.
- Opa! Gostei muito obrigado.
- Bom moço eu preciso ir, agora, tenha uma boa viagem, e não se esqueça de ler este livro.
- Certo vou ler sim, olha muito, mais muito obrigado pelo o Senhor me fez.
- Agradeça a Deus. Boa viagem rapaz.
Cesar colocou o livrinho de capa azul no bolso e foi compra sua passagem para Campo Grande. No Mato Grosso do Sul. No ônibus este estava sorrindo, feliz porque via que seus dias de gloria estavam se aproximando, estava com mais esperanças, mais animo para enfrentar as barreiras da vida, pois já tinha em mãos uma garantia, assinada por um juiz, a qual dava permissão para o mesmo viajar sem problemas. No trajeto ele lembrou-se do livrinho que ganhara do promotor, no qual estava escrito novo testamento. Cesar leu um texto, o qual deixou muito animado. Quando chegou a Campo Grande. Este se hospedou num hotel próximo da rodoviária.

 


Aventuras no Mato Grosso do Sul

Cesar estava deitado olhando o teto pensativo na vida, estava feliz, pois em tudo era bem sucedido, mas o silencio do quarto foi quebrado porque alguém batera na porta, e este foi atender, ao abrir se deparou com uma bela morena. Esta se apresentou:
- Oi boa tarde eu sou Ana, a camareira, dê-me licenças para trocar as roupas de cama.
- Ah sim, tudo bem, obrigado.
- Poxa rapaz como você tem a minha semelhança?
- Você acha mesmo? Você também é muito bonita.
- Obrigada, se nome qual é mesmo?
- Ah sim, desculpe, eu sou o Cesar.
- É um prazer, seja bem vindo Senhor Cesar (risos)
Após trocar as roupas de cama, Ana se retirou, e o filho da solidão, ficou perplexo com a jovem, e consentiu convidá-la para um passeio, e quando o relógio acusou cinco e meia da tarde, Cesar tragou-se de suas vestes de peão, e quando ele foi passando pela a portaria, encontrou com a Ana que já estava de saída.
- Oi Cesar.
- Oi Ana, que coincidência da gente se encontra aqui.
- Parece que somos programados.
- Estou quase acreditando que sim (risos), sabe Ana eu não conheça a cidade, que você ser minha guia turística (risos)
- Eu acho que não é uma má ideia, sim serei sua guia (risos), eu gosto de passear me divertir, mas faz o seguinte eu vou lá em casa e você me espere aqui, ás sete e meia, eu passo aqui ok.
- Tudo bem eu espero.
- Então está combinado?
- Sim com certeza!
E como combinado assim ocorreu, Ana levou o rapaz ao shopping, onde foram parar em uma famosa lanchonete. E lá eles começaram o bate papo.
- O que a senhorita vai querer saborear?
- Ah qualquer coisa, cavalheiro (risos)
- Então peça qualquer coisa para nós dois (risos)
- Mas que vamos comer não tem nome não? (risos)
- Foi você quem começou, não deu nome ao nosso lanche (risos)
- Está bem, vou duas x salada para nós.
- Como queira madame.
- E o que faz aqui, trabalho ou passeio?
- Estou apenas viajando por ai, o destino me guia para direções incertas, sigo o meu coração.
- Mas você não tem família?
- Sim tenho, mas prefiro ficar viajando, sou apaixonado pelo o sertão, trabalho mais é em fazendas.
- Eu gosto de fazendas, mas é só a passeio, eu trabalho no hotel, e estudo a noite, só os professores então em greve, e hoje estou aqui conhecendo um novo amigo (risos)
- E você mora com seus pais?
- Sim moro com minha mãe adotiva.
- Se você tem família então por que gosta de viver isolado?
- É uma longa historia minha amiga.
Enquanto saboreava o lanche, Cesar contou um pouco de sua historia, e Ana se emocionou com a mesma.
- Que pena Cesar, cada pessoa tem uma historia para escrever e contar, eu mesma, não sei quem são os meus pais verdadeiros, mas tenho esperança de um dia encontrá-los. Minha mãe adotiva não toca no assunto mais um dia eu vou descobrir a verdade.
- Deus vai te ajudar Ana, sua historia é parecida com a minha, eu perdi meus pais quando eu tinha uns três anos, eles morreram num acidente, então criado pelo o meu avô, e quando ele faleceu eu tinha uns oito anos. Tenho muitas saudades de meus avós. Há um mistério nessa historia, mas vou descobrir.
- É meu amigo, as coisas não são tão fáceis de resolver, é preciso muita fé e coragem, para vencer as barreiras.
- É verdade garota (risos)
- Sabe que eu estou gostando de ser sua amiga?
- É pode parar de ler meus pensamentos, porque era eu quem ia falar isso a você (risos)
- Bom, foi divertido o passeio, o lanche estava uma delicia, o bate papo está ótimo, mas acho que eu preciso ir agora Cesar.
- Tudo bem vamos de taxi.
Os amigos saíram do shopping, e Cesar acenou para um taxista, então foram conversando, e depois de se despedir um do outro, o taxista deixou Cesar no hotel. Cesar não conseguiu dormir, e ligou a tevê e não havia nenhum programa que o agradassem então desligou o aparelho e deitou no sofá pensativo a respeito da jovem que parecia com ele.
- Poxa vida, essa moça tem a minha semelhança, filha adotiva? Será que é o que eu estou imaginando?
Depois de conversar consigo, este desceu para a recepção, onde tinha outro hospede lendo revista no sofá, e Cesar assentou no outro, seu aspecto era de preocupações, então o moço que estava lendo revista puxou conversa com o mesmo.
- Ei moço está tudo bem com você?
- Sim tudo bem, só que eu perdi o sono, e vim para cá, estou perplexo por causa das coisas que vem me acontecendo, a vida é sempre cheia de surpresa.
- Pior cara, quanto menos esperamos as surpresas acontecem.
- É verdade, na maioria das vezes agente nem está preparado para enfrentar o imprevisto, ele chega, mas a vida é assim mesmo.
Cesar e ou outro hospede ficaram conversando até o sono os vitimar então foram cada para seus apartamentos. Na manhã seguinte, ás oito horas, Cesar desceu para o restaurante do hotel e encontrou com Ana Vitoria.
- Oi bom dia Cesar como você está?
- Bom dia Ana, eu estou bem, só que quase não dormi, eu estava muito preocupado.
- Com o que, o que houve Cesar?
- Nada demais Ana.
- Não precisa esconder nada, Cesar, se quiser desabafar pode confiar em mim, estou a sua disposição.
- Obrigado pela a gentileza, quando eu senti de contar algo, eu te procuro, mas no momento estou bem.
- Cesar eu amei passear contigo, foi maravilhoso, eu nunca tinha me divertido como ontem, espero repetir o passeio outras vezes.
- iremos sim, quando quiser, estou apto. Vou tomar um café, e vou dar umas voltas.
- Certo, eu também que voltar ao trabalho, depois agente se vê.
O filho da solidão sentiu de arrumar um emprego, pois pagar diárias de hotel não era com ele. Também notou que a Vitoria estava gostando dele. Ele já não era mais aquela pessoa divertida que Ana conheceu. Em um sábado Vitoria quis saber o motivo da mudança do rapaz.
- Cesar eu posso saber o que está acontecendo com você?
- Eu acho que não vale a pena, eu estou bem. Ana.
- Como não vale a pena? Talvez eu possa ajudá-lo, está querendo dar um de fortão, todo ser humano querendo ou não ele precisa de ajuda dos outros, olha Cesar eu não quero se meter em sua vida, mas eu disse que você poderia contar comigo para o que você quisesse.
- Tudo bem, você venceu, você é uma grande amiga, sabe vitória eu preciso ir embora, meu dinheiro está acabando, não quero ficar pagando hotel, o destino me manda ir.
- Ir para onde rapaz? Você quer ir embora por causa de um probleminha, por que não me disse antes que queria emprego e onde morar? O meu tio inaugurou ontem a filial de sua agropecuária, contratou vários funcionários, se você tivesse me falado antes, eu teria segurado uma vaga para você lá. Se você quer ir por falta de emprego e moradia, não se preocupe eu darei um jeito.
- Obrigado por querer me ajudar Vitoria, mas eu preciso partir, o destino me manda ir, sinto que não é aqui meu lugar.
- Esqueça esse tal de destino e caia na real Cesar, se quiser eu arrumo um dos quartos vagos lá de casa para você ficar.
- Isso jamais, não ficarei.
- Poxa deixa de ser durão orgulhoso moço. Do que você está rindo, por acaso estou contando piada?
- Vitoria, eu sou um homem livre, faço o que bem quero da minha vida, por favor, não insista.
- Credo que grosseria, eu não estou pedindo, para você ficar, estou apenas oferecendo ajuda. Você só complica as coisas.
- Olha Vitoria, você foi muito legal gostei de ter te conhecido, mas eu preciso ir agora.
Vitória ficou decepcionada com a atitude de Cesar, e minutos depois Cesar estava arrumando seus pertences para ir embora, quando de repente alguém bate na porta, e Cesar de mau humor foi lhe atender.
- Quem é e o que deseja?
- Sou eu Cesar Ana Vitoria, abra, por favor.
- Mas você virou um saco mesmo, o que deseja?
- Abra que eu te falo.
Cesar abriu a porta para a vitória que sem esperar abraçou-o e o beijou, e este a afastava de si.
- Ei, ei o que é que pensa que está fazendo?
- Ora te beijando de despedida oras. Apaixonei-me por você Cesar.
- Ei pare com isso, ficou louca?
- O deu em você seu egoísta? Eu sou louca sim, por que você me deixou assim, procure vencer seu egoísmo para ser feliz rapaz.
- Por favor, Vitoria eu preciso terminar de arrumar meus pertences, pois preciso ir, vê se me deixe em paz.
Ana Vitoria saiu magoada, sem entender o motivo da grosseria de Cesar, então ela subiu ao terceiro andar para fazer seu trabalho, nesse espaço de tempo, Cesar desceu com seus pertences até a portaria onde pagou suas diárias, e evadiu-se do hotel. Quando Ana chegou ao quarto onde estava o rapaz, ele já não se encontrava, então ela desceu e foi até á portaria e perguntou sobre o hospede Cesar, ela foi informada que ele já tinha ido. Então Ana foi despiu-se de seu uniforme e trajando suas roupas, e disse a sua chefa que precisava sair urgente foi liberada e seguiu no encalço de Cesar. Ela tomou um taxi e foi para a rodoviária procurou o rapaz e não o encontrou. Foi para sua casa, pois estava muito decepcionada.
Acontece que Cesar foi para a casa de um amigo que conhecera no ônibus. Pois queria investigar a vida de Ana, porque ele havia ficado curioso com a história que Ana contou para ele, pois Cesar por causa da semelhança sua com Ana, ele começou a investigar a história que seus avós contara sobre sua mãe. Dois dias depois Cesar foi procurar emprego e conseguiu empregar-se em uma grande fazenda, então Cesar começou trabalhar na mesma, ele contou um pouco de sua historia ao gerente, que propôs ajudá-lo. Pois o dono da fazenda era proprietário de uma clinica especializada em exames laboratoriais. Inclusive de DNA, ao ficar ciente da história de Cesar este médico sentiu de ajudar o rapaz. Então certo fim de semana foi o médico á sua propriedade conhecer o rapaz. Cesar fez saber ao médico que conheceu Ana a qual tinha muito a ver com ele. Então o profissional marcou um dia para Cesar ir á clinica, tirar sangue para fazer o exame, este fez saber ao Cesar que o seu amigo era o médico que atendia os funcionários do hotel. Onde Cesar havia se hospedado.
O Dr. Isaltino foi ter com o seu amigo, para pedir ajuda, pois queria coleta de sangue de Ana Vitoria, mas não tinha como, então, pediu que ele examinasse os funcionários do hotel, e receitasse o exame de sangue á Ana, então o seu amigo o Dr. Paulino Viana. Fez como o Dr. Isaltino havia pedido. O cunhado de Isaltino pediu permissão para que Cesar fosse ajudar seus empregados levar uma boiada, para uma fazenda no pantanal, e Isaltino o permitiu.
No dia marcados para viagem, lá estava o filho da solidão entre os outros peões. Eles foram levados até uma fazenda de sairia com a boiada. Então começaram a jornada, os boias quentes (cozinheiros) seguia a frente com a carroça. Atrás seguia boiadeiros e boiada. No inicio da viagem a emoção começou a pegar carona com os peões, e o filho da solidão estava feliz por amava aventuras com gado, sua emoção maior era estar nos se aventurando nos lendários sertões mato-grossense. Cesar fazia parceria com o Senhor Joaquim um velho veterano em viagens com boiadas, este ia contando historias vividas por ele, e Cesar acha legal ouvi-las. Depois alguns quilômetros de viagem, Cesar olhou para o sol e viu que este já estava cansado de brilhar e se preparava para dormir. Então prosseguiu com os demais tocando a boiada, e chegara onde os boias quentes haviam preparado o curral e as barracas, então a noite chegou de cheio, e a lua começou sua tarefa de brilhar no lugar do sol. Clareava sobre os sertões sul-mato-grossense. Enquanto os filhos da solidão caiam na farra. Claudio o peão sapeca da turma sempre assanhado atentando os demais peões. Este havia escolhido o melhor lugar para armar a sua rede, ninguém tinha vez com ele, era esperto e astuto, porém suas astucias não revelou para ele que debaixo de sua rede havia muitos pés de ortigas, quando este foi deitar a corda arrebentou-se e este se despencou com a pança nos espinhos, foi fatal, este se levantou berrando de dor. Os seus colegas quase não aguentaram de tanto rir do mesmo. Foi uma farra total, ficaram debochando do mesmo, abusando do esperto, que ficou muito furioso com os demais, o seu Joaquim teve de apaziguá-lo.
- Rapaz você não pode apelar não, você não vive atentando os demais, você não é o espertinho, agora aguenta, ou nunca ouviu falar do ditado que diz que um dia é da caça o outro é do caçador?
- Ah seus idiotas pensam que não está doendo não, deixa eu colocar uns espinhos desses na bunda de vocês, para vocês vê.
Claudia ficou bravo dizendo palavrões, enquanto a turma quase não aguentava de tanto rir dele. Daquela noite em diante Claudio teve outro nome, passou a se chamar espina-popa. Todos gostaram do novo nome de Claudio. A agitação daquela noite cessou porque o sono os vitimou. Na manhã seguinte o espina-popa se levantou e foi até ao córrego lavar a rosto carrancudo de mau humor, não falou com ninguém, não quis tomar seu café, ficou emburrado. Os demais tomaram seus lanches, e se preparou para prosseguir a viagem, o espina-popa foi á frente da boiada. Durante três dias de viagens não tiveram problema nenhum com a boiada. Pois esta já estava educada pela a viagem. Em uma noite gostoso de lua cheia Cesar puxou assuntos com o seu Joaquim.
- Que noite bonita não é seu Joaquim?
- É Cesar é uma grande noite, essa lua clara me faz lembra-se de muitas coisas que já passei na vida.
- Por falar em lua clara, o senhor me fez lembrar-se de uma lua que é sempre clara em minha mente.
- Ah malandro eu já decifrei o que você quis dizer, você tem alguém especial na vida?
- Exato seu Joaquim eu a deixei lá no Tocantins, ela é minha lua clara, meu sol da manhã, minha estrela cadente. (risos)
- Hum parece que estou conhecendo um poeta, sabe Cesar eu já tive momentos assim, só que era proibida, e a roubei para mim, e isso já se faz 40 anos.
- Bom a minha paixão não é proibida, mas no momento e não tenho condições de buscá-la, que saudade da minha grande clara.
- Então quer dizer a sua lua é clara mesmo? (risos)
- Exatamente, os olhos dela tem um brilho que fulgura na minha noite escura.
- É Cesar são nestes momentos nostálgicos como estes que os poetas recebem inspirações, eu não sou poeta, mas fiz uns versos para Maria das Graças assim que começamos o namoro, todos os domingos eu arriava o meu cavalo e ia para a cidade namorar escondido,
- Os pais dela nunca flagrou vocês namorando as escondidas?
- Ham por varias vezes, um dia eu tive que sair correndo, deixei o anima e sai correndo a pé senão o pau quebrava (risos)
- Então o senhor era custoso mesmo (risos) e como fez para recuperar o animal?
- Depois o meu padrinho foi buscar, e o pai dela conversou com o meu padrinho, e me deu varias advertências, mas eu me arriscava, até um dia não aguentamos mais viver daquele jeito então fugimos para uma fazenda que era do meu avô paterno. Quando Maria ficou gravida os pais dela autorizou o casamento onde estamos até hoje.
- Comigo foi diferente, quando eu tinha entre 13 a 14 anos, eu morava com uma família de garimpeiros no Pará, e uma índia de 16 anos se apaixonou por mim, e ela me atacava todas as vezes que ficávamos a sós, nós namorávamos escondidos no mato, quando os índios descobriram então toda a aldeia me procurou para me triturar, mas eu fugi a tempo, foi para o Tocantins.
- É Cesar suas aventuras são todas boas quanto as minhas. (risos)
- Então faz o seguinte recita para mim um dos poemas que o senhor fez para a sua amada.
- Vi agora você me apertou bom vou ver se eu me lembro de algumas estrofes, me deixa ver, vamos lá.
Na escuridão da noite serena
Eu vejo o seus olhos brilhando
Como as estrelas oh morena
Você está me iluminando

No clarão da noite de luar
Eu recebo grandes inspirações
Pego a viola e começo a cantar
Lembrando-se de nossas noites de emoções

Quando estou tão sozinho
Eu começo a comtemplar a lua
Me recorde de teus carinhos
Que você me dava completamente nua

Eu me lembro de seus doces sorrisos
Era tão lindo e maravilhoso
Era como as belezas do paraíso
Tornava nossos dias mais gostosos
- É mais ou menos assim um dos poemas, não me lembro do resto.
- O quê que é isso rapaz? Nossa, o senhor é poeta de verdade aposto que o senhor deixou muitas mulheres apaixonadas assim. Um poema desses derrete o coração de qualquer mulher.
- É mais só tive e tenho só uma. As mulheres não dão a mínima para poeta hoje em dia, elas querem é outra coisa mais forte, não há romantismo hoje como antigamente.
- É mais as românticas são mais inteligentes que as radicais. Eu recusei muitas propostas, por causa de clara, ela é muito romântica. Depois eu quero uma copia desse poema, se o senhor puder.

Todos estavam admirados por causa dos assuntos dos dois comparsas, eles ficaram conversando ate que o sono os venceu. E no dia seguinte iniciaram mais um dia de jornada. A comitiva chegou às margens do rio Aquidauana o qual estava sob o efeito das cheias. Então estudaram o local mais adequado para atravessar a boiada, pois a velha ponte de madeira não estava visível. Joaquim como chefe da comitiva pediu os boias-quentes, que esperasse até que a ponte tornasse visível, pois não pode atravessar para não molhar os alimentos e as “traias” de dormir.

Eles tiraram suas roupas e colocaram num saco plástico e o fechou bem para não molhar as mesmas. O peão João Rosa, o mais maluco tomou frente, quando eles já estava quase alcançando a outra margem do rio, algumas reses começaram a voltar, dificultando os trabalhos dos peões, com muito trabalho eles conseguiram atravessar a boiada. Enquanto eles vestiam sua roupas do outro lado, haviam muitas reses da fazenda local, causou complicação se misturando com a boiada. O coração de Cesar ainda pulsava forte por causa do medo das aguas sujas do Aquidauana, mas ele respirava aliviado. O

O sol já caia para dentro do horizonte, e pediu aos peões que vigiasse o gado enquanto ele e o Cesar fosse até a sede pedir ajuda, eles andara cerca de um quilômetros e chegaram numa sede que seria a sede fazenda, estes se apresentaram.
- Boa tarde senhor
- Boa tarde moços, em que posso ser útil?
- É o senhor que é o dono desta fazenda?
- Sim sou eu mesmo.
- Como é o nome do senhor mesmo?
- Podem me chamar de Chico.
- Eu sou Joaquim e esse é o Cesar, É que estamos viajando com boiada, estamos com problemas, pois a nossa boiada se misturou com o gado daqui, precisamos de apoio de autorização, para retirar o nosso gado, pois temos de prosseguir a nosso viagem.
- Para onde estão levando e de quem é a boiada?
- Estamos levando para a fazenda de Lauro Pereira, no pantanal.
- Ah o pereira que comprou uma fazenda no pantanal, eu o conheço, ele é primo de minha esposa, iremos ajudá-los, mas se não importa deixar para manhã, pois não dá mais tempo hoje. Onde estão os outros?
- Os boias-quentes estão do outro lado do rio, a ponte não estava visível, e eu pedi para eles esperar ate minguar as aguas para não molhar os objetos, os demais estão vigiando a boiada.
- Chame-os para cá tem o barracão ali pode dormi lá, se quiserem. O pasto da ponte onde estão o gado, é pequeno e não há perigo de irem para longe, nós não teremos trabalhos para separá-los, fiquem tranquilos. Amanhã darei um jeito.
Então eles voltaram para chamar os demais peões, Joaquim gritou para os boias-quentes, para cobrir e guardar a carroça e vir montado nos animais porque eles iriam dormir na sede da fazenda. Então estes desarreou os animais da carroça a cobriram, despiram suas roupas e fizeram como os demais, foram só de cuecas montados nos animais. Atravessaram o rio, então se vestiram novamente e foram com os demais para a sede. O convite do fazendeiro animou a comitiva, então eles foram para a sede. Soltaram as tropas num piquete indicado por Francisco Nonato (Chico) e este foi mostrar o local onde os peões deveria de dormir. Havia muitos forros de lã para arreios, no galpão então eles não se preocupou com cobertas, a noite não estava fria. Então o seu Chico convidou-o para o jantar, apresentou os visitantes ao pessoal da fazenda. Este fez saber aos seus, que os visitantes estavam trabalhando para o Laurinho, primo dos mesmos.
Durante o jantar houve o momento de especulações e respostas, e após o jantar foram todos para a beira de uma fogueira, então Chico mandou trazer a viola, e espina-popa era fera para tocar, e cantar, então ele começou a cantar um musica romântica, e todos se olhavam emocionados para o cantor ouvindo-o, de veze enquanto Vanusa a filha de Chico ficava flertando o Cesar. Ela era uma bela morena, e estava com uma bota de cano longo, estava muito elegante.
O cancioneiro espina-popa conseguiu conquistar o coração de Jacira a empregada, uma coroa nota dez, ele foram dançar enquanto um dos peões cantava depois o filho da solidão dançou com Vanusa. Já uma da manhã Joaquim chamou a turma para irem dormir.
No dia seguinte os peões foram buscar as tropas, e o fazendeiro os chamou ao curral para tomar café, depois do café os dois boias-quentes foram buscar a carroça. Ao chegar avistara a ponte eles se alegraram, pois não tinham que molhar novamente. Após tirar o leite e soltar o gado leiteiro, Chico e mais dois peões fora ajudar o viajantes a separar o gado, levaram o gado para o curral, onde facilmente os separou. Os boias-quentes já estava na sede com a carroça. Então os viajante tiveram que despedir dos hospitaleiros, para pegar chão, e Joaquim foi agradecer.
- Seu Chico queremos agradecer o senhor pela ajuda e hospitalidade a nós prestada. Obrigado por tudo que Deus o recompensa.
- Fiquem para o almoço moços, para quê partir sem almoçar.
- Nós agradecemos muito, mas nós temos muito chão para pisar hoje.
- Se é assim que você querem tudo bem, olha gostei da presença de você aqui, você animou nossa noite ontem, foi um prazer tê-los conosco.
Enquanto isso espina-popa se despedia de Jacira, e a Vanusa do Cesar.
- Cesar será nós nos veremos novamente? Gostei de sua amizade
- Isso só Deus sabe Vanusa, não sei voltaremos por este caminho. Eu também gostei de sua amizade.
Cesar beijou a mão da moça, deu-lhe uma abraça, e montou em seu animal seguiu a comitiva, Chico havia dado pão de forma, queijo, carne de sol para os viajantes. Estes seguiram em frente todos animados. As mulheres ficaram olhando com os olhos em lagrimas na esperança de revê-los.
Dois dias depois a comitiva chegou à fazenda de Lauro Pereira. O filho da solidão ao receber o pagamento não quis voltar com os peões, que voltariam de gaiolão, estes se despediu dos companheiros. Foi para a cidade de Rio Negro onde se hospedou em um dormitório de um posto de combustível. No dia seguinte este fez questão de ligar para o seu ex-patrão, para pedir desculpa por ter abandonado o trabalho. E saber sobre o resultado dos exames. Ele ligou para a clinica.
- Oi bom dia, aqui é o Júlio Cesar cliente do Dr. Isaltino ele se encontra? Eu gostaria de falar com ele
- Bom dia, você está falando com Miriam, você quer marcar consulta, em que eu posso te ajudar?
- Sou empregado da fazenda dele, eu quero falar com ele.
- Ela não se encontra senhor Cesar, quer deixar recado?
- Sim diga a ele que eu Júlio liguei para ele, e que vou retornar às duas e meia.
- Tudo bem darei o recado
O filho da solidão ficou isolado na cidade por não conhecer ninguém, ele tinha pressa de chegar a Goiás, onde realizaria o seu grande sonho. Quando o relógio acusou duas e meia, o filho da solidão ligou novamente para a clinica.
- Oi boa tarde
- Sim boa tarde com quem falo, por favor?
- Sou o Cesar eu liguei para falar com o Dr. Deixei recado para ele.
- Ah sim vou ver se ele já se encontra.
A recepcionista passou transferiu a ligação para o ramal do gabinete do médico. E fez saber a ele que o Cesar estava na linha. Enquanto este esperava do outro ansioso. Até que alguém atende novamente.
- Oi o Dr. Ainda não se encontra no momento, mas se você quiser falar com ele, pode falar porque ele está te ouvindo (risos)
- Ah é o senhor que está se disfarçando, e ai como vai doutor?(risos)
- Estou bem, e ai como foi à viagem?
- foi bem graças a Deus, deu tudo certo.
- E que dia você vai estar aqui?
- Doutor liguei para saber sobre os exames e para dizer que não vou mais trabalhar para o senhor.
- Porque não, o que aconteceu, o que eu te fiz de mau, por acaso arrumou um emprego que ganha mais do que eu te pagava?
- Não é isso não senhor, é que eu preciso ir a Goiás.
- Isso não é justo, é um abandono de emprego, não me disse nada antes, não me pediu contas, você não poderia me abandonar assim, logo agora que eu estava te ajudando, você faz um papel desse?
- Olha o tempo que eu trabalhei para o senhor fica para pagar os exames, e posso te pagar em dinheiro também.
- Eu não estou pedindo dinheiro não estou cobrando nada, só não gostei de sua atitude em me abandonar assim. Mas tudo bem a vontade é sua faça como queira.
- Peço desculpas por isso, quero saber sobre os exames. Se o senhor quiser eu volto a trabalhar com o senhor, mas eu estava de planos subir a Goiás porque com certeza meu registro de nascimento esta lá. O senhor mesmo sabe que não tenho nenhum documentos.
- Certo, certo, eu iria com você, mas você saiu apesar de tudo eu vou ver o que eu posso fazer por você.
- E quantos aos exames doutor?
- Bem, me parece que eu tenho novidade para você.
- Tem? Agora eu fiquei curioso, quer dizer que nossas investigações deram certo?
- Segundo nossos resultados, as possibilidades de vocês serem parentes são de 100 por centos, vocês tem os mesmos materiais genéticos, agora é só saber o nascimento da mesma.
- Meu Deus, eu não estou acreditando doutor, aos poucos os mistérios vão sendo revelados. Mas agora é só investigar sobre o nascimento da moça para termos certeza de nossa empreitada.
- Vou ver o que eu posso fazer por você nesse outro caso rapaz.
- Eu lhe agradeceria pelo o resto da vida, se o senhor me ajudar nesse caso. Eu lhe pago o que for preciso ser pago.
- Eu não vou cobrar nada de você pode ficar tranquilo, farei o que estiver no alcance.
- Bom doutor, qualquer dia eu ligarei, mas gostaria que tudo ocorresse em segredos, pois caso não tivermos enganados farei uma surpresa para ela.
- Certo manterei segredos, você precisa vir aqui para facilitar as coisas para nós.
- Olha doutor assim que der certo eu voltarei, mas uma vez muito obrigado por tudo, que Deus lhe recompense. Até mais.
Cesar não continha a felicidade que estava sentindo, porque via que tudo estava correndo como planejado, a emoção era grande em saber que Ana poderia ser sua irmã. Quatro dias depois o doutor Paulino Viana mandou sua secretaria ligar para o hotel para avisar a funcionaria Ana ir buscar os resultados na clinica do doutor Isaltino, e este avisou aos atendentes que atendia no setor de resultados que o exame da paciente Ana Vitoria, era para ser levado ao seu gabinete, pois ele queria entregar pessoalmente a ela, e assim sucedeu, ela foi buscar o seu exame, então a recepcionista a levou ao gabinete de consultas do médico, onde ambos se apresentaram.
- Tudo bem Ana?
- Sim tudo, só que estou assustada.
- Assustada, o que houve?
- Fui chamada aqui é porque estou com problemas no sangue?
- Não há problemas nenhum, seu sangue está limpo e sadio, é que um ex-empregado meu, me falou sobre você.
- Quem seria essa pessoa?
- Júlio Cesar.
- Sério o Cesar e onde está ele?
- Ele parece louco não para em nenhum trabalho, eu me disse que estava indo para Goiás.
- poxa vida ele é esquisito mesmo. Saiu sem me dizer um adeus, sem deixar pista.
- Bom, Ana, ele disse que você queria conhecer os seus pais, e como eu trabalho com exames de paternidade ele me pediu para te oferecer ajuda se você se interessar né.
- Que bom eu quero ser ajuda sim, que legal essa oferta (risos)
- Vocês dois tem historia semelhantes, eu ofereci ajudar ao Cesar ele disse que vai retornar para que eu o ajudar em um caso dele.
- É eu acredito que eu e o Cesar temos algo em comum, bom eu preciso ir que dia é vamos nos encontrar doutor?
- Se não for incômodo eu agendar uma visita á sua casa pode ser?
- Acho que não seria uma boa ideia doutor, não quero que minha mãe adotiva fique sabendo.
- Mas ao menos me apresente a ela, não vou revelar o motivo de nossa amizade, eu preciso fazer algumas perguntas a ela.
- Certo, então ela vai adorar conversar com o senhor. Bom até mais obrigada por tudo,
- De nada você merecer mais que uma ajuda.

A nova descoberta

Isaltino que era separado se encantou com a jovem, uma bela morena, comunicativa, muito legal. Dias depois Ana por pedido do médico, ela levou sua mãe adotiva até á clinica, então Ana fez questão de deixar os dois a sós, então médico fazendo perguntas, até que a mãe de Ana revelou que trabalhava de enfermeira num hospital em Cuiabá, e que a criança tinha um mês que havia deixado a UTI neonatal, e estava na pediatria, não tinha mãe, pois a mãe não sobreviveu, havia morrido algumas horas após a cirurgia cesariana. Então ela disse que já estava com depressão, pois não conseguia se engravidar, mas queria um filho, e estava desesperada, e sabendo que a criança não tinha parentes, ela a raptou e mentiu para a família que havia adotado a criança. Uma semana depois das investigações, da polícia aos funcionário do hospital, ela sabia que seria presa porque não voltou mais ao trabalho e ficou sendo a suspeita de raptar a criança, então ela se mudou para Campo Grande onde tinha uma casa. Raptou a criança por que estava desesperada porque não podia engravidar. O fato se deu á dezoito anos atrás. O médico ficou encabulado com a historia, ela tinha problemas na saúde então Isaltino ofereceu ajuda a ela, a qual ficou muito feliz em poder contar com ajuda do medico, pois este estava a fim de conquistar Ana a bela morena, e ele esperava contar com a ajuda do Cesar.
Dias depois Cesar ligou para o medico, e este revelou toda a historia para Cesar, que não conteve a emoção, de seus olhos escorriam lagrimas enquanto falava ao telefone. Isaltino contou que havia se interessado por Ana, e Cesar falou para o mesmo que apoiaria em tudo. Cesar não continha a felicidade de saber que não estava mais só no mundo. Ele via que o sol da felicidade estava brilhando sobre o seu caminho, a cada dia que passava uma novidade vinha à tona.
- Como poder isso? Finalmente vou ter mais uma partícula do sangue de meus pais ao meu lado, como Deus é maravilhoso, eu tenho uma irmã (risos de felicidades)
Cesar ao deitar estava sempre sorridente, a felicidade não deixava o sono arrancar os brilhos de seus olhos, este conversava consigo o tempo todo, ele queria compartilhar a sua felicidade com Clara, mas nem imaginava o havia sucedido a ela, pois Cesar havia perdido o numero do telefone de natalícia, por este motivo ele não conseguia entrar em contato com Clara.
O sono interrompeu a cerimônia emocional do filho da solidão, o qual foi despertar só no dia seguinte. Cesar recomeçou sua trajetória rumo á Goiás, viajando sempre de carona, para economizar dinheiro. O filho da solidão subiu para Costa Rica, onde mais uma vez tentou localizar o numero do telefone de Nata. Porém sem êxito, apesar de muito tempo sem manter contato, Cesar tinha esperança de rever o seu grande amor. O filho da solidão estava hospedado num pousada de um posta á saída da cidade, e após o jantar este foi para o quarto, e na cama com as mãos debaixo da cabeça começou a meditar sobre a morte de seus pais, sobre a falta de consideração do pessoal do hospital, com seus pais. Os olhos do filho da solidão encheram-se de lágrimas.
- Mãe eu sei que a senhora foi tratada de forma desumana, quando estavas naquele hospital, sei que a senhora nem imaginam o que fizeram com seu bebê mãe. Mas quero que saiba que eu estou bem, sou um homem maduro, e por incrível que pareça mãe, a criança que estava no teu ventre mãe, ela foi salva, e hoje ela é uma linda moça, mas ela não sabe mamãe que eu sou seu único irmão verdadeiro, que pena que a senhora não pôde estar aqui agora para ver que as sementes que a senhora e papai plantaram já são arvores floridas. Lembre-se que sempre vou amá-los. Revolta, emoção, felicidade, fatores que fizeram chorar o filho da solidão naquela noite.

De volta á Goiás
O filho da solidão já cansado de viver viajando, como um andarilho sem ninguém, já havia percorrido milhares de quilômetros por este Brasil a fora, se aventurando, o que fez dele um homem experiente na vida. Finalmente Cesar pisou em terras goianas depois de muitos anos longe de sua terra, este estava feliz em poder pisar em sua terra de origem. Cesar havia pegado carona por um curto percurso depois teve descer segui a pé e estava na expectativa de uma nova carona. Um carreteiro que seguia rumo á Chapadão Do Céu ofereceu carona para o mesmo.
- Oi moço tudo bem?
- Tudo sim
- Para onde você está indo?
- Estou andando por ai até dar na cidade de Jatai você conhece?
- Sim já estive lá, entra ai vou para Chapadão do Céu, te levo até lá.
- Opa obrigado.
- Muito bem eu sou Paulo e você?
- Pode me chamar de Cesar.
- Ótimo,
- Eu gosto de viajar de carona para fazer novos amigos.
- Isso é bom mesmo e onde mora sua família?
- Bom pra falar a verdade ainda não tenho família, em São Paulo tenho alguns parente de meus pais, e felizmente acabei descobrindo que eu tenho uma irmã é incrível isso.
- quer dizer que você nem sabia dessa irmã, mas os seus pais não te contou nada?
- Meus pais morreram quando eu era pequeno, fiquei com meus avós, depois eles morreram, eu fiquei só no mundo.
- Poxa que pena, e como soube das novidades?
Cesar contou um pouco de sua historia para o Paulo este ficou encabulado com a história de Cesar.
- Poxa vida rapaz, que barbaridade que fizeram com seus pais? Raptar criança é um crime grave, não tinha ninguém para processar o hospital?
- Bom, dizem que na época a polícia investigou o caso, mas não deram em nada essas investigações, mas já que aconteceu isso, então deixo o passado no museu, o que importa agora é minha irmã.
- Não entendo como você conseguiu o paradeiro de sua irmã.
- Nem eu entendo como, mas, sei por coincidência descobrir minha família, e por ultimo, minha irmã.
Cesar detalhou como encontrou sua irmã, e Paulo ficou impressionado como a sorte era amiga de Cesar. Quando chegou ao destino, Cesar ajudou Paulo descarregar a carga, que agradeceu e desejou boa sorte ao peregrino e retornou para Costa Rica. Cesar ficou em Chapadão do Céu para procurar emprego, pois precisava de mais grana para custear suas viagens. Cesar empregou-se em uma agropecuária, e seu patrão o gaúcho Alexandre Scotter mandou os funcionários ajeitar uma cama para o rapaz no deposito da loja. Cesar estava com as barbas crescidas, e usava a cabeleira solta, e o seu patrão deu dinheiro para ele ir ao salão, e este foi, só não cortou o cabelo, por onde este passava sempre havia reações nas mulheres por causa de sua beleza física. E na agropecuária não foi diferente, mas quem fez questão de cantá-lo foi Priscilla Scotter, mulher do gaúcho. Dias depois, Andréia Brandão, prima de Priscilla captou a fantasia da prima e foi conversar com a mesma, em particular.
- Prima eu sinto que você esta querendo entrar disputar um jogo perigoso.
- O que você está querendo dizer com isso Andreia?
- Você enganar a muitos, mas, a mim você não engana você sabe que até eu cantaria o rapaz.
- Olha, como prima e amiga sua, eu te peço que fique com bico fechado, eu não vou cometer loucuras, mas eu não consigo me controlar, ele me levar às loucuras.
Andreia deu muitos conselhos à prima, mas foram em vão. Em um dia de muito calor Cesar estava refazendo os estoques de ração, despiu sua camisa, e as duas primas o observavam de longe, cobiçando o mesmo. Certo dia em decorrência do aniversario da empresa, Alexandre organizou um grande churrasco, onde contou com a presença de muitos amigos e convidados, e muitas mulheres queriam saber de onde era o estranho sedutor. Cesar pediu para cantar um musica então ele começou a cantar uma musica romântica, todos aplaudiram, e muitos corações femininos pulsavam fortemente. Cinthya, filha do chefe chamou Cesar para dançar, este aceitou e ambos foram dançar, ela uma garota de 16 anos muito linda era o sonhos de muitos peões em Chapadão do Céu. Esta não deixava o rapaz para nada, só ao lado do mesmo, isso causou implicâncias em muitas outras mulheres ali presentes. A mãe da jovem rangiam os dentes de raiva da filha. Mas tinha que manter o disfarce. Cesar havia tomado muitos vinhos e não queria dançar com Cinthya, mas ela era rebelde não o deixava.
- Mas afinal o que você quer comigo garota?
- Quero dançar com você há algum problema Cesar?
- Não, não há problemas, mas alguma coisa me diz que você não só dançar.
- Você quer saber eu estou mesma apaixonada por você e não gosto que você fica olhando para as outras entendeu?
- Olha coloque sua cabeça no lugar certo, essa historia de se apaixonar por mim não rola, não dá certo, eu não estou a fim disso.
- Mas você é egoísta mesmo viu? Só complica as coisas.
- Cinthya procure um garoto por ai, têm muitos que estão a fim, se puder fazer isso eu lhe agradeceria.
- Credo Cesar mais que egoísmo é essa? Não vale a pena ser bonitão quando só faz o papel de idiota.
Cesar saiu nervoso, evacuou se do salão, e Cinthya o seguiu, Priscilla pediu que Andréia fosse disfarçada espionar os dois, mas depois ela foi também. Cesar e Cinthya batiam boca no estacionamento e a mãe da garota chegou e quis saber o motivo da contenda.
- Mas o que está havendo aqui, que comportamento feio é esse de vocês dois?
- Não está havendo nada mãe, não é da sua conta o problema é nosso.
- Como não é da minha conta sua atrevida, você é da minha conta, agora quer fazer o favor de voltar para junto de suas amigas agora?
Cinthya saiu chorando, enquanto sua mãe foi tirar satisfação com o rapaz.
- Posso saber o que foi que aconteceu entre você e a Cinthya Cesar?
- Olha não aconteceu nada de grave, eu não disse nada que ofenderia ela só que eu disse a ela que não queria nada com ela, mas não aceitou minha decisão.
- Bom se realmente você estiver dizendo a verdade, você foi correto em agir assim, eu não quero que minha filha se envolva com qualquer um.
- Por acaso você me conhece para dizer que eu sou qualquer um? Eu não sou da sua raça, eu fosse eu teria aproveitado de sua filha.
Antes mesmo de a madame responder as defesas pesadas de Cesar. Este se evadiu do local, foi para o salão onde ficou alguns minutos depois foi para o seu aposento. Priscilla aproveitou que todos estavam se divertindo no salão, foi até ao aposento do rapaz tentar realizar suas fantasias. E este já estava se preparando para dormir, e ouviu alguém bater a porta, e foi ver quem seria. Ao abrir lá estava a Priscilla com a blusa entre aberta expondo parte dos seios.
- Você de novo, o que você quer dessa? Por que não está na festa?
- Virou reporte agora foi?
- Desculpe-me, mas você tiver algo a me falar fale logo, pois eu quero dormir.
- Você vai ter de ir embora, você é uma tentação, quero que fique comigo.
- Olha eu não posso fazer nada, e não gosto que ninguém fique pegando no meu pé, acho melhor você se acordar e me esquecer.
Priscila estava alterada pelo o vinho e louca de desejo sem esperar empurrou o rapaz sobre a cama e começou a beijá-lo contra a vontade do mesmo.
- Seu selvagem sedutor miserável você me deixa louca agora você me paga.
- Pelo o amo de Deus Priscilla pare com isso, não me envolva em encrencas eu já tenho problemas demais
- O que eu tenho haver com isso, não seja covarde me beija.
Cesar viu que a mulher insistia, escapou dela e evadiu-se do local deixando-a em situação difícil. Prometendo vinganças. Cesar escondeu-se nos fundos do deposito pois estava só bermudão, ficou observando a fera voltar para o salão, então mais que depressa retornou ao seu aposento e trancou a porta. Este ficou preocupado a situação difícil que estava enfrentando, ele não queria trair sua amada mais. Ele passou ser mais prudente porque sentia o cheiro da desventura no ar.
Certa tarde de domingo, Cesar foi para a praça da cidade, e assentou em um banco. De frente a uma sorveteria. Então Cinthya e suas amigas o encontrou.
- Oi Cesar o que você sozinho aqui?
- Ah estou aqui curtindo a solidão aqui.
- Cesar eu quero te pedir desculpa pelo o meu comportamento aquela noite, é que eu fiquei nervosa e me descontrolei.
- tudo bem, eu também estava alterado, eu que te peço perdão
- Cesar estas são minhas amigas quero apresentá-las.
Ambos se apresentaram então entrarão na conversar, depois deixaram só os dois conversando, e André o ex-namorado de Cinthya estava num carro espionando os dois e Cesar a beijou.
- Cesar porque você me beijou?
- Não sei certamente é porque você queria que te beijasse
- Mas como você descobriu? (risos)
- li em teus olhos, eles me contaram o seu desejo.
- Nossa que romântico, então quer dizer que seremos namorados?
- Não Cinthya, seremos apenas amigos.
- então porque me beijou? E foi beijo de esperança viu, agora você não pode fugir. É impossível eu querer apenas sua amizade.
André ligou para a Priscilla que sem demorar foi buscar a filha. Ela desceu do carro, furiosa, deu uma bronca nos dois, pegou o braço da jovem e levou-a para o carro. E elas foram batendo boca dentro do carro. Priscilla não deixou de perseguir o Cesar, na ocasião da colheita da soja, enquanto o seu marido estava na colheita, ela chamou Cesar para ir até a fazenda onde estaria realizando a colheita. Mas a empresaria mudou o trajeto indo para outra parte e Cesar desconfiou pois não estava indo para a fazenda.
- Ei para onde estamos senhora?
- Para o paraíso meu bem, e vê se pare de me chamar de senhora.
- Faça o favor de parar o carro porque eu vou descer agora mesmo, se você quiser comete loucuras procure outro para realizar suas fantasias eu estou fora.
- Quer fazer o favor de se relaxar seu medroso. Fique de boa.
- Medroso não mas prudente, eu não gosto desse tipo de coisa jamais trairia o meu patrão.
- Relaxe seu bobo não é você quem vai trair ele sou vou trair.
A empresária colocou as mãos do rapaz em seus seios, e este silenciou, então ela se deslocou para um motor in, onde o rapaz não aguentou a tentação e saciou a empresaria, e esta chamou Cesar para fugir para o Rio de Janeiro. Dizendo que estava apaixonada por ele, e que descobriu que ele era o homem da vida dela. Cesar descartou a ideia, ela insistiu para ambos fugirem. Ele porém não deu ouvido às loucuras dela. Então ela deixou o rapaz no mesmo local e foi embora para não ser flagrada, e o mesmo seguiu a pé. Caiu um ódio tão profundo no rapaz por caído nas armadilhar da empresária. Depois dias depois ele teve que sair da cidade por causa de boatos que surgiram na cidade, que a empresária teria um caso com um empregado. Ela deu um pacote de dinheiro para o Cesar, sua intenção era ir com Cesar. Estava pirada pela a fantasia, iria deixar tudo para viver com o Cesar, este porém descartou a ideia. Cesar saiu à noite, pegou sua mala de desapareceu da cidade.
Alexandre scotter colocou sua mulher sobre a parede, castigou a mulher nem mesmo a surra que ele deu nela conseguiu tirar Cesar de sua mente.
Cesar ficou ciente que envolver-se com pessoas comprometidas era maior furada que um tolo podia cometer na vida. E magoado demais com o fato e consigo mesmo, ele partiu em direção ao centro do estado. O filho da solidão já ciente que os seus sonhos estavam todos se concretizando e que o destino já havia selado o seu futuro, escolheu outro nome para si, chamando-o de Nivaldo, isso para que as suas empreitadas ocorressem com sucessos.
De volta ao lar e a nova descoberta
Nivaldo pegou carona até Jatai onde se hospedou em um dormitório o centro da cidade. Em Jatai Cesar estava sentindo uma paz tão profunda, apesar das perseguições femininas que o deixava em situações constrangedoras, ele estava sempre animados, pois estava prestes a ser um cidadão comum, que os seus dias de glorias estava chegando, e que deixaria de um andarilho para ser um grande pecuarista. Depois de alguns dias na cidade abelha, Cesar seguiu para a região do rio doce, onde em uma fazenda passou a trabalhar como vaqueiro. Hidelbrando ainda vivia, e havia arrendado a fazenda da família oliveira para o seu cunhado Juscelino, que plantou soja em boa parte da fazenda. E o restante era para criar gado. Porém não tinha escritura, pois esta se encontrava guardada na Caixa em Goiânia. E não pagavam impostos da mesma. Juscelino era um elemento racista e ambicioso, não gostava de negros. Nivaldo foi aceito porque não totalmente negro mas moreno pardo. E seu patrão só passava tarefas difíceis para ele. Cesar e o caseiro trabalham como escravos na fazenda. Em um determinado domingo Cesar quis conhecer o vizinho, ele nem imaginava que este vizinho seria justamente João Carlos que havia voltado para a sua fazenda de vencer o arrendamento da mesma. Depois de treze anos o filho da solidão estava revendo o amigo de seu avô que ainda vivia. Era aniversario de João Carlos e a família toda estava no churrasco de aniversario. Então quando de repente avistam um cavaleiro aproximando-se da porteira. E João e seu filho foi atender a estranha visita. Então Nivaldo se apresentou.
- Boa tarde senhor
- Boa tarde moço vamos chegar.
- Eu sou Nivaldo o novo empregado de Juscelino e vim conhecer os vizinhos mas notei que estão em festa, acho melhor retornar outro dia.
- Não se preocupe rapaz, que isso vem e fique a vontade
- Obrigado, como é nome do senhor mesmo?
- Eu sou o João Carlos e este é meu filho Márcio
- É um prazer imenso poder conhecer vocês, eu fico só, o tempo com o outro companheiro, então eu resolvi visitar os vizinhos.
- Tudo bem seja bem vindo, vamos para casa.
O filho da solidão estava com um bota cano longo, chapéu panamá branco, e cabelos cobriam os ombros. Suas barba elegantes estava de cobiçar. Este foi apresentado ao pessoal presentes na fazenda, que deram boas vindas ao mesmo. Alguns instantes depois João chamou o rapaz para conversar na casinha do monjolo, onde Cesar quis saber mais detalhes sobre o seu patrão.
- Seu eu sei que o senhor não e nem eu sou de estar fofocando, mas gostaria de saber mais a respeito do meu patrão, você se dão bem?
- Bom eu não sei aonde você quer ir, particularmente eu não tenho nada contra ele mas também procuro não aproximar do mesmo.
- Ele é um patrão muito mau, trata agente como se fossemos escravos, por isso eu vim saber se o senhor tem serviços aqui pois eu estou procurando outro serviços não quero mais trabalhar para Juscelino, sou vaqueiro e faço qualquer outro serviço que for.
- Então é isso, olha eu até poderia te ajudar mais não tenho serviços no momento, porque meus meninos estão cuidando da fazenda para mim, mas de qualquer forma eu vou saber do meu genro, ele vai precisar de empregados, se você quiser eu falarei com ele.
- O que eu quero é sair daquela fazenda.
- Tudo bem eu entendo, escuta e a sua família?
- Bom, praticamente eu sou um órfão.
- Coitado! Mas você não nem ideia de quem são os seus pais?
- Eu sou filho de Eugênio mas fui criado pelo o meu avô Afonso, mas depois que o meu avô morreu um fazendeiro ficou tomando conta da fazenda depois ele me mandou para o Pará, eu estou me lembrando de alguma por isso eu vim conversar com o senhor para ver se ponha fim em minhas duvidas.
- Meu Deus não pode ser?
- O que foi seu João sabe de alguma coisa?
- Mas como se chamava o seu avô mesmo rapaz?
- Afonso de Oliveira.
- Agora você me deixou confuso, o neto de Afonso é o Júlio Cesar e você diz que se chama Nivaldo.
- Eu sou o Júlio Cesar estou me disfarçando e não quero que ninguém me reconheça como Júlio Cesar.
- Minha nossa, eu não estou acreditando, poxa mas como você está diferente, é um homão e tanto, poxa por onde você andava menino?
- Estive conhecendo o mundo por ai
- Ah quanto tempo rapaz me dê um abraço para matar a saudade.
Cesar o abraçou surpreso com a novidade, o seu coração estava a tempo de explodir de emoção. E João continuou.
- Você se lembra de mim, o João eu você e seu avô íamos pescar na represa, você gostava de está pescando lembra?
- Sim eu lembro, era bom demais, quando eu cheguei aqui e o senhor falou o seu nome eu fiquei confuso tentando lembra o senhor de algum lugar
- Pois é Cesar que maravilha eu poder te ver depois de tantos anos, vamos para dentro quero contar a novidade a minha família.
- Seu João eu acho que não é uma boa ideia, deixe para quando tiver só os daqui, pois quero segredos.
- Você está certo filho, vamos manter, quero que saiba que a terra onde você trabalha é do seu avô, é sua, já que você veio vamos entrar na justiça para que você tenha suas terras de volta.
- Sim vamos fazer isso mas em secreto, bom seu João agora preciso ir, domingo que vem eu volto porque eu preciso saber mais alguns detalhes.
- Não vá agora não moço está cedo ainda.
- Preciso ir pois não quero roubar o seu tempo com os seus convidados olha foi uma grande alegria para mim essa surpresa.
Cesar se despediu do pessoal e voltou para a fazenda, feliz demais por que Deus estava lhe ajudando em tudo. Daquele dia em diante Cesar vivia só sorrindo de felicidade. No domingo seguinte lá estava o rapaz para ouvir mais novidades. Estando só o seu João sua esposa e seus três filhos, ele explicou aos mesmos, o motivo de não ter revelado para eles, quem era o rapaz visitante no domingo passado, então sua esposa o reconheceu e ficou surpresa, não estava acreditando na novidade, ela abraçava o rapaz com lágrimas nos, não conteve a alegria de rever o neto de Afonso, então João continuou contar as lembranças dos parentes de Cesar.
- Cesar quando eu mudei para minha outra fazenda, o Hidelbrando estava cuidando da fazenda do seu avô, então quando eu soube que seu avô havia falecido, fui até a fazenda para resolver a sua situação, porém eles me disseram que os parentes de seu avô tinham levado você com eles, e tinham vendido a fazenda para ele, e eu não acreditei, mas ele me mostrou um suposto documentos de compra da fazenda, então retornei.
- Que covarde usurpador ladrão mentiroso é ele, ele me mandou para o Pará aquele miserável vai pagar pelo o que fez.
- Pois é Cesar, eles mentiram mesmo, mas eu tenho mais um novidade para você Cesar.
- Mais surpresa? Será que estou sonhando,(risos de entusiasmos) estou curioso qual é a novidade?
- Como eu sempre fui amigo de confiança de seu avô, até nós éramos sócios organizadores de leiloes, bom, ele deixou comigo uns documentos que pertence a você, pois estava muito enfermo na época, e sentia seus dias se aproximar, então ele deixou comigo uns documentos que te pertence, só eu mudei antes da morte dele, mas eu tinha a responsabilidade de te devolvê-los. Quando me deram a noticia da morte do mesmo, já se fazia um ano, mesmo assim eu vim para resolver a sua situação então me falaram aquilo que já te contei, mentiram a seu respeito, então voltei passado alguns anos eu vendi lá e voltei novamente para cá.
- Antes de eu ver esses documentos, quero saber mais sobre os meus pais, se o senhor tem mais lembranças pode-me passá-las?
- Bom meu jovem eu quase não gosto de lembrar-se de tragédias, mas só sei que os seus pais eram muitos felizes. Tinham muitos sonhos, eles queriam uma fazendo próxima do pantanal, então eles partiram para ver a fazenda, ao retornar chovia muito e o asfalto estava escorregadio, e infelizmente o motorista perdeu controle da direção e culminou na tragédia. Seus avós insistiram para a sua mãe não ir, pois estava próximo de ser mãe, mas não quis escutar e foi assim mesmo, foi e não voltou viva, não se sabe até o que houve com a criança que estava em seu ventre, certamente foi retirado antes dela morrer, é um mistério que ninguém sabe o que aconteceu.
Cesar contou a novidade para a família, que no momento não estava acreditando, mas Cesar afirmava que realmente havia encontrado a criança que estava no ventre de sua mãe, e que era uma menina a qual já estava na faixa de seus dezoito anos ele explicou como a encontrou, ao ouvir Cesar explicar como tudo aconteceu, a emoção tomou conta deles, que agradeciam a Deus Pelo o milagre. Joao queria saber mais.
- Que maravilha Cesar, como Deus é bom, mas Cesar quando vocês contaram para ela qual foi a reação dela?
- Nenhuma porque ainda não revelamos para ela, e ela nem sequer soube que o exame de sangue que o médico do hotel solicitou era justamente para as investigações, no momento certo vamos revelar para ela todos os mistérios.
- Rapaz mais que coisa incrível, então a semente de Afonso ainda está germinando, graças a Deus por isso, e ele está fazendo justiça, dentro de breve você terá suas terras de volta.
- É seu João esse momento já chegou.
- Cesar me fale com mais detalhes como você a pessoa certa para fazer os exames?
- Bom minha irmã me contou que era filha adotiva de uma senhora, mas seu sonho era conhecer seus pais verdadeiros, e por causa de nossa semelhança, alguma coisa me disse para fazer os exames de DNA, e eu juntamente com o meu ex-patrão, fizemos tudo em secreto e deu certo. Eu não estava acreditando que Deus havia colocado as coisas certas nos lugares certos. Mas eu liguei para o doutor Isaltino, e este me contou a novidade, eu fiquei atônito, não acreditei de tanta felicidade, então desses dias para cá, só coisas boas vem ocorrendo na minha vida.
Cesar ficou conversando até sol se por, então pediram para ele esperar o jantar, e este aceitou, logo depois da janta ele retornou para a fazenda, ele em seu cavalo, atravessando o sertão em breu, ate chega. À sede da fazenda. Em sua cama, o filho da solidão, conversava consigo, refletindo sobre as novidades que a cada dia iam surgindo em sua vida, sua maior investida era a de envergonhar os usurpadores de suas terras. Por ocasião do sucesso da filha de Juscelino ter sido aprovada no vestibular para medicina, este promoveu um churrasco na fazenda, e no dia do churrasco a fazenda estava movimentada de parente e amigos de Vivian filha de Juscelino. O filho da solidão juntamente com os demais empregados estavam preparando as carnes para assar, e os rapazes burgueses começaram provocá-lo, porque este sem camisa por causa do calor da churrasqueira, e as mulheres estava cobiçando o mesmo, então causou uma onda de ciúmes nesses burgueses.
Nivaldo permanecia calado, pois não queria confusão com eles, Vivian foi conversar com ele, mas Juscelino repreendeu a filha, pois queria ver a filha longe do rapaz.
- Vivian você esta me passando vergonha por estar conversando com esse preto, procure conversar com os seus convidados, gente do seu nível filha.
- credo pai para que todo esse preconceito, o Nivaldo é um ser humano também, ele é até legal e muito humilde.
- Olha filha eu não quero saber o que ele é o que deixou de ser, só quero que você mantenha distancia do mesmo.
Vivian calou-se e foi conversar com suas amigas, algumas preconceituosas o desprezavam. Nivaldo assava carne quando chegou Robson para tirar satisfação do mesmo.
- Como é o seu nome peãozinho?
Cesar não respondeu, mas continuou calado. E o outro insistiu.
- Ei carinha você é surdo, estou falando com você seu otário.
- Mas como você é fraco mesmo não é seu branquelo, como se atreva a me xingar, por acaso eu te conheço?
- Olha só (risos irônicos) até que em fim você abriu o bico, olha eu só quero te avisar para você ficar longe da Vivian eu fui claro?
- Olha aqui seu fraco você tem cara de chifrudo desesperado, saibas que eu não tenho nada haver com essa Vivian, vê se dane cara, me erra, vai procurar um pau para você subir, e me deixa em paz.
Robson sentiu-se muito humilhado, partiu para a agressão física, deu um soco no rosto de Nivaldo que respondeu com um soco no estomago do mesmo, então vieram os amigos de Robson para acertar Nivaldo, porem eles foram interrompidos por Juscelino que chegou desfazendo a confusão.
- Mas o que é que está havendo aqui hein seu Nivaldo? Mas que pouca vergonha é essa?
- É o seguinte esse cara veio me tirar satisfação com ciúmes de sua filha, eu o cortei pela a raiz e ele se apelou e partiu para agressão e eu me defendi.
- Olha é melhor você não se meter em encrencas mais, porque eu não vou tolerar palhaçadas aqui. Acho que fui bem claro.
- Se o cara ficar na dele, não haverá confusão aqui, mas se alguém vir com gracinhas pro meu lado vai se ferrar.
Juscelino saiu nervoso por causa das palavras de Nivaldo, queria dar um sermão no rapaz por causa dos convidados. Robson ameaçou acertá-lo qualquer dia, mas o filha da solidão não tinha medo de ameaças, e Vivian repreendeu Robson por causa do escândalo.
- Mas que comportamento bonito, que belo papel você fez aqui Robson?
- É o seguinte Vivian o otário veio me ofendendo, então eu acertei o mesmo.
- Ele não te ofenderia se você não tivesse o insultado.
- Ai, ai vai ficar defendendo aquele negro agora vai?
- Vou sim, e fique sabendo que eu não quero mais nada com você, se você pensa que eu vou te dar mais uma chance pode tirar o cavalo da chuva.
Robson ficou decepcionado com sua namorada, e entrou no seu carro e voltou à cidade. O pai da mesma não gostou da atitude da filha, mas ela tinha razão, pois o marmanjo era traíra. A noite chegou de cheio e a festa começou a quebrar o silencio daquela Nolte, pois a farra havia entrado em cena. Nivaldo trajou-se de suas roupas típicas que ganhara do gaúcho Alexandre Scotter. E estava muito elegante causando admiração nos convidados. Este estava sem o chapéu e seus cabelos soltos, estava de causar nervosismos nas mulheres. Vivian chamou o rapaz para conversar, então eles afastara, do pessoal e ficaram olhando a lua, e Nivaldo se lembrava de seu amor, ao comtemplar a lua. A química estava fazendo Vivian se rebelar contra a vontade do pai, então ela o chamou até estabulo, mas o filho da solidão já estava mais prudente, então voltou para junto dos festeiros, Helen viu Nivaldo e o chamou para dançar com ela, Vivian ao ver sua amiga grudado no rapaz, encheu-se de ódio e foi para o interior da casa.
Sua mãe vendo a tristeza da filha e foi conversar com ela. Esta dizia para sua mãe que estava gostando de Nivaldo este, porém não lhe dava moral, sua mãe era preconceituosa e a repreendia, afirmando que o Nivaldo não a merecia que a filha tinha de namorar um homem de sua classe social. Então Nivaldo sentiu que o clima não lhe era favorável, ele se retirou da festa e foi para o galpão onde dormia. Onde passou a meditar porque que sempre as mulheres o punham em encrencas? Ele queria era reencontrar o seu grande amor para sair dos pesadelos que o cercavam. Após vencer uma grossa nuvem no céu, a lua finalmente pôde realizar o seu desejo de continuar clareando a terra com seus brilhos prateados, a janela estava entre aberta, e esses mesmo brilhos quis visitar a face tristonha do filho da solidão, que admirava aquela bola prateado no espaço sideral, trazendo lembranças dos sorrisos de Clara, o grande amor de Nivaldo, que conversava com a lua.
- Incrível! Como você me faz lembra-se de Clara? Poxa será que ela já me esqueceu? Será que já se casou? Será que você vai me perdoar por meu silencio? Mas eu te fiz uma promessa e já estou indo cumprir, se você ainda estiver me esperando cumprirei minha promessa.
O filho da solidão ficou conversando com a lua até o sono o vitimar. No dia seguinte após terminar a sua tarefa no curral, o filho da solidão foi ao pasto colocar sol nos cochos, e retornar seu patrão teve uma conversa com ele a respeito de Vivian, mas este deixou claro que não tinha nada haver com a moça e que tinha alguém na vida. O chefe se deu por satisfeito. Na parte da tarde os universitários foram apreciar um pouco a natureza, estes nem imaginavam que houvera uma briga de touros na redondeza onde os bois destruíram as cercas. Nivaldo soube que o jagunço havia passado para o pasto onde estavam o grupo de amigos, o jagunço era tão manso que corria atrás de cavaleiros, era um touro indomável, então Cesar foi com o seu cavalo ao pasto da represa onde o grupo iriam banhar-se. Mas eles encontraram um pé de pequi carregado e começou a apanhar os pequis maduros no chão e no pequizeiro. O jagunço sentiu a presença indesejada de pessoas em seu território, e foi bufando em direção ao grupo, então todos correram para subir em arvores, e o irmão de Vivian estava mais afastado do grupo, e o touro tomou direção ao garoto, e o atacou.
Ninguém tinha coragem de fazer nada deixando o garoto gritando por socorro, e o restante nos galhos das arvores só gritando por santos e etc. então Nivaldo escutou os gritos do garoto chegou ás galopadas com seu cavalo meteu a argola do chicote na cabeça do touro que furioso partiu para cima do cavaleiro, o qual fez questão de afastar para longe do garoto. Então jagunço meteu a uma cabeçada no trazeiro do cavalo de Nivaldo caiu, e o touro investiu pra cima do mesmo. Então Nivaldo segurou nos chifres do boi, este ia arrastando Nivaldo que gritava para alguém ir socorrer o menino, então um dos rapaz desceu da arvore foi pegar o menino tomou o garoto nos braços e saiu correndo chamando a turma para descer e correr para o outro lado da cerca. Então desceram todos e saíram correndo alcançando a cerca e foram pedir ajuda pro Nivaldo. A turma chegou à sede num desespero e Vivian chorava por causa do irmão, contaram o episodio ocorrido, então a mãe do menino mais que depressa foi para a cidade levar o menino que sentia dores na clavícula. Juscelino pediu que arriasse alguns cavalos, para ele e alguns fazendeiros convidados que queriam ir ajudar o filho da solidão, e o colega de trabalho de Nivaldo foi mais apressado.
Nivaldo conseguiu torcer a venta do touro, que felizmente meteu a pata num buraco de tatu e desequilibrou, e caiu quebrando a pata, então Nivaldo se levantou rapidamente conseguiu subir numa arvore. E o touro mesmo mancando ficou furioso debaixo da arvore para pegar o valente Nivaldo. Então Tornado o boi caracu das vacas leiteira era considerado o rei da fazenda, pois só respeitava os vaqueiros, havia escutado o bufado e se aproximou então jagunço deixou Nivaldo na arvore e foi ao encontro de Tornado, que com seus chifres afiados, deu uma lição de moral em jagunço que saiu correndo mata adentro. Então Nivaldo agradeceu a Deus e ao Tornado. E desceu da arvore não viu seu cavalo, como estava meio machucado, seguiu direção à sede. Alguns minutos depois lá vinha o grupo de cavaleiros, que foram avisados. E começaram especulações, mas Nivaldo mostrou que estava bem. Só não sabia que rumo o seu cavalo havia tomado, depois de um chifrada no trazeiro ele não quis mais graças. E seu colega foi procurar o animal.
Nivaldo chegou à sede, e Vivian foi logo o entrevistando.
- Você está bem Nivaldo? Você parece estar muito machucado
- Não se preocupe estou bem, foi só uns arranhões.
- Vejo que você não está nada bem, precisa ir ao médico.
- Já disse que eu estou bem não precisa de se preocupar, e como está o seu irmão?
- Minha mãe e tia já o levou á cidade, deve já estar no hospital, olha eu quero te agradecer por ter arriscado sua vida para salvar o meu irmão, eu não sei nem como te agradecer.
- Tudo bem, alguém tinha de fazer alguma coisa, por sorte que cheguei a tempo.
- Deus ajudou que você chegou na hora certa, Nivaldo peço perdão pela minha família ser grossa com você, eu sempre soube que você não é tão ruim com minha família pensa. Por isso queira desculpar minha família.
- Esquece isso Vivian.
Vivian ainda falava com o filho da solidão, quando o seu pai a chamou, pois tinha de ir para a cidade, então tiveram que retornar a cidade, pois tinha de ver como estava o garoto. Juscelino mandou que os peões fosse consertar as cercas quebrada, mas ao retornar a cidade, os mesmos não quiseram trabalhar naquele domingo, faria o serviço na manhã seguinte, e todos que eram implicados com Nivaldo passou a considerá-lo, por causa do ato de braveza. Iam, no carro comentando sobre o episódio no qual o filho da solidão eram o principal personagem. No fim da tarde o caseiro viu que o valente não estava nada bem, estava sentindo dores, então foi ao campo e pegou algumas raízes medicinais e pediu que a sua esposa preparasse um remédio das raízes para o rapaz tomar, Nivaldo tomou a raizada contra infecções, e na tarde do outro dia já se sentia melhor, e usava as pomada de uso veterinário para cicatrizar os arranhados do corpo.

Antônio diariamente reclamava das barbaridade do patrão, dizia ao Nivaldo que estava prestes a pedir contar e ir embora. Nivaldo estava com pena da família que não tinha para onde ir, mas também não podia mais trabalhar naquele lugar desumano, o filho da solidão estava presenciando trabalho escravo em sua própria fazenda. O ingrato Juscelino deu uma repreensão severa nos seus empregados por em menos de uma semana havia morrido duas rezes na atoleiro, chamaram os empregados de incompetentes, negligentes e prometeu descontar nos seus salários os prejuízos sofridos. Juscelino contou ao seu cunhado Hidelbrando, que estava só tomando prejuízo na fazenda, então este sugeriu que os peões fossem despedidos, e Juscelino fez como seu cunhado havia sugerido. Então determinado dia chamou seus empregados e avisou que despedi-los.
- Seu Antônio eu não vou mais precisar de seus serviços aqui, poxa eu estou só ganhando prejuízo desde o dia em eu te contratei, não posso ter mais prejuízos, portanto estas despedido.
- E o senhor pensa que por acaso sou o culpado pelo os seus prejuízos?
- Posso dizer que sim.
- Olha seu Juscelino se o senhor pensa que eu sou culpado pela as suas percas, está totalmente enganado, sempre trabalho honestamente nunca dei prejuízos a ninguém, agora se o senhor tem os seus problemas não precisa descontá-los em minhas costas, porque eu não tenho nada haver com suas percas, se o senhor quer ser respeitado então respeite os outros.
- Ora, ora, (risos irônicos) quem é o senhor para me dar sermão rapaz? Olha eu vou te pagar e o senhor some de minha fazenda, não quero mais o senhor aqui.
- Ótimo, ótimo será um prazer deixar essa maldita fazenda, após eu receber meus direitos eu sairei.
- Que direitos? Pelo o que eu saiba o senhor não tem nenhum direito a ser o de deixar este lugar dou prazo de uma semana, para o senhor sair.
- Só quero ver se eu não tenho direito, vou recebê-los na justiça.
- Esquece esse negocio de justiça, nem dinheiro tem para pagar advogado, e ainda fala em justiça, porque o senhor não sai de boa com o que eu vou te pagar, será melhor para nós dois.
- Bom então veremos se eu não tenho direito ou não.
Antônio pegou um cheque no valor de dois mil reais, ficou em silencio não bateu mais boca com o ingrato, porque sua esposa pediu para ele deixar para a justiça divina agir, e Nivaldo foi falar com o ingrato, mas este estava muito nervoso.
- e você também seu Nivaldo trata de desocupar a minha fazenda, que eu não vou mais precisar de você aqui, você já me deu muitos trabalhos, além de ser preta e pobre quer dar uma de bonitão tentando seduzir minha filha.
- Nossa (risos de desprezos) eu não sabia que o senhor gostava tanto de piadas, eu posso ser preto e pobre, mas a sua filha veio arrastando aos meus pés pensando que eu daria moral para ela.
Ao ouvir tais palavras o chefe mudou de cor e quis partir para agressão física, porém o seu filho o impediu. Apaziguando-o.
- Seu peãozinho vagabundo trate de respeitar a minha filha, você não é ninguém para falar nada dela, eu vou te pagar o eu te devo e você desaparece de minha fazenda.
Fazendeiro e filho entraram no carro e voltaram para a cidade, mais tarde depois Nivaldo foi até a casa do seu João, pedir auxilio pois ele e Antônio foram dispensados e não tinham para onde irem. Joao providenciou uma casa de retiros na fazenda para o seu Antônio, e fez questão de arrumar um quarto para Nivaldo em sua casa na sede. O filho da solidão retornou já tarde da noite para a fazenda e no dia seguinte contou ao Antônio as novidade conseguidas, e este respirava aliviado, pois estava preocupado não tendo para onde ir. No dia seguinte após os serviços matutino, Antônio foi ate a fazenda de João para conversar melhor.
- Bom dia seu João como vai?
- Bom eu vou bem, vamos chegar.
- Seu João eu conversar com o senhor sobre o que Nivaldo me falou ontem.
- Certo tudo bem, eu lhe ofereci ajuda sim, o senhor pode morara aqui até conseguir um novo emprego.
- Bom se é assim, desde já eu quero lhe agradecer por isso, pois eu não sabia mais o que fazer.
- Se você quiser pode mudar hoje mesmo eu lhe auxilio
- Bom vou fazer.
Antônio retornou para a fazenda no seu animal enquanto o tratorista o seguia, pois João Carlos providenciou o trator para transportar a mudança de seu Antônio. Dono Luzia se estranhou ao ver o trator chegar à fazenda então este se apresou em arrumar as coisas para mudar, ele fez saber a sua esposa sobre o caso.
- Luzia, estamos com sorte, vamos mudar agora mesmo.
- Mas já que bom então deu certo a nossa mudança?
- Graças a Deus nós vamos nos livrar daquele animal, e você vai ficar lá na fazenda, mas eu preciso voltar para esperar aquele animal chegar com o novo caseiro.
Como esperava aconteceu, Nivaldo levou sua mudança para a fazenda de seu João, deixando a esposa e seus dois filhos voltou para a fazenda onde trabalhava. E na manhã seguinte lá estavam os dois companheiros no curral estavam mais tranquilos porque já havia lugar para eles ficarem. No sábado à tardezinha, Juscelino chegou com a mudança do novo caseiro e o chefe se estranhou com a casa já desocupada e Antônio deu as explicações.
- Que milagres até que foi bom você ter agido rápido em procurar o seu canto, agora já cheguei se não se importa pode pegar a estrada agora mesmo.
- Eu não vou enquanto não saber como vai ficar a minha situação, pois tenho vários anos de serviços quero receber meus direitos.
- Já vem você com essa historia de direitos, eu não tenho nada haver com a sua situação, e nem sei se você tem algum direito aqui.
- Então o senhor não vai me pagar mesmo?
- Por favor, Antônio trate de ir embora, pois eu tenho mais o que fazer aqui na minha fazenda.
- Se é assim, então está bem nós nos veremos perante o juiz.

Antônio e Nivaldo foram embora a pé desbravando os seis quilômetros de estrada sertaneja. Quando Antônio chegou a sua esposa já estava dormindo, então Luzia acordou assustada com barulhada dos cães que latiam, pois estranharam o dono, a mesma reconheceu a voz do marido e acendeu a lamparina e foi recebê-lo.
- Nossa! O que aconteceu que você estava chegando a essas horas? Eu quase morri de mede de ficar aqui sozinha.
- Ah deixa de ser medrosa mulher uma assombração não mexe com a outra (risadas)
-É mais caipora que gosta de andar de noite mexe sim. Aposto que está assanhado por que se livrou do Juscelino?
- Não estou assanhado, estou feliz, e você não ficaria? É que aquele cavalo chegou à fazenda quase escurecendo, ele insiste em não me pagar, mas eu vou receber dele. Vou procurar o sindicato, vou procurar a justiça para resolver minha situação.
- Como poder ter uma pessoa tão má como aquele pão seco? Credo!
- É o instinto humano, existem os maus e os bons, se eu soubesse que ele era mau assim eu não terei aceitado a proposta de emprego com ele, e ele nem pagou direito o Nivaldo, deu uma Mixaria para o rapaz, pessoa honesta e humilde que nem ele não merece passar por estas humilhações. Deus é justiça.
O filho da solidão havia chegado à casa de seu João, este ainda estava acordado, então depois de poucos bate papos, João mostrou o quarto onde o rapaz iria dormir. Joao Carlos deu pastos para Antônio roçar, e deu serviços de vaqueiro para Nivaldo. Certo sábado na parte da tarde Nivaldo foi até ao retiro, onde morava Antônio com intenção de chamá-lo para uma pescaria, então foi uma boa ideia para Antônio que levou os seus dois filhos. Os garotos não resistira aquelas aguas tentadoras e caíram no banho, enquanto os dois compadres pescavam mais á baixo. Onde batiam papos.
- Seu Antônio eu vou te revelar um grande segredo, sei que o senhor não vai acreditar, o que vou contar não é nada mais que verdadeiro.
- Puxa! Agora eu fiquei curioso, quero saber. Se é um segredo pode confiar em mim. Continue.
- A fazenda que Hidelbrando arrendou para Juscelino, pertence ao meu avô, pertence a mim.
- Ah deixa de piada rapaz (risos)
- Eu estou falando serio, se o senhor está duvidando, pergunte ao seu João, que ele vai confirmar a verdade que estou te dizendo.
- E como você sabe e por que logo agora que você vem com essa historia?
- É porque já chegou a hora de eu lutar por aquilo que pertence.
- Poxa vida se isso é verdade então porque você se manifestou isso logo agora Nivaldo?
- Eu já lhe disse para começar eu não me chamo Nivaldo, mas sim Júlio Cesar de oliveira.
- Vou te dar uma prova, sabe da moranga, aquela velha vaca que o senhor tirava 14 litros de leite?
- Sei o que tem ela?
- está lembrado da marca AO? Pois é significa Afonso de Oliveira, nome de meu avô.
- Poxa é mesmo rapaz, então aquela marca é as iniciais do nome de seu avô, nossa nunca imaginava uma coisa dessas. Incrível estou surpreso.
- Pois é ela era uma bezerrinha, que ficou órfã a mãe morreu atolada, e meu avô a criou com um ser humano, e ela foi a melhor e mais mimada vaca que meu tinha. Eu tinha sete anos quando ela pariu seu primeiro bezerro, poxa vida depois de catorze anos ela eu vi e reconheci, ela ainda viva e boa de leite.
- Meu Deus como pode ser isso Nivaldo. Opa quero dizer Cesar, agora eu estou acreditando na sua historia.
- Eu me disfarcei para descobrir a verdade, pois ainda estava em duvidas, pois eu era menino quando deixei aqui, me esqueci de muitas coisas, mas estou me relembrando aos poucos agora, graças ao seu João Carlos que quis saber de minha origem e me fez lembrar-se de muitas coisas que havia esquecido, quando eu disse que era neto de Afonso de Oliveira, então ele me fez lembrar-se dos fatos.
Antônio ficou perplexo com a novidade que ouvira do filho da solidão, e quando este retornou para a sua casa revelou para a sua esposa quem era o suposto Nivaldo, então ambos ficaram encabulados com novidade.

A reconquista da herança
Alguns dias depois João Carlos viu que já estava na hora de ajudar o rapaz a reconquistar a sua herança, e sentia que seus dias já estavam contados então apressou em realizar o desejo de seu amigo Afonso de Oliveira. Este por causa das novidades surgidas esqueceu-se de entregar o envelope ao Cesar, então pegou o envelope entregou ao filho da solidão. Na carta Afonso falava sobre a herança de seu neto, e sobre uns bens que ele havia guardado nos cofres da Caixa Econômica Federal em Goiânia. Que seria entregue ao seu neto quando este fosse maior de idade. Joao Carlos marcou com o rapaz a data da viagem até Goiânia onde consultaria o advogado de Afonso de Oliveira Sousa, para fazer a restituição dos bens de Cesar.
- Cesar chegou o momento de você tomar posso daquilo que te pertence amanhã de madrugada partiremos para Goiânia, o meu menino vem hoje para amanhã nos viajarmos.
Naquele momento o coração de Cesar começou a disparar, a emoção tomou conta do rapaz, ele via seus sonhos todos se concretizando, o seu tempo de peregrino, estava ao fim, seus momentos de humilhações. Chegara ao final, seu maior sonho era de reencontrar com o seu grande amor e cumprir todas as suas promessas, e também compartilhar a sua herança com a sua irmã. Na madrugada seguinte lá estava os três no carro á caminho da capital de Goiás. Cesar não conseguia fechar a boca, pois sorria o tempo todo. Na capital foram direto para o escritório do advogado de Afonso de Oliveira. Eles chegaram ao escritório do Dr. Sandro Camargo, e se apresentaram á recepcionista.
- Oi boa tarde moça.
- Boa tarde senhor, em que posso atendê-los?
- Eu sou João Carlos e gostaria de falar com o Dr. Sandro
- O doutor Sandro não atende mais aqui, mas o seu filho é advogado sucessor. Ele pode atendê-los. Querem marcar um horário com ele?
Joao Carlos explicou que estava de viagem e que queria falar urgente com o novo advogado, então àquela jovem bonita, se levantou e foi até a sala do filho de Sandro, e fez saber ao mesmo sobre os clientes que queriam falar com ele, então o advogado pediu que eles entrasse na sala, e assim sucedeu. Os clientes se apresentaram.
- Boa tarde doutor
- Sim boa tarde senhores, assentem-se, por favor, em que posso ser útil e qual é a emergência?
- Eu sou João Carlos, este é meu filho, e este outro é o Cesar. Eu sou amigo de Afonso de Oliveira, que foi um amigo e cliente do doutor Sandro, então viemos aqui para encontrá-lo, mas é senhor que atende agora, precisamos conversar.
- Olha o meu pai já se aposentou-se dos serviços aqui, eu estou em seu lugar, mas como o senhor disse que este Afonso foi amigo de meu pai, faz o seguinte aguarde na recepção a chegada de meu pai, pois ele já está chegando, então vou apresentá-los a ele, depois conversaremos sobre o vosso caso. Vou terminar de elaborar um processo aqui. Quando o meu pai chegar eu mando chamá-los.

Minutos depois chega o doutor Sandro que foi direto a sala onde seu filho se encontrava. Então Samuel contou ao pai sobre os visitantes, este mandou chamá-los. Então Sandro os cumprimentou. E João começou o assunto.
- Eu sou João Carlos, ex-sócio de Afonso de Oliveira.
- Ah o senhor é o João acabei de lembrar-se do senhor, há quanto tempo moço, como o senhor está?
- Estou bem graças a Deus
- Mas onde está o Afonso por que não veio?
- Ele faleceu já se faz muito tempo.
- Meu Deus, coitado, e eu nem fiquei sabendo, que pena! E estes quem são?
- Este aqui é o Marcio, meu filho mais velho, e este é o Cesar neto de Afonso.
- Mas o quê este é o Cesar aquele garotinho que andava com o Afonso?
- Sim é ele mesmo.
- Puxa como você cresceu virou um homão rapaz, e ai como você está lembra-se de mim ainda?
- Eu estou bem, não me lembro muito, mas me lembro que eu vim com o meu avô.
O filho da solidão narrou um pouco de sua historia ao doutor Sandro, de como ele foi levado ao Pará, e contou como os usurpadores fizeram, e Sandro ficou encabulado com o fato, e fez ao mesmo sobre os segredos que o seu avô havia guardado para ele quando este completasse seus dezoito anos.
- Júlio Cesar já estava passando da hora de você aparecer para pegar o que lhe pertence, também quero informá-lo que eu me aposentei e passei os meus trabalhos para o meu filho aqui. Ele vai resolver tudo para você. Também quero informá-lo que eu prestava serviços ao INCRA e temos notado que as terras de seu avô se encontra em irregularidades, pois há muitos tempos à receita não recebe nenhum imposto da mesma. Então o INCRA estava incluindo a fazenda ao programa de reforma agraria. Porque os ocupantes da fazenda não tem a escritura original e não paga imposto, mas eu tenho a solução para você.
- E agora doutor o que vou fazer?
- Olha o seu avô deixou na caixa umas coisas que era para te entregá-las que você fosse maior de idade.
- Doutor eu não posso ficar no prejuízo, eu paguei um preço por aquelas terras precisamos agir agora mesmo.
- Sim vamos até a caixa, depois iremos ao fórum e em seguida passaremos ao INCRA.
Mais surpresas
Joao e Marcio foram para a casa dos parentes enquanto Cesar e os advogados cuidavam do negocio do mesmo. Na caixa econômica os advogados apresentou Cesar ao gerente e este começou a executar a documentação do cliente Afonso de Oliveira. Depois de alguns minutos de impaciências o gerente levou os clientes ao setor de arquivamentos de bens. Localizou o cofre que tinha o mesmo numero do prontuário dos documentos apresentados pelos advogados. Então o gerente abriu o cofre tirou do interior do mesmo, algumas fotografias, envelopes e uma maleta colocando-os sobre a mesa, e deixou o cliente examinar. Cesar deparou-se com o seu registro de nascimento e não conteve a emoção de vê-lo.
- Nossa o meu registro, não acredito, finalmente terei todos os meus documentos serei alguém.
Então o gerente quis completar a felicidade do filho da solidão.
- Agora você ficou feliz rapaz, tem mais surpresas para você, uma delas é uma conta bancaria no nome do seu, está acumulado em juros e agora será todo seu.

Cesar arregalou os olhos ao ouvir tais palavras e ficou perplexo, e o coração quase saindo pela a boca.
- Pelo o amor de Deus, o senhor quer me deixar maluco, o que tem mais de surpresas para mim?
- Abra essa outra maleta aqui e veja você mesmo o que tem ai dentro.
Quando Cesar abriu a maleta, quase desmaiou ficou boquiaberta ao ver a maleta repleta de barras de ouro, emudeceu com lagrimas a rolar, então gerente e advogados ficaram encabulados e Sandro argumentou:
- Nossa que maravilha agora você é um homem rico Cesar, mas você merece.
Cesar estava ainda muito abismado com que estava vendo não acreditando ser real.
- Será que eu estou sonhando?
Sandro brincou:
- Eu acho que não é sonhando você quer levar uns beliscões?(risos)
- Meu Deus eu nunca imaginava ter tudo isso, pensava que era só uns documentos.
Sandro quis saber:
- E o que você vai fazer agora Cesar?
- Eu preciso de um tempo para pensar no eu vou fazer (riso)
- Então pague a taxa do banco agora porque temos de ir ao fórum ainda. Aconselho-te a deixar a maleta com o ouro aqui na caixa, quando você vender, então você vem e pega, porque não é uma boa ideia você sair pela a cidade com esse ouro na mão, é muito perigoso, concorda comigo?
- O senhor tem razão eu vou deixar aqui e assim que eu vender eu volto e pego, vou levar apenas uma barra agora.

O gerente sugeriu ao Cesar que, assim que ele tivesse em mãos todos os seus documentos, era para ele retornar para poder passar toda a fortuna de Afonso para o seu nome, então Cesar concordou com o gerente. Após concluir a tarefa na caixa econômica eles se foram, e como estavam com fome, param num sofisticado restaurante, onde assassinaram a fome, em seguida os advogados levaram o rapaz á policia civil, onde este tirou a sua identidade. Levou aos correios onde fez pedidos do CPF, e Cesar sentia-se orgulhoso, porque seria alguém na sociedade. Passaram no fórum para resolver mais umas coisas do herdeiro, e finalmente foram para a sede do INCRA. Onde de posse da escritura original Cesar vendeu as terras que era do seu avô. O doutor Samuel negociou as terras que foram vendidas ao INCRA por um preço neutro por causa dos impostos atrasados. Quando acabou de resolver já era quatro da tarde então eles retornaram ao escritório. Cesar pagou todos os honorários que o seu avô devia ao advogado, e os serviços executados naquele dia. Então Cesar teve de ir.
- Bom doutor, eu quero agradecer o senhor por tudo que o senhor fez por nós.
- Não precisa de agradecer Cesar, você e seu avô sempre mereceram serem ajudados, sempre fui um amigo particular do seu avô e sempre serei seu amigo particular. Se assim você quiser.
- Sim quero e serei seu amigo também, doutor agradeço ao senhor e o doutor Samuel por tudo, e sempre que eu precisar irei procurá-los. Porque bons e competentes advogados merecem honra e confianças.
- Obrigado Cesar. (risos)
Cesar despediu-se dos advogados e tomou um taxi até a rodoviária onde esperaria seu João. Então este com medo de ser barrado pela a polícia ou ser assaltado, foi ate um orelhão e ligou para o celular do Márcio avisando que estava os esperando na rodoviária. Então eles foram para a rodoviária se encontrar com Cesar. Seu João quis saber das novidades:
- E ai rapaz como foi deu tudo certo?
- Sim graças a Deus está tudo resolvido, desculpe por esperar ate agora, é tínhamos muitas coisas para serem resolvidas.
- Estamos aqui é para te servir, agora nos conte o que realmente ficou resolvido?
- Encontrei a escritura original das terras que me pertencia e já vendi ao INCRA por causa dos impostos atrasados, vendi pelo o preço de banana. Os usurpadores terão problemas com a justiça e não comigo. (risos) É incrível seu Joao, nos documentos que o meu avô havia deixado na caixa, encontrei minha certidão de nascimento. Já tirei minha identidade já dei entrada no CPF, agora só falto o titulo de eleitor.
- Que bom moço que você conseguiu, Deus está te ajudando em tudo, mas poderia ter vendido por preço mais justo, que você poderia compra uma boa casa onde você quisesse.
Cesar levou a mão na mochila para mostrar uma surpresa ao seu João para mostrar já estava seguro.
- Não estou preocupado seu João olha aqui o senhor já viu esse metal?
- Nossa que maravilha de onde você conseguiu isso Cesar?
- Meu avô guardou várias dessa na caixa, eu não sou dono das terras que vendi, mas com este ouro vou comprar as minhas e melhores ainda.
- É isso ai Cesar você não pode é ficar sem nada, agora você não preciso ficar sumido por ai trabalhando para os outros mais. Bom então vamos pegar estrada gente?
- Seu João quero que pegue esse dinheiro aqui
- Pra eu pegaria dinheiro seu, menino?
- O senhor me ajudou muito agora pegue, por favor.
- Não, guarde você vai precisar não pegarei.
- Pegue ao menos para custear a gasolina, eu vou ficar por aqui, não voltarei com o senhor, vou ficar aqui até eu pegar minha identidade, quero que o senhor aguente o seu Antônio lá até eu voltar lá, pois pretendo ajudá-lo. Depois que eu voltar do Tocantins farei isso.
- Certo ele vai ficar lá vou ajudá-lo, já que você vai ajudar o coitado eu ficar feliz por causa da bondade do seu coração, Deus vai retribuí-lo. Por tudo. Bom já que você não vai conosco, eu ofereço boa sorte no garimpo da vida lá no Tocantins (risos)
- Como o senhor descobriu?
- Foi você quem me disse na fazenda que depois de tudo pronto você cumpriria sua promessa esqueceu?
- Realmente agora sim vou poder cumprir a minha promessa.
Cesar despediu de pai e filho, os quais pegaram estrada e ele ficou sozinho na floresta de pedra. Então este tomou um taxi e foi para um luxuoso hotel no centro da capital, e os recepcionistas viram um taxi estacionar na porta do hotel saiu do taxi um moço com trajes cowtry chapéu panamá os cabelos perturbando os ombros, e o recepcionista foi atendê-lo.
- Pois não o que o senhor deseja?
Cesar começou a rir do moço que franziu a cara e quis saber qual era a graça.
- O que pergunta é essa seu moço, eu acostumo ouvir é seja bem vindo, ora essa, eu vim hospedar aqui a algum problema?
- Desculpe, mas nós não temos mais vagas.
- Pare de contar piada rapaz, como não tem mais vagas?
- Já estão todas em reserva seu moço.
- Você pode fazer o favor de chamar o gerente, quero falar com ele.
- Ele vai dizer a mesma coisa rapaz, estou falando não tem mais vagas.
Cesar foi até a recepção e insistiu em falar com o gerente e este foi lhe atender.
- Boa tarde rapaz, em que eu posso ser útil?
- Boa noite, eu vim hospedar aqui, e quero saber que historia é essa de não ter mais vaga aqui?
O gerente olhou Cesar da cabeça aos pés e concluiu.
- Olha amigo realmente os quartos estão todos já reservados por causa de um seminário que aconteceu a partir dessa noite, e a diária aqui a mais barata é de 100 reais por dia.
Cesar abriu a mochila e pegou um pacote de dinheiro em notas de 100 reais e a barra de ouro, e colocou em cima do balcão da recepção ficou olhando para a barra, e balançou a cabeça e colocou novamente os objetos dentro da mochila e perguntou;
- Eu posso pagar em dinheiro ou em ouro?
O gerente que já estava com os olhos arregalados, e boquiaberta, mais que depressa respondeu;
- Pague com que o senhor quiser, seja bem vindo, nós suítes executivas também.
- Que pena que estão todas reservadas, fique sabendo que vocês não verá um só centavo meu, para aprender a não julgar pela as aparências.
- Não, não que isso perdão e que,.
- Não quero saber rapaz se dane.
Todos os que presenciaram o fato e julgaram mal o rapaz ficaram envergonhados pela a ação ocorrida no hotel. E Cesar saiu nervoso tomou um taxi e foi para um hotel mais simples. No outro dia Cesar foi procurar uma agencia de metais preciosos para vender o ouro que estava na caixa. Cesar foi pedindo informações e soube de uma empresa que era especializada em compra e vendas de metais preciosos. Cerca de dois quarteirões de distancia do hotel em que se hospedara, estava a sede da empresa Goldenbrás. Cesar se dirigiu para lá para negociar a venda do ouro. O diretor da Goldenbrás foi com Cesar até à caixa onde estava o ouro. O gerente da caixa pegou a maleta e levou para o Cesar e este mostrou o ouro para o diretor, e este fechou negocio com Cesar, e levou Cesar ao banco do Brasil, de onde fez a retirada do valor combinado lá mesmo eles fizeram as trocas de maletas. Então Cesar tomou o taxi e voltou á caixa para deixar o dinheiro guardado junto com o dinheiro que pertencia ao seu avô, porque Cesar ainda não tinha a documentação necessária para abrir contas ou etc.

A surpresa desagradável


Em determinado dia Juscelino e seu cunhado o suposto dono das terras de Afonso, estava reunidos na fazenda, quando de repente avistaram um carro se aproximando da porteira da sede. Era uma viatura do estado pertencente ao INCRA. E Juscelino foi recepcionar a estranha visita.
- Bom dia moços, em que eu posso ser útil?
- Bom dia, eu sou Leandro oficial de justiça, e estes são os fiscais do INCRA. Viemos notificar ao proprietário que esta propriedade está sendo desapropriada para o programa de reforma agraria, é o senhor que é o responsável?
- Eu sou o arrendatário e que piada é essa de desapropriada?
- Não há piada nenhuma apenas viemos notificá-los que esta fazenda agora pertence ao INCRA.
Juscelino acenou para Hidelbrando se aproximar e este foi até lá. Juscelino fez saber ao Brando sobre o fato. E Brando começou a ficar nervoso já foi batendo boca com os fiscais.
- O que está havendo aqui, que palhaçada é essa?
- Nós não viemos aqui para brigar, viemos apenas notificá-los da desapropriação, dentro de 48 horas o INCRA precisa dessa propriedade desocupada.
Os dois cunhados começaram a bater boca com o oficial de justiça. Então os este mostrou os documentos que comprovava a compra das terra pelo o INCRA, e informou-os que ele não pagavam os impostos da mesma. O oficial mostrou a escritura original e os documentos da mesma assinado por Afonso de Oliveira, então eles quiseram saber quem havia começado o golpe contra eles.
- Isso é um golpe, quem foi o inventor dessa sacanagem, eu já apliquei muito dinheiro na fazenda eu não vou abrir mão dela de jeito nenhum.
- Olha o neto do verdadeiro dono desta terra, o Júlio Cesar, ele vendeu estas terras ao INCRA, porque não valia a pena pagar os impostos, achou por bem vender a fazenda ao INCRA. E nós estamos apenas notificando a desapropriação, dentro de 48 horas o INCRA vai estar aqui estudando as terras para o programa de reforma agraria.
- Eu não acredito nessa historia de neto de Afonso, pelo que eu sei aquele peste havia ido para onde está o avô dele.
- O senhor está enganado, eu o conheço, ele contou para nos na sede do INCRA. O que havia ocorrido verdadeiramente, ele mesmo era identificado como Nivaldo, ele trabalhou aqui para matar a saudade da terra que pertencia sua família. Ele viu que não compensava ficar com essa fazenda por causa das dividas então ele vendeu ao INCRA, veja o nome dele nesses documentos aqui.
- Então quer dizer que aquele golpista miserável era o neto de Afonso?
- Exatamente o Júlio Cesar é o herdeiro de Afonso.
- Aquele golpista vai pagar caro pelo o que fez. Eu não vou perder minhas terras, eu já investi muito aqui, eu vou recorrer à justiça, não perderei minhas terras.
- Usurpação é crime, e não existe justiça a favor de usurpadores, só senhor está ciente do fez.
- Como se atreva vir aqui e me chamar de ladrão seu vagabundo!
- Eu não o estou chamando de ladrão, eu só disse a verdade, e o senhor vai responder por desacato a autoridade, também poderá ser processado por exilar o herdeiro para que ele não herdasse o que lhe pertencia.
Após dar mais advertências aos usurpadores a equipe retornou para a cidade. O ódio foi cego no coração dos usurpadores, mas nada podiam fazer, pois estavam errados, providenciaram a desapropriação das terras. Os parentes dois cunhados que odiavam o Nivaldo ficaram sabendo que aquele peão metido era o neto de Afonso.
Em Goiânia o filho da solidão comprou uma sofisticada mansão num bairro nobre da cidade, contratou uma decoradora para decorar a mansão, esta escolheu toda mobília para o Cesar comprar, deixou a casa em ordem para a chegada de seu amor. Cesar não sabia o que se passava com Clara, então foi arriscar, pois dizia que podia levar uma decepção ou poderia encontrar sua amada esperando pelo o mesmo. Então vintes dias depois que havia pegado seu CPF sua identidade e titulo de eleitor. Foi ao banco e transferiu o dinheiro do nome do avô para o seu nome. Então comprou sua passagem rumo ao Tocantins, para Porto Nacional. Na tentativa de reencontrar-se com Clara.

O reencontro da paixão

Após a longa e exausta viagem estava Cesar descansando num hotel em Porto Nacional. No hotel o esperançoso conversava consigo.
- Será que foi em vão minha vinda aqui? Se que ela se casou?
No dia seguinte Cesar trajou-se com seus trajes de cowboy tomou um taxi com intenção de reencontrar-se com Nata, e sem muito trabalho Cesar localizou a casa que pertencia o seu Venâncio. Ao tocar a campainha um homem com uma criança nos braços foi lhe atender.
- Bom dia moço
- Bom dia, pois não!
- Eu sou Júlio Cesar e estou procurando o senhor Venâncio e gostaria de saber se ainda mora aqui?
- O seu Venâncio não mora mais aqui, mas eu e a filha dele moramos aqui.
- Então eu preciso falar com ela, é importante.
- Mas que assunto tão importante você quer tratar com minha esposa, ela não se encontra em casa afinal quem é você?
- Eu sou Júlio Cesar um antigo amigo dela.
- Acho que você está enganado, conheço todos os amigos dela, e ela nunca mencionou o seu nome para mim.
- Tudo bem, mas ao menos diga a ele que o Júlio Cesar veio procurá-la para pedir informação sobre a Clara. E que eu estou no hotel central.
Cesar tomou outro taxi e voltou para o hotel. Na verdade Nata estava no banho quando Cesar estava no portão, ela estranhou o caladão do esposo e quis saber o motivo.
- O que há com você amor, está calado tão pensativo?
- Não é nada de mais Nata, só quero saber se tem um amigo do qual você nunca mencionou para mim?
- Como assim por quê? Eu tenho muitos amigos agora é impossível mencionar o nome de todos, que ciúme besta é esse amor? Por que me fez a pergunta?
- Ah é que chegou aqui um sujeito perguntando pelo o seu pai e por você.
- Por acaso esse sujeito não se identificou não?
- Ele disse que é tal de Júlio Cesar.
- O quê o Júlio Cesar aqui?
- Foi o que ele disse.
- Mas por que você não disse para ele entrar e não me chamou amor? Ele é Júlio Cesar o noivo da Clara.
- Eu não sou de dar confiança a estranhos, ainda mais quando se chega perguntando pela a minha mulher.
- Amor já disse que é o noivo da Clara e você poderia me chamado para que pudesse informá-lo do endereço dela pra ele. Ele disse em que hotel está hospedado?
- Mas que interesse seu é esse amor? Diga para a Clara ir procurá-lo.
- Por favor, Saulo deixe de besteira, não há motivos para essa ciumeira besta. Você não era assim, eu não vou permitir esse comportamento entre nós dois.
- Está bom está bom, faça como queira, ele está no central.
- Ok você fica ai olhando o nenê e eu vou buscar a Clara e levá-la até ao hotel.
Nata deixou o marido olhando a criança e pegou seu carro e foi direto ao central encontrar-se com Cesar. Este já estava de saída quando escutou alguém o chamando e este olhou para quem o chamava e reconheceu a Nata e foi ao encontro da mesma.
- Oi Cesar que surpresa como vai?
- Oi Nata tudo bem? Que te rever.
- Estou ótima, há quanto tempo você sumiu por onde andava esse tempo todo? Eu soube que você esteve em casa hoje, fiquei sabendo que estavas aqui então eu vim encontrar com você.
- Você está diferente!
- Depois que agente casa você sabe né, agente muda mesmo (risos) há quero se desculpar pela grosseria do meu marido ele é muito ciumento.
- Tudo bem eu entendo.
- Sem duvidas você veio cumprir sua promessa.
- Vim tentar fazer isso, Poxa vou precisar do perdão de você porque eu silenciei não por que eu quis, mas é porque perdi o numero do seu telefone, por isso não entrei mais em contato com vocês.
- Pois é nós tínhamos perdido a esperança.
- E qual é a noticia que você me dar ela casou?
- Você nem vai acreditar!
- Estou perdido então ela casou mesmo?
- Não, ela não casou, mas por causa da angustia de pensar que a abandonou ela foi para o convento.
- Ah você só pode estar brincando?
- Estou falando serio, ela sofreu demais sentindo a sua falta, então dizia que tinha duas opções para ela, ou morreria ou iria para o convento, porque não casaria com outro homem, ela afirmava que não saberia amar outro homem, e que você era a vida dela.
- Confesso que fui covarde de não ter entrado em contato com ela, mas você sabe não é, fiquei muito envergonhado daquela vez, eu nunca faria uma loucura contra o seu pai.
- Esquece o passado Cesar, o que importa é que você esta aqui. Bom e o que você vai fazer agora?
- Vou roubar a freira e vou voltar para Goiás.
- Essa era o que faltava, roubar a freira? (risos) me conte por onde andava Cesar?
- Só trabalhando por este Brasil afora, eu tenho novidade.
- Eu descobri e consegui resgatar as terras que era do meu avô.
- Serio, Mas como? Você nunca falou para nós que tinha heranças
- É sério eu não estou mentindo, eu não queria revelar para ninguém isso.
- Que legal então, como sempre sonhou e finalmente você tem fazenda.
- Eu não tenho fazendas, porque vendi as terras.
- Tá brincando? E por que você faria essa bobeira?
- Tinha muitos anos de impostos atrasados não compensava ficar com as terras então as vendi.
- É Cesar você até hoje é cheio de mistérios não mudou nada (risos)
- Eu não sou misterioso, sou apenas sistemático com as coisas (risos) e então onde eu encontro esse convento, qual é o endereço?
- E Cesar é uma missão e tanto, o convento fica longe, é em Palmas, no convento santo Agostinho.
- Mas em sua opinião será que serei perdoado?
- Com certeza vai ser sim, mas a mente dela já é outra, já desistiu de casamentos. Bom Cesar foi uma surpresa muito agradável te ver de novo, eu fiquei muito feliz por você ter vindo, ao menos para ver Clara, se você quiser vê-la é só procurar ela no santo Agostinho, é um seminário bem conhecido em Palmas, olha tenho de voltar boa sorte. Se ela consentir voltar com você vá com ela lá em casa,
- certo iremos sim, ah desculpe como vão seus pais?
- vão bem, só que eles se separam e minha casou com outro e mora em fortaleza, e meu pai mora lá na fazenda.
- É as coisas mudam, bom assim que eu puder visitarei o seu pai.
Ambos se despediram Nata voltou para sua casa, enquanto Cesar foi conhecer a cidade. No dia seguinte o filho da solidão comprou sua passagem para Palmas. Ao chegar à capital do Tocantins Cesar deixou sua mala no hotel e foi procurar o convento, o taxista levou Cesar no referindo convento, e pediu ao taxista esperar por ele pois seria rápido no convento. Era véspera de uma confraternização dos alunos de teologia, e havia um grande movimento de pessoas no convento, e Cesar foi ao auditório onde ficou observando para ver se reconhecia Clara, porém não a encontrou no auditório. E este foi para o pátio e ficou inquieto, e uma freira quis saber o motivo de sua inquietação;
- Vejo que você está muito atribulado meu jovem há algum problema?
- Não é nada demais, é que eu sou de outra cidade e não consigo localizar minha irmã que estuda aqui.
- Qual é nome de sua irmã filho?
- É Ana Clara
- Ah sim a Clarinha, ela está na biblioteca, vou chamá-la mas espere um pouco já volto.
A freira entrou no auditório e Cesar sem esperar foi apressado procurar a biblioteca. E Clara estava organizando um relatório para ser apresentado no discurso. E Cesar aproximou se da mesma e esta não percebeu que era o seu grane amor.
- Vamos embora não temos tempo a perder!
A moça se assustou ao ouvir tais palavras e virou-se para ver quem lhe falava e ao bater os olhos em Cesar esse se assustou muito não acreditando no que via.
- Meu Deus será que eu estou sonhando?
- Não é sonho eu vim cumprir minha promessa, vamos embora logo!
- Cesar o que você faz aqui e como soube que eu estava aqui?
- Não tenho tempo de explicar agora, depois te falo me abrace estou morrendo de saudade de você meu amor.
- Ei afaste-se de mim moço, não sou mais quem você pensa, agora é muito tarde.
- Pelo o amor de Deus, Clara, pare com isso, esqueceu-se de nosso juramento?
- Mas você me abandonou indo atrás de aventuras, enquanto eu fiquei sofrendo muito tempo te esperando, agora você chega aqui pensando que as coisas são fáceis assim?
- Eu não te abandonei Clara, entendi isso, você sabe o que havia acontecido eu tiver de ir embora, mas prometi a você que eu iria buscá-la. Meu Deus o que fizeram com você, por que você deixou fazer lavagem cerebral em você meu amor?
No momento do emocionante bate boca a freira chegou e notei a discursão, e quis saber o motivo.
- Mas o que está havendo aqui Clara, por que você está demorando, o pessoal está te esperando no auditório, e o que este rapaz está fazendo aqui, não sabe que aqui é restrito a estranhos?
Cesar foi para o corredor muito aborrecido, e Clara o seguiu.
- Cesar espere!

- O que foi, você não disse que está tudo acabado, o que mais você quer? Eu estava no topo final de meus sonhos, mas vejo que a principal fonte secou, e neutralizou toda a minha esperança, bom eu não tenho mais nada a fazer aqui eu vou embora.
Cesar insistiu em sair e quando já estava perto do taxi, chegou Clara com os olhos molhados.
- Cesar, Cesar por favor me espere, eu ainda te amo, eu mudei de ideia se você veio me buscar eu irei com você.
Cesar sem esperar a abraçou e a beijou com saudade, e as pessoas que presenciaram a cena ficaram escandalizadas ao uma freira beijando um moço em publico, em frente ao convento. Clara se assustou com o seu comportamento e afastou-se de Cesar.
- Cesar me espere eu vou pegar as minhas coisas.
- Está bem Clara pegue só os documentos e deixe os restos para traz e volte logo.
E como o combinado, Clara despiu-se das roupas de freira e trajou as suas roupas pegou sua bolsa e nem quis saber de diploma de teologia que pegaria naquele dia. Como havia muitos parente dos formandos no local, ninguém notou a saída de Clara.
Naquele momento de emoção, o sol da felicidade o sol da felicidade começou a brilhar sobre os olhos de Clara, pois estava de viagem rumo ao paraíso do amor verdadeiro, e dentro do taxi a paixão era cega, incendiando o coração dos dois pombinhos que beijavam com vontade. Cesar pediu ao taxista parar de frente uma loja onde Cesar fez compras de roupas para a sua amada. E foram para o hotel. O clima de paixão estava tão tenso que eles nem deram lugar aos questionamentos sobre ausência e abandonos que culminou em anos de sofrimentos e esperanças. O quarto do hotel havia se transformado em uma nave espacial que tomava rumo ao paraíso do amor verdadeiro. Cesar sentia que as suas peregrinações estava no fim, só faltava buscar a irmã para dividir a herança. Também para que a sua alegria fosse completa. Cesar queria retornar para Goiânia mas clara queria se despedir de sua madrinha em Porto Nacional. Entoa Cesar locou um carro com motorista e foram para Porto Nacional, onde foram para a casa de dona Rosana, e esta já se fazia bom tempo que moravam na cidade. Clara instruiu o motorista a localizar a casa de sua madrinha. Ao chegar à residência de Rosana esta se emocionou muito ao rever a afilhada, foi chorando a encontrar-se com a mesma.
- Meu Deus eu não acredito só pode ser um sonho, Clarinha é você mesma?
- Sim sou eu mesma. Tia, de carne e ossos (risos)
- Mas que saudade como você está menina?
- Estou bem tia, também estava com muitas saudades da senhora e como andam as coisas por aqui tia?
- tia em paz, só eu estava querendo muito te ver, mas graças a Deus você está aqui, que surpresa.
- Filha você mudou bastante, mas porque você não está com uniformes de freira, filha?
- Eu não tenho mais e não vou precisar mais.
- Mas por que desistiu do seminário?
- Veja a senhora mesma por que.
Clara disse apontando em direção ao carro, mostrando Cesar que saia do mesmo. Rosana se emocionou mais ainda ao ver o filho da solidão. Não acreditava no que via, mas Clara começou a explicar para ela.
- Tia o Cesar veio me buscar, e já estamos indo para Goiás, viemos nos despedir da senhora.
Então Cesar foi cumprimentar dona Rosana, que estava com saudade do mesmo e este pôs se a confirmar as palavras de Clara.
- Sim dona Rosana eu vim para cumprir a minha promessa que eu havia feito à Clara.
Rosana abraçou Clara, e ambas em lágrimas, pois via os sonhos da jovem sendo realizados. Parentes e amigos de Rosana se emocionaram com aquele linda historia de amor dos dois pombinhos, pois Clara se sacrificou, decidindo trancar o seu coração, aprisionando os seus sentimentos por causa de um juramento que havia feito. Preferiu ir para o convento, porém tudo mudou de repente, pois o seu príncipe encantado chegou e restaurou todos os sonhos da jovem. Cesar apesar dos crimes de traição ao juramento, este recusou bons casamentos preferindo aquela jovem humilde que conquistou o seu coração. Cesar sabia que promessa é divida, então voltou para quitar a mesma. Após o almoço eles tiveram que voltar, então o casal se despediram de Rosana e parentes e voltaram a Palmas. Tomaram o voo de Palmas a Goiânia.
Ao chegar à capital eles se hospedaram num hotel no centro da cidade, Clara se encantou com a beleza da cidade, era véspera de natal e as ruas estavam todas enfeitadas com luzes multicores, e o casal da janela do hotel se encantava com a beleza da cidade. A beleza mais exuberante que pairava na cidade não era dos enfeites luminosos das lâmpadas, mas sim a beleza dos brilhos exóticos dos olhos de Clara, pois a felicidade era tanta no coração de Ana porque a paixão compulsiva gerava energia nos olhos daquela que estava sempre sorrindo, por haver Deus realizar o ser grande sonho. E estava ciente que o clima romântico que os envolvia seria eterno vivendo lado-a-lado com em harmonia e felicidade eterna. Naquela mesma noite Clara conheceu as belezas insondáveis do paraíso, pois a paixão os abrasavam.
Na manhã seguinte Cesar levantou-se e trajou seus trajes de peão, foi acordar o seu amor com um beijo. Estava ansioso para fazer uma surpresa a ela. Cesar havia pedido um buquê de flores brancas, e quando eles estavam indo em direção a porta, escuta alguém bater a mesma. Cesar foi atender e lá estava o rapaz com o buquê de flores, Cesar pagou as flores e foi entregá-las a sua amada.
- Meu amor estas flores brancas simbolizam amor eterno, não só com flores que vou demostrar que eu te amo, mas com todos os gestos e sentidos vou declarar o meu amor por você.
- Ai que romântico você hein? (risos) são lindas as flores eu amo flores, obrigada meu amor, você sempre me surpreende (risos)
Clara jogou-se nos braços do amado e olhou com firmeza nos olhos do amado e se declarou para ele.
- Cesar eu te amo demais, não quero te perder nunca. Eu me lembro daquelas flores silvestres que você me dava lá na fazenda, você sempre me fez sorrir.
- Você é minha lua clara que sempre me clareou (risos) bom, vamos Clara, temos de ir agora à casa de um primo meu e depois irei levá-la para conhecer a cidade. Cesar chamou um taxi, e minutos depois eles estava no setor nova suíça o setor mais luxuoso da capital, eles pararam em frente a uma sofisticada mansão, onde Clara ficou muita encantada com a mansão. Cesar chegou ao portão e acionou a campainha, e o moço que Cesar havia contratado para tomar conta da mesma, viu Cesar pelo o videofone então destravou o portão, Cesar com uma mão arrastava a mala e com a outra segurava a mão da amada. E foi se adentrando, Clara nem tinha ideia que a belíssima mansão fosse dela. Acreditava ser a casa do primo de Cesar, e nisso o rapaz foi encontrar-se com Cesar. E o cumprimentou.
- Oi primo tudo bem?
- Sim estou bem graças a Deus, essa é a minha esposa Clara,
- É um prazer conhecê-la tudo bem?
- Tudo bem graças a Deus.
- Bom Cesar fique a vontade eu vou terminar de reparar algo no jardim.
- Ok eu e Clara vamos descansar um pouco.
Clara estava encantada com a mansão, como era chique os moveis, e Cesar pegou na mão de Clara e foi para a cozinha e abriu a geladeira e pegou uma garrafa de Fanta, foi ao armário e pegou duas taças colocou o refrigerante nas mesmas e deu uma taça com Fanta para a amada e ela estava com vergonha com a atitude do marido na casa dos outros. Mas Cesar a apaziguou.
- Ah meu amor não se preocupe não, relaxe fique a vontade oras.
Então Cesar chamou o jardineiro para pagar o mesmo.
- Cleber se você quiser ir agora, pode ir depois segunda-feira você volta você está precisando de dinheiro?
Nessa altura Clara já não estava entendendo mais nada, estava confusa sem saber o que estava havendo.
- Cesar eu estou precisando de mil reais para pagar uma conta lá em casa.
- tudo bem vou te arrumar agora mesmo.
Cesar deu o dinheiro ao rapaz na presença de Clara e olhava para ela com vontade de rir, pois esta estava muito confusa sem saber o que estava acontecendo. E ao ficarem só os dois Clara quis explicações.
- Eu não estou entendendo mais nada Cesar você quer fazer o favor de me explicar o que está acontecendo aqui?
- Calma meu amor eu te explicar, você sempre sonhou com uma casa confortada não sonhou?
- Sim é o sonho de toda mulher claro.
- Pois você está dentro de sua casa (risadas)
- Ah Cesar pare de graças me diga a verdade.
- Estou falando serio meu amor eu comprei essa mansão para ser o nosso ninho para sempre, o Cleber é o nosso jardineiro, fizemos um trato só para te fazer esta surpresa, e então gostou da surpresa?
- Eu uma prova que você está falando a verdade ou não.
Cesar pegou na mão da amada e subiu a escada para provar a verdade.
- Vem eu quero que conheça o nosso quarto.
Clara ao chegar ao quarto ficou encantada com o estilo do mesmo, o luxo dos moveis, então Cesar abriu o cofre e tirou a escritura da mansão deu a ela que lia a mesma com as mãos tremulas.
- Eu só possa estar sonhando.
- Não é sonho, você quer levar uns beliscões para ver se é sonho (risos)
- Meu Deus, poxa Cesar você é mesmo cheio de mistérios, que linda casa meu amor, mas como você conseguiu comprar tudo isso, ganhou na loteria?
- Depois te explico vem conhecer o restante de nosso ninho.
Então Cesar mostrou toda a casa para sua amada, e esta com lágrimas nos olhos e tremula de perplexidade por saber que era dona de uma casa a qual ela nunca sonhava ter.
- Ai que linda casa meu amor, eu estou tão feliz, você me faz tão feliz, alias você é a minha felicidade.
- Então você gostou do presente surpresa?
- E quem não iria gostar?
Cesar explicou para Clara com havia comprado o imóvel, contou sobre tudo que aconteceu durante suas peregrinações.
- Então por que você não me contou isso lá na fazenda, por guardou silencio esses anos todo?
- Jamais iria comentar para os outros, que eu tinha heranças, guardei silencio, pois sou estrategista. Se eu fosse linguarudo teria estragado todo o meu plano.
- Você tem razão tem coisas que não devemos revelar a ninguém mesmo, mas em compensação Deus te ajudou em tudo.
- É e a maior ajuda foi de ter feito você me aceitar novamente (risos)
- Pois é você quase perde essa ajuda(risos)
No decorrer dos dias o casal pagou curso de direção, e obtiveram bons resultados, então Cesar comprou uma Mercedes e deu de presente para a sua esposa. , comprou uma Land Rover para ele. E um ano depois foi a Campo Grande buscar sua irmã, se foi o tempo de o filho da solidão viver peregrinando viajando de carona e ônibus, pois já estava na sua Land Rover, e com ela ele chegou à capital de mato grosso do sul. Foi uma viagem tranquila porem cansativa, então eles se hospedaram no hotel onde Vitoria trabalhava, e na manhã seguinte Cesar ficou andando pelo o corredor na tentativa de encontra-se com sua irmã, não havia sinal de Vitoria, então ele foi à recepção perguntar por uma camareira chamada Ana Vitoria.
- Bom dia moça
- Bom dia senhor em que eu posso ajudá-lo?
- Eu gostaria de saber de uma funcionaria do hotel por nome de vitória.
- Olha eu não cheguei a conhecer essa pessoa, mas o gerente poderá informá-lo melhor, aguarde um momento, por favor.
A recepcionista ligou para o gerente e este sem demorar apareceu na recepção e reconheceu o Cesar.
- Rapaz que bom você por aqui seja bem vindo novamente, tudo bem contigo?
- Sim tudo bem obrigado, bom eu estou procurando a Ana Vitoria o senhor pode me informar sobre a mesma?
- Cesar a vitória não trabalha mais aqui, você tem o endereço dela?
- Sim sei mais ou menos onde era a casa dela
- Se ela não tiver mudado então você poderá encontrá-la lá.
- Ok vou procurá-la, e obrigado pela a sugestão.
Cesar voltou ao apartamento onde estava hospedado, para buscar sua esposa, e ambos foram à procura de Vitória. Então foram adentrando um bairro periférico da Campo Grande onde residia a irmã de Cesar. Conseguiu lembrar-se da rua e da casa, então estacionou a Land Rover de frente a casa e toda a vizinhança ficar de olho, certamente nunca havia vista uma Land Rover na vida. E Cesar foi falar com um garoto que estava no portão.
- Oi garoto eu sou o Júlio Cesar eu estou procurando por Ana vitória você a conhece?
- Sim conheço ela é minha tia, eu vou chamá-la.
- Obrigado garoto!
O garoto foi chamar vitória que estava no quarto deitada lendo livro.
- Tia Vitória tem um homem procurando pela a senhora, ele está no portão.
- Quem quer falar comigo Renato?
- É um tal de Júlio Cesar.
- Júlio Cesar não pode ser o que ele veio fazer aqui?
- Não sei tia vai lá.
O coração de Vitoria acelerou apesar da magoa, mas os olhos dela brilhou naquele momento, e foi sorridente atender Cesar.
- Eu não acredito você por aqui Cesar, que surpresa sumido, como vai?
- Sim vou ótimo e melhor agora que estou te revendo. Eu senti saudade e vim te ver.
- Não digas (risos) só estou magoada ate hoje, pois você desapareceu sem deixar pistas. E quem é aquela no carro Cesar?
- Ela é a Clara minha esposa, viemos buscar você.
- Vieram me buscar, pra quê que palhaçada é essa? Que historia é essa de vir aqui com uma mulher está querendo se mostrar abusar da minha cara é? O que você pensa que eu sou?
- Vitoria escute.
- Cesar se puder me deixar em paz eu lhe agradeceria, com licenças eu tenho muito que fazer ainda.
Vitória voltou para dentro de casa e Cesar foi-se embora e foi direto procurar o doutor Isaltino para conseguir explicar a situação para Vitoria. Foi a clinica onde a recepcionista que já o conhecia, fez questão de avisar ao médico que Cesar o procurava. E este pediu que Cesar fosse até a sua sala, Quando Isaltino viu Cesar muito se alegrou.
- Mas rapaz até que enfim você apareceu, por aonde andavas moço? E como você está?
- Estou melhor agora por revê-lo, bom eu estava andando por ai afora (risos)
- Pois é Cesar, você sumiu de repente volta, mas tinha de voltar mesmo, veio concluir o que você havia começado?
- Sim eu preciso urgente de sua ajuda doutor; é que eu vim com a minha esposa e Vitoria não saber de papos comigo.
- Então você casou? Que bom e onde está a sua esposa?
- Ela ficou me esperando no carro.
- Moço por que não a trouxe rapaz vá buscá-la que isso?
- Certo vou fazer isso, com licenças.
Cesar foi buscar a esposa e foram para a sala do médico. E quando Clara chegou o médico se admirou, pois ela era uma mulher muito bonita. E Cesar fez lhe apresentação.
- Doutor esta é Clara, Clara este é o doutor Isaltino meu amigo (risos)
Ambos se cumprimentaram e o médico brincou!
- Você é uma mulher muito bonita e o Cesar é muito sortudo (risos)
- Obrigada, eu também sou muito sortuda por haver encontrado o Cesar (riso)
- Bom assentem-se, por favor, e fique a vontade, então quer dizer que é a mulher dos sonhos de Cesar?
- Sim com certeza e esse engraçadinho me deixou esperando por quase meio século (risos)
- Não exagera Clara (risos)
- Bom então o que você quer que eu faça para convencê-la a conversar com você?
- Precisamos mostrar os resultados dos exames para ela, temos de elaborar uma estratégia para isso.
- Eu vou convidá-la para um jantar no restaurante, se ela aceitar então conversarei com ela a esse respeito.
- Certo e como eu sou estrategista (risos) eu vou esquematizar esse encontro.
- Ah amor acho que você não é estrategista, mas um astuto (risos)
- É você caiu de cheio nos braços desse astuto (risos)
- O Cesar é sempre cheio de enigmas mesmo Clara, e usa o disfarce como uma arma contra os curiosos.
- É verdade doutor quando ele chegou lá na fazendo eu trabalhava ninguém entendia ele (risos)
Cesar contou ao seu ex-patrão e agora amigo como havia conseguido restituir a herança que seu avô deixou para ele, Isaltino gostou da novidade.
- Você merecia Cesar, Deus sempre exalta os humildes.
- É verdade doutor, bom, então vamos esquematizar o encontro, amanhã à noite eu e Clara vamos jantar naquele restaurante que tem em frente ao banco do Brasil, então a partir de agora o senhor procure um meio de convidar Ana para ir jantar com o senhor lá, então o senhor nos convide para fazer parte na mesa. Combinado?
- Sim combinado, e se ela não aceitar o convite?
- Faça alguma coisa doutor, convence-a a ir.
- Certo vou fazer o possível. Para tudo dar certo.
- Olha doutor peça para a sua secretaria ligar para ela dizendo que o senhor tem uma oferta de empregos para ela, e peça a sua secretaria chamá-la para um jantar com o pessoal da clínica.
Após Cesar retorna ao hotel Isaltino fez como Cesar havia sugerido cerca de meio dia, lá estava Ana na clinica para preencher a suposta vaga de emprego como secretaria, ela estava muito feliz com a vaga oferecida, Patrícia a secretaria de Isaltino a convidou para o jantar com equipe da clinica, e ela aceitou animada. E na noite combinada o médico foi até a casa de Ana buscá-la, e esta estranhou a ausência de patrícia, mas este fez saber que a equipe já estavam no restaurante. Quando eles chegaram à porta do come e bebe, Ana viu Cesar com a mulher e que ele fazia sinal para o médico ir tomar lugar na mesa, ela ficou muito constrangida e quis voltar. E o médico convencendo-a para ficar.
- Porque viemos para este restaurante, eu não estou me sentindo nada legal acho que vou embora.
- Não, não que isso Ana fique, por favor, é muito importante para você esse encontro. Cesar é meu amigo e precisamos conversar nós três, é importante, confie em mim.
Vitoria guardou silencio e foi assentar na mesma mesa que Cesar estava com a esposa. Balançou a cabeça cumprimentando o casal, Então o Cesar abriu o assunto.
- Que bom que vocês vieram, obrigado por aceitarem o meu convite.
- Diga que assunto tão importante você tem a tratar comigo Cesar?
- Tudo bem vitória vou te contar um segredo, mas primeiro quero que leia esses papeis.
- O que é isso de que se trata?
- Leia e veja, você entenderá tudo o que está acontecendo.
Vitória começou a folhear as paginas dos laudos médico, ela se espantou e ficou sem entender o que se tratava aquilo que ela estava lendo.
- Eu não estou entendendo mais nada, alguém pode me explicar o que venha ser isso?
- Bom Vitoria, eu ouvi a sua historia, e vi que você sonhava em saber quem seria os seus pais verdadeiros, e eu estava investigando uma historia que aconteceu com minha mãe, como você tem a minha semelhança física, eu passei a investigar para saber quem seria seus pais verdadeiros, então eu pedi ao doutor Isaltino que fizesse umas perguntas ao sua mãe de criação, e ele revelou tudo o que havia sucedido então as revelações que ela forneceu ao doutor tinha tudo haver com o que aconteceu quando minha mãe que estava gravida sofreu um acidente, mas os médicos conseguiram salvar a criança e esta criança é sem duvida você.
- Isso é uma piada eu não acredito nessa historia, ninguém pode provar que essa historia maluca seja verdadeira.
Isaltino entra no assunto!
- Olha Ana eu sei que não é justo invadir a privacidade das pessoas, mas eu fiz uma coisa porque Cesar estava sofrendo, então ele me pediu para eu fazer um exame de DNA para ver se vocês tinham o mesmo material genético, então atendi ao pedido de Cesar.
- Olha me chamaram aqui para me contar piadas, então que conte entre vocês eu vou indo, que historia absurda, como eu não fui a clinica alguma tirar sangue. Poxa vocês estão brincando com minha cara não é?
- Ana espere ainda não terminamos, lembra-se da vez que o médico do hotel pediu exame de sangue dos funcionários? Pois é fui quem pediu na verdade, coletei o seu sangue e fiz o exame e deu certo, você e o Cesar são irmãos.
Ana sorriu com ironia ao ouvir o médico contar o fato.
- Sabiam que vocês podem ser processados por esse crime? Isso é um crime coletar material, imagens ou documentos de pessoas sem eles ficarem sabendo.
- Olha Ana eu sei que eu tinha um irmão ou uma irmã, pois a criança que estava no ventre de minha mãe foi com certeza retirada ainda com vida, e quando que virei gente sai viajando por ai, acabei descobrindo parentes que nem imaginava ter, e foram eles quem confirmou que minha mãe estava gravida de oito meses, quando sofreu acidente, quando meus avôs foram buscar o corpo em Cuiabá, a criança já havia sido retirada de seu ventre, e sua atual mãe contou a verdade para o doutor Isaltino, e ele fez os exames deu no que deu, agora cabe você perguntar a sua mãe quem era seus pais verdadeiros.
Ana com os olhos em lágrimas quis ir embora, pois sua cabeça começara a doer.
- Olha eu estou muito confusa e não estou me sentindo bem eu vou embora agora.
- Espere Vitoria o Cesar ainda não terminou, espere só mais um momento.
- Quando eu estava com quase oito anos, ante de morrer o meu avô me contou sobre o acidente com mais detalhes, meu pai e o motorista morreram na hora, minha foi socorrida com vida até ao hospital, mas não conseguiu resistir faleceu algumas horas depois.
Clara muito perplexa entrou na conversa:
- Mas Cesar que ideia maluca é essa de seu pai viajar com uma mulher gravida de oitos meses?
- Não foi ideia dele, Clara, segundo me contaram, minha mãe era muito ciumenta e insistiu em ir com o meu pai, ele não queria levá-la, mas ela insistiu não quis ouvir meus avós e nem papai, ela foi assim mesmo, infelizmente aconteceu isso.
- Desculpe mais eu preciso ir agora essa história me deixou mal não quero ouvir mais nada.
- Espere vitória nós vamos levar você.

Isaltino seguiu a jovem que saia desestruturada emocionalmente, então ele foi levar ela pra casa. No outro dia Vitoria quis saber a verdade sobre seus verdadeiros pais, porém sua mãe não quis tocar no assunto, então Vitoria começou a acreditar na historia ouvida na noite passada. Pois todas as vezes que ela perguntava sobre seus pais, sua mãe mudava de assunto.
Cesar e Clara voltaram para o hotel e ficou preocupado com vitória, pois ela estava sem forças psicológicas devia ao fato que ouvira. No dia seguinte Cesar ligou para Isaltino para saber noticias da Ana, porém ele não tinha noticias dela, ela não compareceu a clinica, Isaltino pediu a Cesar que deixasse o hotel e fosse hospedar-se em sua casa, Cesar recusou o convite, porém foi para outro hotel por causa dos assédios de conhecidos de Ana. Ao entardecer Vitoria ligou para o médico dizendo que queria falar com Cesar, e sem perder tempo Isaltino ligou para Cesar dando o recado, este ficou feliz então ele pediu ao médico que levasse ela para o hotel onde ele estava hospedado.
Na hora que eles combinaram lá estava Isaltino e Vitoria, e esta já estava mais aberta, meio alegre, e quis ouvir novamente a historia com mais detalhes.
- Estou feliz por você ter vindo Vitoria, vou concluir a historia, pois pretendo voltar logo para Goiás, bom vou recontar e desvendar os mistérios (risos)
- Eu acho melhor você ir se acostumando com o meu marido Vitoria ele é todo maluco (risos)
- Me deixa continuar lua clara, e você é maluca pelo o maluco (risos)
- Olha eu quero pedir desculpar por ter agido daquela forma ontem é porque estava muito nervosa.
- Tudo bem mana esqueça o que passou e vamos ao que nos interessa. Bem Vitoria eu sei que é uma longa e estranha historia. Mas vale a pena ser resumida.
- Me conte desde o inicio de tudo Cesar.
- Certo Vitoria vou contar, bom eu não lembro bem a minha idade na época do acidente, meu avô afirmava que eu tinha uns três anos.
- O que ele foram fazer no mato grosso Cesar?
- Vitoria eles tinham ido ver umas terras que eles estavam comprando, infelizmente perto de Cuiabá eles sofreram o acidente, devido o mau tempo e a pista escorregadia, o motorista perdeu o controle da direção então se acidentaram, e o estranho que minha mãe estava grávida, e ninguém soube explicar o que aconteceu com a criança que salvaram, somente depois de 19 anos que ficamos sabendo da verdade, sua atual mãe contou ao Isaltino o que aconteceu.
- Estou quase acreditando eu faço parte dessa historia, pois minha mãe nunca contou para mim quem são meus pais verdadeiros, é muito estranha essa historia, mas como você ficou sabendo de tudo isso?
- O vovô me contou tudo antes dele morrer, disse que tinha umas coisas guardadas para mim num banco em Goiânia, e o ex-sócio dele me fez saber qual banco estavam os pertences de meu avô, então fomos até a Goiânia, onde fomos à caixa para pegar o que me pertencia. E também quando eu estive em São Paulo ao contar um pouco de minha historia para o moço que eu trabalhava, este fez saber ao seu cunhado sobre minha pessoa, então este cunhado de meu patrão acabou descobrindo que eu era filha de sua irmã. Pois justamente ele é o meu tio Petrônio irmão de minha mãe, e ele me fez saber que eu tinha meus avós maternos, depois fui conhecê-los e eles me contou muitos detalhes sobre meus pais, eles esperam até hoje uma resposta sobre o que aconteceu com a criança que estava no ventre de minha mãe. E por incrível que pareça eu cumpri minha missão, que era de descobrir toda a verdade. E você é sem duvidas minha irmã.
- Poxa que historia estranha, é incrível o que eu estou ouvindo Cesar.
- Eu também achei estranha, Vitoria, mas você sabe né que todo mistério está sujeito a ser desvendado e foi o que eu fiz.
Isaltino comentou para Vitoria que ouviu a mãe dela contar como aconteceu o desaparecimento da criança no hospital.
- Vitoria não foi atoa que o Cesar me pediu que fizesse os exames, pois ele queria saber da verdade, ele se encontrava muito aflito por causa dessa historia, até que foi investigar então os resultados está ai, agora cabe você acreditar e aceitar o fato. Pelo que ouvi de sua mãe e os resultados dos exames não tem como negar o grau parentesco de vocês.
- Estão querendo dizer que eu sou irmã desse chato? (risos)
- Sim o destino me disse que eu tinha uma irmã, ou um irmão então fui procurá-los e acabei encontrando uma irmã (risos) com certeza você é minha irmã sim.
- O pessoal lá de casa está curioso para saber o que está acontecendo comigo, porém não contei nada a ninguém.
Clara a aconselhou:
- É bom você manter silêncios, cunhada, por enquanto.
- Eu estou muito confusa e perplexa até, ainda não consigo acreditar nessa historia, logo eu tenho um irmão? (risos)
- Bom eu como médico, e amigo de vocês, eu aconselho vocês a silenciarem não falar nada a sua mãe, Vitoria, porque ela pode entrar em depressão, todos nós sabemos que o ele fez é um crime, poderia pegar muitos anos de cadeia, mas deixa quieto, isso já se faz muito tempo, não é bom tocar no passado.
- Concordamos com o senhor doutor, não tocaremos no assunto para mais ninguém, eu e o Cesar manteremos silencio sim.
- Mana, o que você vai fazer agora vai vir comigo para Goiás ou vai ficar aqui?
- Não sei Cesar estou muito confusa eu preciso de tempo para pensar.
- Não acredito que você se acovardar e vai me deixar ficar com a herança, sozinho?
- Nesse caso ai, eu não me acovardo nunca (risos)
- É cunhada pode se preparar que vem mais novidade por ai, você mesma sabe que o Cesar é misterioso (risos)
- Poxa vida depois de tudo que eu passei acabei descobrindo que eu tenho um irmão legitimo, agora acabo de ouvi dizer que eu tenho herança, é soa bom demais para ser verdade.
- Esquece, espere, aguarde para que você possa ver com seus próprios olhos mana, (risos)
Vitória ficou curiosa com a novidade, porém Cesar não quis toca mais no assunto. O médico despediu dos amigos e voltou para a sua casa, Vitoria ficou para ir no jantar com Cesar e Clara. E após o jantar Vitoria retornou para a sua casa, com o coração radiante de felicidade, por causa das revelações sucedidas em sua vida. No outro dia na clinica o médico quis saber da resposta da jovem.
- Olha Vitoria eu sei que você merece saber da verdade, e nós já contamos para você o que nós descobrimos, portanto que decida agora, quer ou não ir com Cesar para Goiás?
- Tudo bem eu vou com eles, lá eu presto o vestibular. Se eu puder ajudar minha mãe eu ajudarei, só que eu estou decepcionada com ela, pois sempre me negou falar sobre meus pais, eu gosto dela, mas preciso cuidar da minha vida, terminar meus estudos.
Isaltino estava apaixonado por Vitoria porém não falava nada, estava disposto a fazer qualquer coisa por ela. Cesar estava feliz por Vitoria ter compreendido e aceitado o fato e que estava disposta a ir com eles para o centro do país. Clara e Cesar conversava a respeito de Vitoria e ela disse que Isaltino e Vitoria formaria um belo par.
- Você pensa que dariam certo os dois então, Clara?
- Eu tenho certeza Cesar mas a Vitoria é quem decide , a final a vida é dela não é? (risos)
- Certo Clara, se tocarmos no assunto com ela, ela nos dar uma bronca, e vou a ela que foi você quem inventou a ideia (risos)
- Você é esperto não é mocinho, só que para mim você não tem esperteza não.
- Eu sei que você é esperta Clara, pois fica sabendo que eu não serei frito com você não (risos)
O casal estavam felizes porque as percas iam sendo reparadas aos poucos, o destino foi construindo a felicidade da família Oliveira. Num sábado de manhã Vitoria não foi ao trabalho por que quis passar o dia com sua nova família, sua mãe quis saber o motivo da mudança dela, porém não quis falar nada á sua mãe.
Vitória chegou ao hotel e o casal já estava indo buscá-la. Eles se alegraram ao vê-la.
- Que bom que você veio Vitoria, já estavam indo ao seu encalço, mas já que você veio melhor para nós. (risos)
- Olha eu tenho algo para contar para vocês, espero que não se assustem ou se entristeçam, o caso é serio.
- Está esperando o que mana conte logo oras?
- Bom é que estou louca para conhecer Goiás (risadas)
- Ah sua engraçadinha, você me assustou eu pensei que fosse algo grave, ainda vou descontar essa (risos)
- Com certeza você vai conhecer cunhada, eu amei conhecer Goiânia desde o primeiro dia, e quanto a você, a partir de agora você poderá fazer o que quiser quanto mais agora que você é dona de uma boa fortuna, pode andar chique que nem eu. (risos)
- Nossa deixa de ser metida cunhada (risos)
Os três passaram o dia todo visitando os lugares turísticos da cidade, a noite ambos foram jantar num sofisticado restaurante. No restaurante Cesar e Clara conversava entre si, e Vitoria percebeu que eles queriam falar algo para ela e ela quis saber do que se tratava.
- O que vocês estão cochichando ai? Querem-se me falar algo então fale e não fiquem me olhando assim (risos)
- Nós não temos mais nada a revelar para você, apenas queremos fazer uma pergunta.
- Então o que estão esperando, que mande a pergunta oras!
- Vitoria você está afim de um amor verdadeiro? É algo que vale a pena.
- Olha eu não estou a fim de tocar nesses assuntos, vamos mudar de assuntos, por que ultimamente eu só tive decepções.
- Cunhada o Cesar disse que é algo que vale a pena, quem sabe se desse vez da certo? É uma oportunidade para recomeçar a vida, e dar uma chance ao seu coração, que tal dar chance para alguém que pode te fazer feliz ainda.
- Onde é que vocês quere chegar e de quem é estão tentando se referir?
- Olha mana estou fazendo menção de um amigo nosso que te leva sempre a sua casa.
- Ah sai fora Cesar desconfia moço (risos irônicos)
- Ora cunhada não julgue pela aparência.
- Eu não estou julgando pela a aparência, é que eu não estou a fim desse papo, eu preciso me reconstruir, eu preciso cuidar de mim, imagine você, eu vou fazer 21 anos, e ele tem 45 anos veja que diferença nas idades Cesar.
- Mana o amor é cego sabia? (risos), afinal Isaltino é um coroão até bonito você não acha? (risos)
- Eu sei que é até simpático mas não cola entende seu chato (risos) mudando de assuntos mana, eu estou de plano a comprar uma fazenda no norte de Goiás, onde eu e a Clara pretendemos trabalhar com gado de corte, porém eu vou precisar de um sócio e o Isaltino seria um bom parceiro nesse negocio.
- Olha você de novo jogando verde para colher maduro (risos)
- Nada disso cunhada estamos falando serio, para concretizar nosso plano vamos precisar de um sócio mesmo.
- Bom me deixa terminar de falar, eu e Clara fizemos os cálculos e notamos que o retorno nesse investimento ser de grande satisfação, lucro absoluto, mas vamos precisar de parceiros, já que você tem sua parte na herança, porque você não entra na sociedade conosco?
- Você é muito apressado Cesar, eu sou novata na família, ainda não estou por dentro dessa historia de herança.
- Deixa de bobeira cunhada, nós já repartimos a herança de vocês, sua parte já está garantida.
- Bom então converse com o doutor Isaltino sobre esse negocio.
- Oh gostei da nova, está melhorando você está mudando de ideias não é?
- Deixa de ser bobo Cesar não é o que você está pensando (risadas)
- Eu sabia, agora te peguei pode ser franca Vitoria, confessa eu tenho um cunhado (risadas)
- Poxa vida mas que homem chato hein? Como é que você suporta a chatura desse atentado Clara?
- Ele sempre é assim Vitoria, ele é esquisito mesmo (risos)
Após saborearem uns saborosos pratos, eles levaram Vitoria para a casa, e ele se foram para o hotel. Vitorio chegou sorridente em casa despertando a curiosidade na família. Cesar ligou para Isaltino para falar sobre a fazenda da qual estava disposto a comprá-la.
- Boa noite doutor
- Oi boa noite Cesar, já conheço sua voz. (risos) e ai tudo beleza?
- Estou legal e muito feliz por ter minha irmã comigo, ao menos é o que restou de minha família. Bom eu preciso ter uma conversa com o senhor, eu estou deixando esta cidade até ao meio dia, se possível for, venha aqui ás oito hora, para conversarmos.
- Certa combinado, estarei ai até ás oito e quinze.
- Certo venha para ser surpreendido vai acontecer algo de bom aqui.
Com essas palavras Cesar deixou Isaltino muito curioso.
- Pelo o que estou vendo trata de algo muito importante, você me deixou curioso Cesar, (risos)
- Bom até mais cunhado. (risos)
O médico ficou encabulado sem entender porque Cesar o chamou de cunhado, ele foi pensativo para a cama imaginando o que se tratava o assunto tão importante. Na manhã seguinte como o combinado estava o Isaltino no hotel. E Cesar estava na recepção esperando pelo o mesmo.
- Bom dia Cesar?
- Sim bom dia doutor, obrigado por ter vindo. Vamos subir para o meu apartamento.
Ambos subiram para o apartamento onde Cesar estava hospedado, assentaram na sala onde começaram o bate papos.
- Então Cesar o que vamos nos tratar de tão interessante agora? (risos)
- Bom, é que eu estou fazendo uma sociedade empresarial em Goiás no ramo de frigoríficos, pretendo comprar uma grande fazenda para criação de gado de corte.
- Que legal Cesar isso é uma ótima ideia. É um bom esse negocio.
- Exatamente, eu estou com Clara e vitória no ramo, mas precisamos de um terceiro sócio, por isso quero convidá-lo a fazer parte da presidência do frigorifico, o que me fala da ideia?
- É uma ideia genial e lucrativa eu aceito entrar no negócio.
- Maravilha o senhor é o cara (risos)
- Eu já estava disposto a vender a clinica e uns apartamentos que eu tenho em São Paulo. Para investir em fazendas, já que divorciei, a minha parte já está garantida na sociedade. Há quero te perguntar, qual região boa para criação de gado lá em Goiás?
- Doutor pra falar a verdade a melhor região de Goiás que aprovo para fazer negocio é a região sudoeste do estado, mas eu estou de plano investir no norte de Goiás.
- Cesar está tudo determinado da minha parte, assim que eu resolver as coisas aqui então irei.
- Certo eu vou ficar aguardando o senhor lá em Goiânia. E quando tiver tudo ok para o senhor, é só me avisar, e lá nós locaremos uma aeronave para rastrear as terras, e onde o senhor gostar então investiremos lá. Eu particularmente gostei de umas terras quando fui buscar a Clara. Os pastos sãos umas belezas.
- Olha Cesar deixe o seu endereço comigo, eu farei o possível para concluir as minhas obrigações aqui e em São Paulo, o mais rápido que eu puder para começarmos, então.
Cesar ficou feliz demais com a decisão do médico, os dois amigos continuaram a conversa na sala, até que foram interrompidas com a chegada das duas damas. Clara havia saído com Vitoria, foram comprar malas para Vitoria transportar os seus pertences. Elas cumprimentaram o visitante.
- Oi doutor bom dia tudo joia?
- Sim bom dia para vocês, eu estou ótimo.
Cesar sempre cheio de gracinhas começou a encher a o saco delas.
- Sabe doutor lua clara com vitória é sempre 100% alto astral (risos)
- É verdade estou vendo (risos)
- Vocês não comecem não (risos)
- Clara eu não estou falando nada é o Cesar que está falando.
Clara assentou-se ao lado de seu esposo, então ambos começaram a olhar para Vitoria, que mudou de cor e franziu a cara para o casal que não estava conseguindo segurar o riso, então para não deixá-la evacuar-se da sala, Cesar puxou assuntos com ela.
- Mana eu já acertei todos os detalhes do negocio com o doutor, ele aceitou ser nosso sócio.
- Hum que legal Cesar, então a nossa equipe está formada?
Clara entrou no assunto, e estava muito humorada, estava feliz, plantava verde para colher maduro.
- E melhor ainda que o nosso sócio vai ser da família (risos)
- Como assim da família?
- Ora vitória uma equipe é uma família não é verdade?
Por sorte de vitória que já estava toda acanhada, seu celular tocou então se disfarçou distanciando-se da turma, para atender ao telefone. E instantes depois chega Clara no quarto e Vitoria a advertiu.
- Clara eu te dou umas pancadas viu sua boba, você quase me mata de vergonha (risos).
Clara sorria com vontade da cunhada, que mudara de cor perto do médico.
- Vitoria deixe o seu coração falar mais forte.
- É muito cedo ainda Clara para tocar nesse assunto, talvez eu pense bastante e mude de ideias e quem sabe?
- Está bem Vitoria, mas lembre-se de que as oportunidades passam e é impossível voltar para o mesmo lugar, pessoa, ou época.
Enquanto as duas conversavam no quarto, na sala os dois amigos trocavam ideias, o médico estava muito curioso com o telefonema da noite anterior no qual ele foi chamado de cunhado.
- Cesar por que você me de chamou cunhado ontem estou curioso. (risos)
- Bom eu disse aquilo pelo o fato de ter uma irmã solteira oras (risos)
- Eu gosto dela, mas não sei se ela vai se interessar por mim.
- E porque não?
- Sério você acha então que eu teria uma chance? (risos)
- Com certeza doutor, minha irmã não é preconceituosa não.
- Vamos esperar para ver o que pode rolar não é? (risos). Bom Cesar eu preciso ir agora.
- Espere irei chamar as damas, doutor.
Cesar foi chamar as mulheres, ele queria que Vitoria se despedisse do médico. Clara chegou primeira.
- Já vai doutor?
- Sim Clara, eu preciso resolver umas coisas agora, Vitoria sei que não foi correto fazer os exames sem seu conhecimento, mas eu fiz foi para o beneficio de vocês, agora você não vai ficar sofrendo sem saber quem seriam seus pais, agora você já está com sua verdadeira família, espero que de agora em diante as coisas ocorra sempre positivas para vocês.
- Tudo bem doutor, foi bom o senhor ter feito os exames, agora estou mais feliz, graças ao senhor. Obrigada por tudo que o senhor fez por nós, nós estamos muitos agradecidos por tudo de bom que aconteceu agora, eu, o Cesar, Clara te agradecemos de coração. (risos)
- É o meu prazer ajudar as pessoas, vocês merecem, de agora em diante podem construir um futuro brilhante, recuperados das percas sofridas. Bom, preciso voltar agora.
Ambos se despediram, e Cesar acompanhou o médico até ao estacionamento, onde voltou a combinar a ida do médico para Goiás, depois de despedir do mesmo retornou ao apartamento para arrumar as malas.

Retorno á Goiás.
O ex-filho da solidão agora já pronto para se tornar um dos maiores criadores de gado de corte do brasil. Este pagou as diárias do hotel e pegou estrada rumo a Goiás. Na saída ele abasteceu a Land Rover, onde também saboreou um caprichoso churrasco, em seguida pegou estrada. Enquanto ele era prisioneiro do volante, as duas damas apreciavam os sertões mato-grossenses. E várias horas depois quando somente ele dominava o sono, rasgando cidades e quebrando o silencio das rodovias, eles chegaram á cidade de Cassilândia, onde parou para descansar e assassinar a fome. Então saiu da cidade adentrando em terras goianas. E Cesar quis apresentar Goiás para sua irmã.
- Vitoria seja bem vinda a Goiás, esta é a minha terra de origem.
- Já chegamos? Que legal, já estou gostando do clima. (risos)
Era certa de 10 da noite quando eles saíram de Cassilândia, e o sono venceu Cesar que teve que se entregar ao guerreiro dos olhos. Então pararam num posto de combustível na cidade de Aporé. Onde repousaram na pousada do posto. E às nove horas da manhã seguinte eles Almoçaram e continuaram o trajeto, rumo a Jatai. E depois de algumas horas de viagem, leram a seguinte placa. Bem vindos à cidade abelha de jatai a capital nacional do grão. Cesar nem se lembrava de como era a cidade, pois tinha ido à cidade quando era criança, o seu avô o levou a jatai. Então eles se interessaram pela a cidade e foram conhecer a mesma, se encantaram com os pontos turísticos da cidade, depois de conhecer a cidade eles seguiram direção a capital cardiológica do brasil. E ao chegar à capital. Vitória se encantou com a beleza da mesma.
- Nossa que cidade linda, nem compara com o que eu via na TV. Goiânia é realmente incrível.
- Então você gostou de Goiânia mana?
- Gostei nada, só amei (risos)
- Então cunhada se prepare para conhecer os bosques mais exóticos do brasil.
- Se prepare também Clara, porque vamos descansar só um pouco, pois temos muita coisa a fazer ainda hoje. (risos)
Finalmente a Land Rover é estacionada frente a uma belíssima mansão, e Vitoria estava encantada com as novidades. Cesar acionou o controle remoto do portão, e adentrou-se para dentro indo estacionar na garagem.
- Mana chegamos, essa é a minha casa, seja bem vinda.
Vitória ficou com o queixe caído admirando a mansão.
- Nossa mana que chique é a sua casa hein?
- Fique a vontade para conhecer melhor a nossa casa cunhada.
Momentos depois chegou o Cleber que estava na casa de empregados, foi cumprimentar os seus patrões. Clara levou Vitoria para conhecer o restante de sua casa, e esta estava admirada com o luxo da mobília da mansão. Momentos depois entrou o Cesar na suíte para conversar com as duas.
- Cesar você está de parabéns pela a escolha, é linda a sua casa.
- Eu sempre escolhi coisas belas para mim, mana eu escolhi uma bela mulher, um belo carro. Esqueceu que eu sou o Cesar? (risos)
- Hum! Clara que marido convencido é esse que você tem?
- O Cesar é sempre cheio de empolgação Vitoria, ele é realmente convencido. (risos)
- Convencido não meninas, mas sim sábio (risos)
Depois de banharem foram descansar da cansativa viagem, e no dia seguinte eles foram para a caixa a fim de criar uma conta para repassar a parte da herança da Vitoria, ela pensava estar sonhando quando leu o valor de sua parte no extrato de sua primeira conta. E Vitoria ficou morando na casa de seu irmão, pois este não queria que ela fosse morar sozinha. Dias passaram e ela decidiu casar com o médico seu sócio. Cesar estava preocupado com Isaltino que não ligava para ele, e as ligações que ele fazia só davam na caixa de mensagens, nas ligações que Cesar fazia para a residência do mesmo dava em numero inexistente, a clínica já havia sido vendida. Cesar tinha em mente que o médico estaria em São Paulo, o que na verdade ele estava resolvendo os problemas, para mudar-se para Goiás.
Mas em certa manhã o telefone de Cesar toca e este rapidamente atende-o
- Oi bom dia com quem falo?
- Bom dia Cesar.
- Poxa vida até que enfim o senhor ligou para nós, pensávamos que o senhor tinha desistido. Como andam as coisas?
- Graças a Deus vai indo para frente, Cesar eu estava muito atarefado com os negócios aqui e em São Paulo, mas já está tudo ok.
- Mas o senhor poderia ter nos ligado, pois estávamos preocupados.
- Sim eu liguei varias vezes, porém não conseguia falar com vocês.
- A vitória está uma fera contigo, por causa desse longo silencio.
- O que? Está brincando? Estou frito então?
- Acredito que sim (risos)
- Mas você é meu guarda costa estou tranquilo (risos)
- Pode ficar tranquilo, eu guardarei suas costas com salmoura e gelol (risadas)
- Você é mau assim Cesar? (risos)
- Eu não sou mau, mas os guardas costas também falham (risos) bom, quando é que o senhor vira?
- Cesar amanhã estarei ai com certeza.
- Ah então quer dizer que já está na estrada?
- Sim já estou indo para o meu quarto aqui do Castros Park. No centro de Goiânia. (risos)
- Ah o senhor só pode estar brincando?
- É sério Cesar eu já estou aqui sim. Cheguei a poucas horas.
- Moço então porque o senhor não ligou antes, para que te passasse o meu endereço poderia ter vindo direto para minha casa rapaz.
- Lembra de que eu te ofereci hospedagem lá na minha casa e você recusou?, Pois bem agora é dente por dente e olho por olho (risadas)
- Poxa o senhor descontou tudo não foi? (risos)
- Cesar eu não quero te incomodar, fique a vontade, eu ficarei em hotel.
- Certo mas aguarde pois o senhor vai levar a maior bronca de Vitoria. (riso)
- É melhor parar de me passar medo meu amigo (risos) aposto que ela está ai ouvindo tudo.
- Não, eu estou só, elas estão na faculdade, já devem estar chegando.
- Mas foram só as duas?
- Meu motorista foi levá-las.
- Ah sim bom então mande lembranças para elas diga que mais tarde agente se vê, eu vou descansar um pouco e lá para as 2 horas você dê um pulo aqui para agente se encontrar certo?
- Certo então ás duas horas eu estarei ai no hotel ok.
- Sim certo. Olha não me chame mais de senhor, mas diga apenas Isaltino ou você (riso)
- Tá certo farei isso e avisarei as damas sobre isso. (risos)
Cerca de 20 minutos se passaram da ligação então chegaram as duas damas. Clara foi logo para os braços de Cesar.
- Oi amor
- Oi Clara, e ai como foi lá?
- Deu tudo certo, Vitoria vai prestar o vestibular. Eu me matriculei no Pitágoras para concluir meus estudo. Ah nós passamos no shopping para fazer umas comprinhas (risos)
- Quem bom amor, eu gostei da ideia, não gostei dessa ida de vocês ao shopping viu suas vaidosas.
- Somos vaidosas mesmo (risos) e veja o que eu trouxe para o meu gatinho, abra e veja.
Cesar abriu a caixinha era um relógio de ouro que Clara comprou para presenteá-lo.
- Nossa amor que maravilha, é lindo o presente, com certeza o preço foi lindo também (risos)
- Credo Cesar receba o presente sem tocar no preço seu pão duro.
- Fui quem sugeri este modelo mano.
- Você sabe escolher não é mocinha? Mas acredito que devo revelar uma novidade.
- Então manda brasa conte logo estamos ouvindo.
- Meninas o nosso sócio acaba de me ligar alguns minutos atrás.
- Sério ? Que legal, então deu tudo certo lá?
- Sim deu tudo certo graças a Deus.
- E quando é que ele vai estar aqui, amor?
- Clara o nosso sócio já está aqui em Goiânia.
- O quê Isaltino aqui em Goiânia? Não acredito.
- Vitoria o seu futuro esposo está hospedado no Castro’s Park. E amanhã às duas da tarde irei buscá-lo.
-Mas amor porque você não o convidou para ficar aqui com agente?
- Eu fiz isso mas ele não quis, porque ofereceu hospedagem para nós na casa dele e nós recusamos. Ele descontou (risos)
- Poxa mano mas ele é manso hein! Deixou-nos preocupados, não ligava não dava sinal de vida, agora nos surpreende dizendo que já está em Goiânia. Deixa-o comigo
- Cunhada vá mais devagar (risos)
- Ah deixa de ser boba Clara, você e o Cesar são maliciosos demais.
- Eu não disse nada mana, foi a Clara quem falou (risos)
- Você é cumplice também seu espertinho.
- Olha gente eu conversei com ele, ele me explicou por não dava certo as ligações, ele tem novidades, depois que eu for buscá-lo, conversaremos sobre o negócio que estamos planejando, e o corretor das terras também virá nos mostrar as fotos e os vídeos das terras, que pretendemos comprar. Nós iremos alugar um aeronave para deslocarmos para o local pretendido.
- Então quer dizer que vamos realizar nosso sonho mano?
- Claro Vitoria nós vamos realizar nossos sonhos e você vai realizar o seu (risos)
- Você é sempre cheio de graças não é mocinho.
- Você está entendendo mal Vitoria, eu estou referindo projetos (risos)
- Sei seu espertinho, se pensas que eu sou boba está enganado!
- Vitoria eu não disse nada demais, você é que confunde as coisas (risos)
O sono venceu os três farristas, então Vitoria foi para o seu quarto, e o casal foram namorar na luxuosa suíte da mansão. No dia seguintes ás duas tarde, Cesar foi buscar o médico e este já aguardava na recepção, Cesar cumprimentou o seu sócio, e voltaram para a mansão, o médico o seguia em sua F250. Ambos chegaram e estacionaram seus carros na espaçosa garagem. E Vitoria foi recepcioná-los. Isaltino estava sem graças por causa do silencio, por não haver conseguido ligar para ela. E ela foi logo cumprimentando – o.
- Oi sumido tudo bem?
- Sim bem e você?
- Não eu não estou bem não.
- Mas o que aconteceu qual o problema? (risos)
- Ainda pergunta?
Vitória cruzou os braços e olhou com ironia para o médico, que apurado queria dar satisfação.
- Desculpe Vitoria é que eu não conseguia falar com vocês, mas agora está tudo bem, já estou aqui, (risos)
Clara chegou à garagem e cumprimentou o médico, e chamou os para dentro. Após saborearem um caprichoso lanche, foram para a sala de reuniões da biblioteca. O clima era quente por causa do alto astral dos sócios que viam os seus projetos sendo concretizados, e no momento descontraído dos sócios, Cleber avisou seu patrão que os corretores haviam chegados. Então Cesar pediu ao empregado que os levasse até a sala onde estavam reunidos, os corretores passaram os vídeos e mostraram as fotografias das terras que os sócios estava de planos a comprarem. Eles gostaram das terras, e marcaram a data para irem pessoalmente ver as terras. Os sócios tinham pressas então programaram a viagem para o dia seguinte, pois já haviam locado a aeronave que levaria os sócios até as terras. Algumas horas depois Cesar foi conversar com as damas sobre a viagem.
- Madames iremos viajar amanhã, se preparem para voar.
- Cesar eu não vou nessa viagem, quando tivermos comprado as terras então iremos de carro,
- Você está com medo de quê, não precisa de medo de voar, eu nunca voei vamos Clara amanhã.
- Não é medo não mocinho, é que eu não quero ir nessa viagem.
- Tudo bem meu amor, eu acho que não é uma boa ideia vocês irem nessa viagem.
Momentos mais tarde Cesar estava só na biblioteca refletindo sobre sua família, sua vida. Tudo que passou, agora que era um homem rico. Então ele começou a falar consigo.
- Pai, mãe, vovó, e vovô, eu queria que vocês estivessem aqui nessa hora, para compartilharmos juntos a felicidade que eu estou sentindo agora, queria que soubessem que a criança de mamãe escapou com vida, e está aqui comigo, queria tanto que vocês a vissem, já uma moça e tanto.
Cesar estava falando a só, quando chegou sua amada que o abraçou pois via que os olhos dele escorria lágrimas.
- Oh meu amor o que está havendo, porque está assim, enquanto estamos em festas?
- Nada demais amor, só estava aqui pensando nos meus pais.
- Não fique assim meu amor venha para a sala.
Os dois pombinhos foram para a sala ver filmes, enquanto Vitoria e Isaltino estava conversando no coreto do jardim da mansão. A noite chegou de cheio, e Isaltino chamou Vitoria para um jantar a fim de conhecer melhor um ao outro. E esta estava bem trajada, ficara muito linda, que recebeu elogios do irmão e esposa. Então foram para um restaurante próximo da mansão, onde jantando namoravam. Nascia entre eles uma paixão cega, que estava preparando aqueles corações para receber o amor verdadeiro, firme na frase que as diferenças de classes, raças, religiões, cor, não tem valor o que vale é ser feliz, e viver a vida sem preconceitos. Às dez da noite Cesar estava com a esposa no coreto curtindo um ar fresco contaminado com o aroma das flores do jardim onde estava o casal. Então olharam e viram o Cleber que abria o portão para o novo casal, então eles conversaram até as onze e meia, Cesar levou seu cunhado para a casa de hospedes, e pediu ao Cleber para estar na mansão com sua esposa ás quatro e meia da manhã para preparar o café. E assim sucedeu, Cesar levantou naquela madrugada, se arrumou e foi para a cozinha, onde pediu ao Cleber que fosse chamar Isaltino, enquanto Isaltino tomava seu café Cesar subiu para o quarto para acordar sua amada. Ele a acordou com um beijo.
- Desmaiou foi sua dorminhoca? Eu estou indo.
- Então me abrace e me beije meu bebezinho fofo (risos)
- hum sua dengosa! (risos)
- Amor eu estou preocupada com vocês.
- Pra quê isso? Pense positiva, vai dar tudo certo.
- Não estou pensando negativo, só tenho medo de perdê-lo, eu não conseguiria viver sem você mais.
- Fique em paz, Deus sempre me ajudou e vai continuar me ajudando.
Momento depois aparece na cozinha o casal, então Clara foi até ao quarto de Vitoria chamá-la. E esta se arrumou e desceu para despedir de seu futuro esposo, que foi aconselhado por ela, antes de ir.
- Vê se comporta lá tá, tenho juízo (risos)
- Vou comportar sim, aliás, eu sempre me comportei (risos). Não se preocupe vai dar tudo certo.
Depois do café e de despedir das damas, Cleber levou os dois cunhados até ao aeroclube, onde piloto e corretor já estavam esperando pelos os mesmos. Então partiram rumo ao norte do estado. A viagem foi tranquila, finalmente eles aterrissam na pista da referida fazenda, onde o gerente fez questão de mostrar a mesma para eles. Depois de verificarem pessoalmente a fazenda os dois cunhados amou a mesma, consentiram fechar negocio. Então o gerente ligou para o proprietária informando que o corretor estava na fazendo com os compradores, e o proprietário mandou que os mesmos fossem ate a cidade de Porangatu onde ele estaria esperando por eles em seu escritório. Então eles foram para a cidade, aterrissaram no aeroporto de Porangatu. Onde o motorista do empresário estava esperando pelos os mesmos. Este levou os negociantes até ao escritório da fazenda, onde fechou negocio, Cesar entregou a maleta de dinheiro ao empresário que depois de contar a grana, e constatar o correto o valor, ele entregou toda a documentação da fazenda aos dois cunhados. Então foram para o aeroporto, após abastecer a aeronave, Cesar pediu ao piloto para retornar á fazenda, pois tinha de conversar com os funcionários da mesma. E na fazenda, Cesar e Isaltino conversou com os funcionários, para saber quem iria permanecer na mesma. E estes alegaram não terem outro emprego, então Cesar propôs aumento nos salários dos mesmos que ficaram felizes com a nova. O gerente foi-se porque era alto funcionário do empresário. Então Cesar fez saber que ele estaria trazendo um novo gerente para auxiliá-los. Depois de combinar tudo com os funcionários, os dois cunhados regressaram para Goiânia. E em Goiânia Vitoria se arrumou para ir a campus da UFG e pediu que Clara a levasse, porém esta já tinha compromisso então pediu que Cleber a levasse, e assim este foi levar Vitoria, já na praça universitária, ela se assustou ao deparar-se com sua tia Lurdes de Campo Grande. Ela pediu que Cleber parasse a Land Rover, e foi encontrar a tia.
- Oi tia que surpresa, a senhora por aqui, como vai?
- Nossa é você Vitoria, eu não acredito, o que faz aqui sozinha menina?
- Eu vim trazer uns documentos na universidade, pois me matriculei, voltei a estudar tia.
- Mas menina como você some e não manda noticia para sua mãe? Você diz iria viajar, mas você fez foi sumir deixando sua muito preocupada, a coitada está muito doente, sempre perguntando será o aconteceu com você. E você aqui numa boa, deveria ao menos ter dado sinal de vida para ela coitada.
- Eu irei ver ela tia, no próximo fim de semana, e o que a senhor está fazendo em Goiânia?
- Eu vim fazer tratamentos médicos, e ver meu menino.
- Ver quem tia qual deles está aqui em Goiânia?
- O Fernando
- O Fernandinho, que bom, ele veio trabalhar, estudar?
- Veio trabalhar e fazer faculdade porque aqui são mais baratos os cursos, e você está na casa de quem Vitoria?
- Aqui as coisas são mais baratas mesmo, tia estou em casa de uns amigos, a senhora veio tratar, o que a senhora tem?
- Eu me desconfio de uma coisa, mas não tenho certeza, agora é só depois de o médico ver os exames então saberei o que eu tenho realmente.
- Deus ajuda que não seja nada de grave tia.
- Quem é o rapaz do carro, é seu namorado?
- Não tia ele é o motorista do meu irmão e ele é casado.
- Irmão, que historia é essa de irmão, de onde você inventou isso menina?
- Tia é uma longa história depois a senhora saberá de tudo, mas agora eu preciso ir, foi uma surpresa muito agradável ver a senhora por aqui, esse é o numero do meu telefone, passe para o Fernando e diga ao mesmo que eu moro aqui. Peça ele para ligar para mim depois.
Vitória despediu da tia e das primas que acompanhavam a mesma. E voltou ao carro e prosseguiu ao seu destino. Tia e primas de Vitoria ficaram sem saber o que estava acontecendo com Vitoria. Cesar e Isaltino chegaram a Goiânia e ligou para o Cleber e buscá-los, e assim sucedeu. Estes chegaram à mansão onde mataram a saudade das damas e contaram as novidades e as belezas da fazenda, eles estavam muitos felizes pelo o sucesso da investida. Dois dias depois Isaltino teve de viajar à Porangatu para começar a construir o frigorifico do grupo. Este chegou à Porangatu na sua F250. E comprou uma bela mansão no centro da cidade, ele ligou para Cesar afirmando que tinha de permanecer lá por mais ou menos uns quinze dias, pois já havia contratado a construtora, e que havia comprado um imóvel para ele na cidade. Mandou avisar a sua noiva que depois de quinze ele se encontrariam. No fim dos quinze dias Isaltino voltou para ver a noiva, e contou mais novidades a respeitos dos projetos do grupo. Cesar consentiu de casa logo no civil, e disse a sua irmã para ela casar no mesmo dia que ele e Clara se casariam, então ficou combinado, e que eles casariam no jardim da mansão, e a ideia bem aceita aos demais. Dois dias depois, Isaltino tinha de voltar para a sua mansão em Porangatu, então Cesar pediu ao mesmo para ir com ele até ao sudoeste do estado, pois queria buscar o seu Antônio para ser o administrador da fazenda, assim foram os dois cunhados. Ao chegarem foi uma surpresa para o seu João, e família, eles ficaram felizes com as novidades que Cesar contou. Pois via a semente de Afonso sendo germinada aos poucos, e que as perdas da família estava sendo restituídos com êxito, eles estavam ansiosos para conhecer Vitoria. Cesar os convidou para o seu casamento, e este animaram em ir. Em seguida foram até ao retiro buscar o seu Antônio. Este de felicidade não estava acreditando que seria um alto funcionário de Cesar. Cesar quis pagar ao seu João por deixado Antônio em sua fazenda, porém, João recusou a oferta. Pois ele era um fazendeiro muito piedoso, ajudou seu Antônio sem nada cobrar. Então Cesar agradeceu muito ao seu João por tudo que ele havia feito para a família Oliveira, e por ajudar seu Antônio. E este agradeceu muito ao seu João pelo o apoio que ele recebeu de seu João. Então emocionados despediram se e desejavam boa sorte uns aos outros. Depois Isaltino levou Antônio com a família para a fazenda em Porangatu.
Os dias se passaram e chegou a tão esperada data dos noivos. Rosana e parentes estavam presentes no casamento, João e família, a mãe de Vitoria e família. Os filhos e netos de Isaltino estavam presentes, a família da mãe de Vitoria foi exclusivamente para matar a curiosidade, pois não acreditaram na historia contada por Lurdes sobre o havia acontecido com Vitoria. E a mãe de criação da mesma estava desapontada com Vitoria, pois ela havia dito que ia apenas e viajar de ferias, mas fez foi abandoná-la. Ela não entendia o que estava acontecendo, e jamais imaginava que Vitoria poderia encontrar sua legitima família. Foi uma descoberta muito desagradável para a mãe de Vitoria. Porém como era a festa de casamento, ela não quis perguntar nada. Foi uma festa muito linda, onde os convidados saborearam um delicioso churrasco. Vitoria estava muito feliz, Clara não continham as lágrimas de felicidades. Depois da festa os convidados se despediram dos noivos e voltaram as suas casas. Vitoria pediu a sua mãe que permanecesse com eles alguns dias, então ela ficou, e nesse interim Cesar explicou tudo o que aconteceu, como descobriu sua irmã. Explicou porque havia levado Vitoria com ele, e afirmou para Marta, que o que fez foi um ato bárbaro, mas que isso era passado eles já havia perdoado a mesma por raptar a criança recém-nascida. Marta chorava afirmando que estava desesperada, pois não engravidava e era louca por filho e por isso raptou a criança. Ela em choro pedia perdão, eles, porém apaziguaram pedindo para ela esquecer o fez. Cesar agradeceu muito a marta por haver cuidado de Vitoria, pediu desculpa por haver revelado para ela antes, não deram satisfação a ela no sumiço de Vitoria, ela estava ainda desapontada, pois ficou muito aflita pelo o fato de Vitoria não deu sinal de vida para ela.
Uma semana depois Marta teve de voltar, então ela despediu-se dos recém-casados, e Vitoria pediu ao marido que fosse levar sua mãe até a rodoviária, e eles se foram, Lurdes já não estava mais magoada com a filha, pois ficou feliz pela a nova vida que Cesar deu a Vitoria, ela via que
Vitoria já havia alcançado o tão sonhado sucesso na vida, e sua felicidade ainda era grande por saber que a filha casara com um dos mais conceituado médico de Campo Grande. Vitória deu um bom dinheiro a sua mãe, então compraram as passagens para marta e sua outra filha, e disse a sua mãe que era para ela verificar na conta dela, o deposito que ela e o Cesar fariam na conta dela. O ônibus se embarcou eles se despediram em lágrimas de saudades. Então o casal retornou para a casa do cunhado. Onde eles pegaram o que pertencia a Vitoria, despediram-se de Cesar e esposa e foram para Porangatu. Onde Isaltino e Vitoria cuidavam da construção da sede da agrocorte. Alguns meses depois o grupo inaugurou a Agrocorte Comercio Exportadora de Derivados de Bovinos. Foi uma grande festa de inauguração onde contou com a presença de várias autoridades, agropecuaristas e amigos convidados. A Agrocorte foi um sucesso absoluto, tornou-se a maior exportadora de carnes do brasil.
Cesar e esposa cuidavam do escritório administrativo em Goiânia, enquanto Isaltino e Vitoria cuidava da empresa em Porangatu. E no correr dos dias, o ex-filho da solidão agora filho do sucesso, já era pai de um casal de filhos enquanto sua irmã corujavam com Isaltino uma linda menina. Então Cesar combinou de ir visitar os seus avós maternos para apresentar uma incrível surpresa. A criança que estava no ventre de Magda quando esta faleceu, escapou com vida, e hoje já é mãe. Então Vitoria aceitou o convite. O grupo eram sempre unidos e felizes, pois cada dia que se passava mais obtinham sucessos. Vitória fez faculdade na cidade de Porangatu. Onde se tornou em umas mais influentes mulheres da cidade.


The end